[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quarta-feira, 22 de agosto de 2018



Estefânea
15 de Julho de 1837

[Publicado no facebook em 15 de Julho de 2018]
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Efeméride que caminha a par dos meus passos pela Correnteza,
ao acercar-me do estupendo parapeito, descendo o olhar sobre o Vale da Raposa
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Hoje, por altura do seu 181º aniversário, razão para recordar Stephanie Josepha Friederike Wilhelmine Antonia Hohenzollern-Sigmaringen, que nasceu no Palácio de Krauchenwies, (actual Estado de Baden-Würtenberg) em 15 de julho de 1837.
Claro que nós, sintrenses, ao lembrar quem foi rainha de Portugal, ainda que por tão pouco tempo, também justificamos como a sua memória tão bem se aplicou e é indissociável da toponímia do conhecido bairro da sede do concelho.
Filha mais velha de Carlos António, príncipe de Hohenzollern-Sigmaringen e da princesa Josefina de Baden, foi Rainha de Portugal, pelo casamento com D. Pedro V, tendo morrido em Lisboa, aos 17 de julho de 1859.
O matrimónio, por procuração, ocorreu em 29 de abril de 1858, na Igreja de Santa Hedwig em Berlim. O pintor João Pedroso retratou a sua chegada a Lisboa em quadro que faz parte da colecção do Palácio Nacional da Ajuda.
Naturalmente, passaram a lua de mel na amada Sintra de seu sogro, D. Fernando, Sintra que, juntamente com Mafra, Estefânea apreciou especialmente, conforme testemunhou em muito conhecida carta a sua mãe.
Como se sabe, a morte levou-a apenas com 22 anos e, não muito depois, também ao marido na flor da idade. Ainda hoje permanecem os difusos contornos de uma romântica história, em que difteria, febre tifóide e a lenda de ter morrido virgem são os ingredientes mais divulgados.
Na Correnteza, debruçado sobre o Vale da Raposa
Ao atravessar a Correnteza, praticamente nas traseiras de minha casa, sinto muito a sua nostálgica presença nesta zona residencial onde pontifica a estupenda 'esplanada' sobranceira ao Vale da Raposa.
Estou certo de que calcularão como me é grato salientar a recentíssima intervenção da Câmara Municipal de Sintra neste lugar, atitude autárquica que tão saudada tem sido por todos quantos, genuinamente, sempre se prontificam a manifestar o seu positivo interesse pelo bem estar deste lugar.
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[Ilustr: Estefânea, Rainha de Portugal, retrato de Karl Ferdinand Sohn, 1860; D. Pedro V e D. Estefânea no páteo do Palácio da Pena, em 1858, por altura do seu casamento]

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