[sempre de acordo com a antiga ortografia]

segunda-feira, 26 de novembro de 2012




Mozart,
Sinfonia No. 30

 
Na nossa abordagem à obra sinfónica de Mozart, chegamos à trigésima peça do estupendo conjunto, uma das mais significativas componentes do legado mozartiano.

Trata-se de uma obra na tonalidade de Ré Maior, KV. 202/186b, que o compositor terminou em 5 de Maio de 1774, tendo-a orquestrado para dois oboés, fagote, duas trompas, dois trompetes, timbales e as habituais cordas, obedecendo à estrutura de quatro andamentos, a saber, 1. Molto allegro, 3/4, 2.Andantino con moto (em Lá Maior), 2/4, 3.Menuetto/ Trio (trio em Sol Maior),3/4 e 4.Presto.

Estamos perante a última sinfonia que Mozart escreveu antes da sua infausta deslocação a Paris. Nítida é a influência directa de Joseph Haydn, cumprindo confirmar que, apesar de algumas passagens interessantes, o primeiro andamento baseia-se em ideias que já conhecemos de peças anteriores, o Andantino apenas contempla as cordas e, na realidade, o Menuetto não apresenta qualquer argumento de originalidade evidente, o mesmo acontecendo, aliás, com o andamento final.

De realçar que a KV. 202 tem a particularidade de encerrar a parte derradeira da série das Sinfonias de Salzburg que, ao terminar em 1774, nos remete para Amadé, nos seus dezoito anos, dominando todos os ingredientes de uma oficina em que já germinavam os magníficos produtos que conheceríamos logo de seguida.

Jaap Ter Linden dirige a Mozart Akademie Amsterdam.

 
http://youtu.be/IxzPuKVKC4k

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