[sempre de acordo com a antiga ortografia]

segunda-feira, 2 de março de 2015



2015, Salzburg, XXV

[facebook, 31.01.2015]


Um episódio que tem a ver com a minha actividade em Salzburg. Como se pode ler nas entrelinhas dos meus textos, é na medida das minhas limitadas possibilidades que também passo uma parte significativa do tempo tentando estabelecer pontes para o contacto entre os meus amigos e algumas instituições musicais desta cidade.

Um dia destes, estava eu em conversa por e-mail, com o querido Maestro Massimo Mazzeo e, naquele contexto, veio à baila a tal atitude de fazer pontes. Com a mania da etimologia, logo lembrei o termo ‘pontífice’ cujo significado aponta, precisamente, para esse domínio. Pontífice, ou seja, aquele que faz, que estabelece pontes.
 
Pois, não perdi pela demora já que a réplica logo apareceu. A partir do seu nome próprio, Massimo, logo propôs uma nova entidade que, passando a definir os nossos meandros, é mesmo uma identidade : “Massimo Pontífice”! Bem, eu acho o… máximo. E vocês? E tenho a certeza de que, Francisco, o actual MP, nada se importa com esta laica usurpação.
 
Aproveito a oportunidade para lembrar que, hoje mesmo, no Palácio da Pena, Massimo Mazzeo estará apresentando um dos Serões Musicais que ali têm lugar, desta vez com Elise Hensler, a Condessa d’Edla, como sugestiva personagem inspiradora do encontro. E, também, confirmaria como a intensa actividade deste meu amigo tanto tem beneficiado a vida cultural de Sintra. Sim, bom é não esquecer ser ele quem assegura a Direcção Artística da componente musical da Parques de Sintra , que tem averbado assinaláveis êxitos desde que iniciou e se comprometeu neste domínio da Música.

Tal é o caso dos dois ciclos, um de Carnaval e outro, de Outono, da iniciativa “Tempestade e Galanterie” que, em articulação com o Centro de Estudos Portugueses de Música do Século Dezassete, se concretizou no Palácio de Queluz, tendo ele sido capaz de ali concentrar alguns dos mais notáveis artistas, de gabarito mundial, tais como Kristian Bezuidenhout, Midori seiler, Jos van Immersel e outros que, por exemplo, costumam integrar a programação da Mozartwoche e cá estão a mostrar como são e porque são os melhores.

Finalmente, a constactar que uma das decisivas razões do sucesso da Parques de Sintra reside, em todas as instâncias da sua multiplicidade de domínios de actividade, na escolha dos seus colaboradores. Sempre os melhores! Assim pudessem e fizessem outras entidades locais para que os munícipes também lhes ficassem a dever na mesma moeda!... Sim, que estas são dívidas muito agradáveis e nem sequer são para se irem pagando já que estão saldadas por natureza.


 

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