[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sexta-feira, 23 de março de 2018



Vila Velha,
alterações ao trânsito,
consideráveis vantagens,
- contra o imobilismo, a favor da mudança!

Toda a gente sabe como temos lutado pela implantação das infra-estruturas e operacionalização de medidas que, a montante da proposta de alterações de acesso ao centro histórico que, inequivocamente, viabilizam a proposta por estes dias apresentada pela Câmara Municipal de Sintra.
Agora, «dando a mão» à autarquia, ninguém abdicará de reivindicar a efectivação de tudo quanto sabemos ainda faltar. Aquilo que, a partir de segunda-feira vai suceder, afinal, nada mais é do que o início de um processo em que se tentará 'civilizar' o que tem sido um caos.
Eu sei que não, que as reacções vindas a público não são atinentes a concluirmos que, em geral, residentes e agentes económicos até estavam perfeitamente confortáveis com a bandalheira reinante. Não me considerando um iluminado, sei perfeitamente que, isso sim, todos estamos enfrentando uma consabida reacção geral de relutância à mudança.
Como soe dizer-se, 'está nos livros'. Trata-se de hábitos de dezenas e dezenas de anos, da convivência com práticas absolutamente funestas que, no domínio da segurança de pessoas e bens, só não terão tido consequências trágicas 'porque Nossa Senhora de Fátima não se distraíu'...
Até pessoas esclarecidas, cordatas, urbanas e civilizadas têm incorrido em lamentáveis atitudes de egocentrismo que, em princípio, apesar de previsíveis, não deixam de causar alguma perplexidade.
Tenho-o sublinhado, e não me canso de o repetir, que se trata de um processo em curso, em que vale apena investirmos tudo quanto é possível a nível da intervenção cívica, no sentido de não perder esta oportunidade crucial de 'começar a civilizar' uma série de práticas de conduta absolutamente contrárias ao interesse da comunidade.
É neste contexto que, a partir da próxima Segunda-feira, dia 26 de Março, ainda mais se justifica o reforço da nossa atitude cívica de participação individual e em grupo, no sentido de sugerir, suscitar discussão, intervir em todas as dimensões que a cidadania activa o aconselha.
Um parêntesis para aludir a uma situação concreta que, a título de exemplo, urge alterar. O mais rapidamente que for possível, poderão acompanhar-nos na luta em que alguns de nós já temos anos de experiência de alguns anos, com o objectivo de não nos rendermos a um 'statu quo' facilitador de viaturas particulares acedendo ao Castelo dos Mouros e à Pena.
Não descansaremos enquanto não acabarmos com aquela vergonha de automóveis estacionados praticamente junto aos monumentos. Não permaneceremos de braços caídos enquanto que, por aquela rampa acima e, em sentido inverso não circularem apenas transportes públicos adequados.
Nesta altura, seria péssimo que não nos considerássemos todos no mesmo barco. Certo é que estando agitadas as águas, não faltam oportunidades para a cooperação. De facto, não se tratando de um processo sem falhas significativas, vale a pena tudo fazer para que se ultrapassem as dificuldades que, já sabemos, nos desafiarão em permanência.
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PS
Este texto foi suscitado por troca de impressões com os meus queridos amigos Emilia Reis e Fernando Castelo, cidadãos que acumulam dezenas de anos de intervenção cívica como credenciais exemplares, discretos cúmplices de tantas lutas e a quem Sintra tanto deve.
Também um abraço cordial, ou seja, do coração, aos amigos das associações cívicas e culturais com quem nos temos cruzado, daCanaferrim - Associação Cívica e CulturalAlagamares - Associação Cultural, Associação de Defesa do Património de Sintra e QSintra.

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