[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quarta-feira, 15 de julho de 2009


Nota introdutória

Fernando Castelo, dentre as pessoas que conheço - e conheço grandes viajantes - é das que mais se desloca por esse mundo. Ainda não há três meses, andava pelo Vietname e, hoje mesmo, ei-lo na Polónia, onde, aliás, já esteve outras vezes.

Fernando Castelo não é um turista. Se bem compreendem a diferença, é um viajante, informado, culto, para quem a viagem é também um inesquecível momento de formação e de enriquecimento. Longe de Sintra, sempre atento ao que por cá se passa, enviou um comentário ao texto ontem aqui publicado que passo a transcrever. Não estranhem o título que lhe atribuí. Já vão compreender...

Tanta gente desdentada !...


"(...)

Mesmo longe da nossa Sintra, este blogue é um espaço incontornável. Ainda bem.
O tema é velho e, tal como diz, também admito que andamos a ser gozados, face à notória indiferença de quem é remunerado pelos nossos impostos, que são impostos.


Por este mundo fora, em todas as cidades históricas há soluções, mas parece que, por aqui, é que a coisa é difícil, porque é diferente. Os umbigos serão mais redondos, por certo.

Sintra atafulhada de carros, sem saída, parece ser uma virtude cara aos responsáveis pelo ambiente.

Sintra onde os visitantes apenas passam, parados na estrada ou em circulação lenta, deve ser um orgulho para os responsáveis pelo Turismo.

Sintra sem transportes públicos qualificados e ajustados, sem parques na periferia com ligações rápidas, deve corresponder aos objectivos terceiro-mundistas de quem nos gere.

Quantas vezes se tem denunciado o escândalo da Serra, especialmente a caminho da Pena, cheia de carros e perigos em caso de uma sempre possível evacuação, e tudo na mesma, até ao dia em que se desculparão descaradamente.

Como nestas e noutras coisas recordo a minha querida professora, a menina Alicinha como respeitosamente nos dirigíamos a ela, que nos recomendava amiúde e nos amedrontava: "Não mintam, pois a quem mente caiem-lhe os dentes".

Que pena a profecia não corresponder à realidade, para sorte de muita gente que anda por aí.
(...)"

Fernando Castelo

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