Feitiço
Chegou o Outono, ameno, sem excessos, impositivo, apenas quanto baste, para uma doce exaltação dos sentidos, como em nenhuma outra época do ano. A luz, mais oblíqua, arrasa nascentes e poentes. Tão aumentada é a quantidade dos matizes que explode o espectro cromático em tons difusos, inusitados. O vento, de tanto abrandar, parece extinguir-se. Mas não, aí está, sereníssimo, da Serra descendo com os cheiros dos primeiros apodrecimentos.
Quando damos por isso, tão evidente é a quietude que acabam por se fundir Tempo e Espaço. É possível? Pois é. Coisas do Outono, neste declínio de Setembro, preâmbulo de festas cíclicas, de castanhas e vinhos novos, promessa de sossego, sempre cumprida antes das tormentas invernis.
Sintra é um perigo no Outono. Há quem fique tão cativo do apelo vindo dos montes que não consegue meter-se no comboio para ir trabalhar. Acontecendo isso, o melhor é mesmo obedecer ao feitiço do chamamento, ousar não ir, deixar o cais e a estação, partir para outros caminhos...
Chegou o Outono, ameno, sem excessos, impositivo, apenas quanto baste, para uma doce exaltação dos sentidos, como em nenhuma outra época do ano. A luz, mais oblíqua, arrasa nascentes e poentes. Tão aumentada é a quantidade dos matizes que explode o espectro cromático em tons difusos, inusitados. O vento, de tanto abrandar, parece extinguir-se. Mas não, aí está, sereníssimo, da Serra descendo com os cheiros dos primeiros apodrecimentos.
Quando damos por isso, tão evidente é a quietude que acabam por se fundir Tempo e Espaço. É possível? Pois é. Coisas do Outono, neste declínio de Setembro, preâmbulo de festas cíclicas, de castanhas e vinhos novos, promessa de sossego, sempre cumprida antes das tormentas invernis.
Sintra é um perigo no Outono. Há quem fique tão cativo do apelo vindo dos montes que não consegue meter-se no comboio para ir trabalhar. Acontecendo isso, o melhor é mesmo obedecer ao feitiço do chamamento, ousar não ir, deixar o cais e a estação, partir para outros caminhos...
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