[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Centro histórico:
tratar do lixo

(conclusão)

O que hoje acontece em Monte Santos, sucederá amanhã noutro qualquer privilegiado e apetecível lugar de Sintra. Deverá redobrar a atenção para que tais manobras não passem do papel, como tem acontecido com o Vale da Raposa. Em simultâneo, contudo, urge acudir à desgraça da degradação que por aí grassa. Por outro lado, isto também «não vai lá» com rebarbativas e panfletárias palavras de ordem, à laia de um qualquer comício, como aquela do tal anel de betão prestes a cercar não sei o quê…


De facto, aquilo que há a fazer é incompatível com a descaracterização do lugar e deve concretizar-se, concertadamente, procurando abranger e envolver todos os interessados, auscultando a comunidade, ao encontro do parecer das associações representativas dos vários interesses em presença. E, com todo o sentido de realismo e não menor generosidade, apresentando o mais aliciante conjunto de incentivos. É preciso tratar do lixo sem mais adiamentos, sem mais uma fuga para a frente.


Se assim não for, continuaremos a viver a oportunidade perdida. Ora bem, não acham que já vai sendo tempo de fazer agulha noutra direcção? Não acham que já vivemos demasiada dose de lixo ? Não acham que já basta de cultura do desleixo?

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro João Cachado

Não posso concordar mais consigo. Nunca vi o Neto a trabalhar. É uma dor de alma ver aquele cadáver adiado como o denhor lhe chama no Jornal de Sintra.

Não há presidente da Câmara que seja capaz de resolver a situação. Quando não conseguem resolver ou ajudar a resolver uma coisa destas, compreende-se que promovam coisas como Monte Santos?

Força. Não desista. Um abraço

Heitor Nunes

Anónimo disse...

Caro Dr. Cachado,

É raro discordasr de si mas hoje é o caso. Não me parece que o projecto de Monte Santos seja desqualificado. Não podemos ser fundamentalistas. Isso não significa que não se ataque o problema do Neto. Há lugar para mais uma ou duas unidades hoteleiras no centro histórico. Não percebo porque é que o Tivoli não pega no Neto, mesmo ao lado. Talvez o Dr Seara saiba...

Há lugar para todos. A Câmara tem é de disciplinar a coisa. É para isso que lá está: para indicar o caminho e dar lugar à iniciativa.

Cumprimentos do

Artur Sá