[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Nada de generalizações!

Ainda bem que só a esta hora me foi possível publicar a mensagem do dia. É que, deste modo, poderei partilhar convosco um episódio acabado de acontecer, bem evidente quanto ao conselho de não fazer generalizações, a partir dos casos menos positivos ou mesmo negativos que sucedem no âmbito dos contactos dos cidadãos com as repartições dos serviços públicos ou com os serviços administrativos das empresas privadas.
Há cerca de três meses, através de correio electrónico, enviei para sete entidades diferentes, um mesmo texto acerca de determinado assunto, cujo detalhe não interessa para o caso. Apenas uma das entidades era pública, precisamente a Câmara Municipal de Sintra. Ora bem, uma vez comunicada a matéria que me levara ao contacto daqueles destinatários, nunca mais pensei no caso que, em minha opinião, estava definitivamente arrumado.
Porém, inadvertidamente, desfiz-me da cópia do e-mail. E, para minha grande preocupação, vim a precisar do documento já na segunda semana de Dezembro. Naturalmente, fui eliminando, uma a uma, todas as entidades às quais ia solicitando o favor de me facilitarem um duplicado da mensagem que eu remetera e que me iam respondendo negativamente, invocando as razões mais plausíveis.
A última contactada foi a Câmara que, num prazo brevíssimo, facultou o documento que tanta falta me fazia. Não percebo como é que os serviços de expediente daquelas empresas privadas funcionarão para, num tão curto prazo, se libertarem de correspondência que determinaria algum cuidado de passagem pelo arquivo temporário. Atitude diferente, mais avisada e profissional tiveram os serviços administrativos da CMS.
Não tirarei qualqer conclusão mais ou menos maniqueísta. As boas e as más práticas acontecem em todos os enquadramentos, públicos ou privados. Bons, razoáveis e medíocres profissionais existem em ambos os sectores. No caso em apreço, maior peso apresenta o prato da balança desfavorável ao sector privado. Certamente que é fortuito, perfeitamente aleatório. Por isso não o diabolizarei.
Infelizmente, como todos sabemos, atitude bem diferente têm tido certos responsáveis políticos, que não hesitam em dar o seu nefasto contributo para a difusão da noção de que o funcionalismo público é a sede de todos os males que afligem este país. Cidadãos menos esclarecidos poderão tirar conclusões gerais a partir de casos isolados. O mesmo não poderá admitir-se a Directores-Gerais e membros do Governo. E isso tem acontecido.

3 comentários:

Anónimo disse...

O episódio é exemplar. Sou funcionária pública, reformada, do Ministério da Educação, mesmo dos Serviços Centrais. O caso que conta diz-me muitas coisas. Abandonei os Serviços muito triste, muito amargurada, com tantas injustiças a serem ditas contra o funcionalismo. Eu que tinha tanto orgulho em ser da Função Pública. Parece-me que os Sindicatos falharam muito e não nos defenderam devidamente. Desculpe dizer-lhe assim frontalmente porque o Dr. Cachado foi Presidente da FNE e da Direcção da UGT e, portanto, também é visado. Mas é o que eu sinto.

Eu conheço o Dr. Cachado. Conhecemo-nos razoavelmente bem. Não sou da sede do concelho mas pertenço a Almargem que é uma das freguesias que o senhor mantém em Sintra se o concelho se dividisse.
Sou mais velha do que o senhor mas reformei-me um pouco depois de si. Há-de lembrar-se de mim da Secretaria Geral. Vai reconhecer-me pelas iniciais.

Quem o conhece, percebe que este blogue só podia ser seu. Nos seus posts há valoresjá raros como a dignidade, a cidadania, a preocupação com o bem estar dos outros, a preocupação de ser civilizado, correcto na comunidade.

Desejo-lhe um Bom Natal e um Bom Ano Novo, votos que estendo a todos os que procuram o que eu encontro neste blogue.

E.N.E.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...
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