[sempre de acordo com a antiga ortografia]

segunda-feira, 28 de março de 2016




24 de Março de 1762
Marcos Portugal
(m. 1830)


[publicado no facebook em 24.03.2016]

Organista, maestro e prolífico compositor luso-brasileiro (mais de 70 obras dramáticas, incluindo cerca de 40 óperas, e mais de 140 obras religiosas), conheceu um sucesso internacional sem paralelo na história da música portuguesa, com centenas de representações operáticas na Europa.

Em Portugal e no Brasil, no entanto, a sua fama de compositor alicerçou-se primordialmente no género sacro, com algumas das suas obras mantendo-se no repertório das igrejas e capelas até inícios do século XX.

Proponho escutarmos um excerto da sua "Missa Grande" para vozes solistas, coro e órgão/baixo contínuo, datada de cerca de.1782-1790, provavelmente encomendada pela Rainha D. Maria I. Trata-se de uma das mais paradigmáticas obras de finais do século XVIII e século XIX em Portugal, como se pode verificar pelo elevado número de versões encontradas (15), e de cópias manuscritas sobreviventes (80).

Foi também conhecida no Brasil, sendo cantada nas Capelas Real e Imperial do Rio de Janeiro, e em Minas Gerais. No seu Diccionario Biographico de Muzicos Portuguezes o musicólogo Ernesto Vieira refere-se à obra nestes termos:

“[...] no tempo em que eu comecei a exercer a arte se executava ainda com frequência em Lisboa e era muito conhecida pela designação de “Missa Grande”, é muito notável por um grande sextetto no “Domine Deus”, para dois sopranos, contralto, tenor e dois baixos, bella e graciosa peça concertante; o “Cum Sancto Spirito” é também uma explendida fuga a dois sujeitos. [...].”

Ouçamos o excerto do 'Credo' de uma gravação, ao vivo, nos Invalides, em Paris. Direcção de Bruno Procópio.

Boa Audição!

https://youtu.be/_WcrHVaUj3U

 
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