[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Ainda Sarrazola e Odrinhas





"(...) chamou-me a atenção esta sua história sobre a Sarrazola.
Então a Câmara Municipal de Sintra não aceitou a oferta da Sarrazola
e foi construir um edifício novo em Odrinhas,
desperdiçando as instalações do Ministério da Agricultura?
A CMS estava assim tão rica para um luxo daqueles?
Era bom ter acesso à resolução da Câmara para entender as razões.
No meio de tudo isto, ainda bem que actualmente a Sarrazola
está a cumprir o destino que o Dr. Brandão de Vasconcelos
deixou escrito no seu testamento.
Também lamento que depois do investimento da Câmara
na escola de Odrinhas, afinal esteja às moscas.

Com os cumprimentos de Álvaro Madeira"



Para hoje tinha preparado a publicação de matéria completamente diferente. Todavia, ao abrir o escritório, deparei com esta mensagem do professor Álvaro Madeira, como comentário aos meus textos aqui publicados nos passados dias 30 e 31 de Outubro e na sequência de anterior artigo no Jornal de Sintra (24.1008).

Particularmente pertinente, no texto em epígrafe, me pareceu aquela alusão à possibilidade de consultar os documentos afins da resolução da Câmara, no sentido de não aceitar a oferta das instalações do Ministério da Agricultura. A propósito, cumpre lembrar que, passados anos e anos de vandalismo militante, por fim, foram dignamente ocupadas pela Escola Profissional D. Alda Brandão de Vasconcelos, com manifesto sucesso de frequência.

Naquela altura, embora fosse professor da Escola de Recuperação do Património de Sintra e, como escrevi, tivesse participado na reunião em que a técnica do Ministério da Agricultura apresentou a sedutora proposta, em nome do seu Director-Geral, confesso que não tenho suporte documental que sequer me habilite à datação de quaisquer sessões de trabalho afins, em meados dos anos noventa, talvez 1995/96.

No entanto, todo este assunto há-de constar, não só da Acta das reuniões havidas no Departamento do Ensino Secundário do Ministério da Educação, na Av. 24 de Julho em Lisboa, para o efeito da instalação do Curso que veio a designar-se como Gestão de Espaços Verdes, mas também do arquivo da EPRP e da própria CMS. A então Presidente da Câmara, Dra. Edite Estrela, autarca cautelosa quanto à espalda documental das suas decisões, certamente não terá descurado a questão.

Aqui fica a sugestão de investigar. Sem dúvida que pode ser assunto objecto de interesse, quanto mais não seja, para a História da Educação no concelho de Sintra. Infelizmente, não me sobra tempo para o efeito mas estou à disposição de quem se habilite à tarefa.

3 comentários:

Anónimo disse...

Caro Dr. Cachado,

Mais uma vez, aqui me tem depois de grande ausência devido a estadia na Alemanha com a mninha mulher de visita à família.
Esta história da Escola do Património não é estranha para mim. Lembro que há uns anos, uma sobrinha minha quis ir frequentar mas ficou muito mal impressionada com as instalações no Cacém, ao pé dos correios, portanto antes de Odrinhas.
Eu também me espanto como foi isto possível. Então a Câmara Municipal de Sintra não aceitou a Sarrazola porque era muito longe e foi por-se a construir em Odrinhas? Mas Odrinhas não é muito mais difícil de transportes?
Dr. Cachado, parece-me que aqui há grande marosca. Sabe que eu tenho a maior admiração pela Dra. Edite Estrela e não imagino que ela prejudicasse Sintra indo construir uma escola que é sempre um grande investimento sem razão que justique.
Lembro-me bem do seu artigo no Jornal de Sintra acerca do vandalismo na Sarrazola. Depois disso a tal escola nova conseguiu instalar-se e já ter trezentos alunos e em Odrinhas teem de fechar os cursos? Ainda bem que esse senhor professor Álvaro Madeira denunciou e tem dúvidas sobre o caso. Mas se calhar nunca se saberá nada. Em Portugal é assim.
Cumprimentos,
Artur Sá

Anónimo disse...

Boa Tarde, Professor,

Fui sua aluna no Cacém quando o professor falou sobre a escola ir para Colares. Lembro do professor estar muito contente porque detestava aquele lugar que só tinha cimento à volta. Mas depois não foi p´rá frente. Foi pena porque eu só conheci aquela escola no Cacém e as oficinas no Cabriz, tudo era provisório embora o ensino bom. Ouvi dizer que agora em Odrinhas há tudo do bom e do melhor. No meu tempo havia muita gente a querer entrar e agora diz um professor Madeira que está às moscas. Não percebo e só espero uma boa explicação. A Xana que está na Alemanha é que me indicou o seu blogue que acompanho e gosto. A gente parece que está a ver o professor escreve como falava. Felicidades professor.

Teresa M.

Anónimo disse...

Professor, novamente a Teresa. Há coisas que eu não percebo mas também há coisas que eu sei que não me interessa dizer em público. Preciso do seu mail para poder escrever claramente. Desculpe
Teresa M.