[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quinta-feira, 13 de março de 2008



Cenas de desleixo (III)


Assim, de repente, lembro ainda duas situações que bem atestam a falta de operacionalidade dos serviços municipais dependentes do Senhor Vereador Luís Duque. É no contexto do sistemático atraso das respostas aos desafios que se lhe colocam, na falta de oportuno despacho dos assuntos cuja competência lhe está afecta, que vamos desaguar no proverbial e institucional desleixo que, tão desgraçadamente, afecta a qualidade de vida dos munícipes.

Então, hoje, o caso do acesso à Regaleira, através de transportes públicos adequados que, de uma vez por todas, acabem com o caos do estacionamento das viaturas, em cima dos passeios de um e outro lado da rua, que tanta insegurança tem gerado nos últimos tempos, ao ponto de o trânsito ficar totalmente interrompido. Já se chegou a colocar em risco a vida de pessoas que, na zona, carecem de um apoio médico cujo recurso fica impossibilitado.

Reporto-me apenas às minhas inúmeras diligências pessoais, porquanto, outras e muitas, têm surgido de vários quadrantes. Depois de não sei quantos artigos publicados no Jornal de Sintra, na Sintra Regional, depois de vários textos neste blogue, finalmente, depois de acerca do mesmo assunto, ter interpelado o executivo municipal, na reunião pública do dia 28 de Novembro de 2007, o Senhor Presidente da Câmara informou que o Senhor Vereador Luís Duque tinha tudo pronto para que, em Janeiro de 2008, estivesse solucionado o problema.

Até hoje, perante a ausência de quaisquer notícias afins, nada disse, nada escrevi. Deixei passar os meses de Janeiro e de Fevereiro. Sei o que a casa gasta… Estamos quase na Páscoa e, como (não) se vê, de transportes públicos para a Regaleira, solução dependente dos serviços coordenados pelo Senhor Vereador Luís Duque, nada se vislumbra.

É a tristeza, o desleixo do costume. Nada se diz, nada se explica. Pontifica a total ausência de maneiras, a deselegância mais evidente no relacionamento com os cidadãos. Por aqueles lados da Regaleira, vão continuar o estacionamento caótico, a insegurança de pessoas e bens. Há muito boas digestões que, não tenham dúvida, colidiriam com o ataque à situação.

Será preciso que a coisa dê para o torto, num momento em que Nossa Senhora de Fátima se distraia e aconteça qualquer desgraça, para que algo se faça?

PS:

(Porque me parece que o assunto é suficientemente grave, continuo a inserir o alerta sobre o que está a acontecer em Seteais. Ainda ontem enviei e-mail para o Senhor Presidente da Câmara solicitando a sua pessoal intervenção).

Foram anunciadas pelo grupo Espírito Santo, e começaram a concretizar-se, obras de conservação e recuperação de instalações em Seteais. Para o efeito, a empresa proibiu o acesso a todas as pessoas alheias aos trabalhos em curso, mediante aviso colocado em cada um dos portões.

Nem a Câmara Municipal de Sintra, enquanto instância do poder local, nem qualquer entidade dependente do poder central, forneceram a explicação que se impõe, tanto aos sintrenses como aos forasteiros que demandam o local.

É perfeitamente possível conciliar a necessidade de concretização das obras com a continuação das visitas. Parece imperioso que as entidades de direito se pronunciem, acautelando os interesses da comunidade em articulação com os do concessionário.

Nada impede e tudo aconselha que, salvaguardadas as atinentes e indispensáveis normas de segurança, sejam instalados passadiços de acesso, tanto em direcção ao belveder como à zona mais elevada do terreiro, junto ao portão central (normalmente encerrado e que poderia passar a funcionar) onde os professores costumam dirigir-se aos grupos de alunos que acompanham em frequentíssimas visitas de estudo.

6 comentários:

Anónimo disse...

finalmente, sobre a regaleira estamos de acordo o sr."varejador" irresponsavel pela calamitosa situaçao está identificado

Anónimo disse...

... queria dizer responsavel

Sintra do avesso disse...

Senhor anónimo,

A sua mensagem leva-me à conclusão de que lhe faltava designar o Senhor Vereador Luís Duque para,finalmente, estar de acordo comigo.

Olhe, é uma surpresa para mim na medida em que desconhecia estar em desacordo com alguém relativamente ao problema do estacionamento caótico junto à Regaleira...

Tanta satisfação da sua parte também indicia que, finalmente, na posse deste novo elemento de identificação, o senhor anónimo estará em posição de desenvolver uma específica actuação, que já estava devidamente preparada e, tão somente, aguardava aquele precioso dado.

Nestes termos, queira aceitar os melhores votos para o êxito dos seus esforços afins da resolução de um assunto que tanta preocupação tem causado a tanta gente.

João Cachado

Anónimo disse...

... para fim de conversa concluo que o sr. "bloga" redundância. Não me compete a mim apresentar soluções para os problemas de sintra, eu votei! Penso que saiba o que é que isso significa, parece-me que o sr.confunde os continentes, fala das chagas e foge de falar sobre quem nos chaga. Responda como quiser que eu ja vi o que tinha a ver aqui

Sintra do avesso disse...

A um relapso anónimo,

Recomendo-lhe a leitura de "Casos do Beco das Sardinheiras", CARVALHO, Mário de , Contra-Regra wd., Lisboa, 1982. Trata-se de uma série de pequenos contos, também subordinados ao subtítulo (Onde importa sobremaneira não confundir género humano com Manuel Germano), assim mesmo, entre parêntesis.

Até no caso do anónimo - insofismavelmente revelador da incapacidade de distinguir onde, no meu comentário de 13.03, começava e terminava o registo da ironia - o conto 'Chuva ao Domicílio' (págs. 71-74, na ed. supra) há-de evidenciar uma alegórica voz, através da qual reconhecerá como o tal subtítulo tão bem se adequa à sua atitude que, infelizmente, tanto tem de anónima como de comum.


João Cachado

Sintra do avesso disse...

At.

Correcção:

....Contra-Regra ed., ...........

João Cachado