[sempre de acordo com a antiga ortografia]

segunda-feira, 30 de junho de 2014


Uma grande entrevista



Sabem como aprecio Massimo Mazzeo. Sabem que não gosto de perder a oportunidade de veicular alguns dos passos que tem dado para benefício do panorama da música em Portugal. Julgo que é importante conhecer o perfil, os interesses, as preocupações deste grande músico a quem já tanto devemos. A Parques de Sintra conta com a sua colaboração numa série de iniciativas dentre as quais já destaquei o primeiro ciclo, em Março passado, da Temporada Tempestade e Galanterie, no Palácio de Queluz.

O longo parágrafo que abaixo transcrevo é apenas o lead da interessante entrevista a  XpressingMusic que me parece deverem ler para ficarem a conhecer quem tanto gosta de Portugal e é discreto mas importante «actor» do actual momento da vida musical portuguesa. É importante conhecer melhor este músico, maestro que vai dirigir a Orquestra Gulbenkian durante a próxima temporada. Que formação teve, os compositores que tão bem entende e admira, as suas cumplicidades, o envolvimento tão íntimo com Divino Sospiro. Leiam-na e verão como ganham estupenda informação sobre alguém que tanto contribui para nos enriquecer espiritualmente.
"Massimo Mazzeo
A carreira e o Divino Sospiro…

Publicado em 27 junho 2014.


Massimo MazzeoMassimo Mazzeo já passou pelas mais prestigiadas orquestras de câmara. I Virtuosi di Roma, I Virtuosi di Santa Cecilia, Accademia Strumentale Italiana, Musica Vitae Chamber Orchestra (Suécia), Caput Ensemble de Reykjavik são alguns dos exemplos de formações em que já atuou. O nosso entrevistado é Diplomado pelo Conservatório de Veneza e, numa contínua busca pela perfeição, continuou a estudar viola-d'arco com Bruno Giuranna e Wolfram Christ, e música de câmara e quarteto de cordas com os membros dos célebres Quarteto Italiano e Quarteto Amadeus. Massimo Mazzeo integrou ainda algumas das mais representativas orquestras do panorama musical italiano dirigidas por ilustres maestros, entre os quais se destacam Leonard Bernstein, Zubin Metha, Carlo Maria Giulini, Yuri Temirkanov, Giuseppe Sinopoli, Georges Prêtre, Lorin Maazel, Valery Gergiev e tem gravado para as editoras BMG, Erato, Harmonia Mundi France, Deutsche Harmonia Mundi, Nuova Era, Movieplay, Nichion e Dynamic. (...)"
 


Sintra,
Parques de Sintra Monte da Lua
- Engº Nuno Oliveira


Em grande parte, o sucesso de muitas iniciativas no âmbito da silvicultura, jardins, pecuária, etc, da PSML se deve àquele jovem bem apessoado, de barba e bigode que, de colete escuro, está encostado ao muro da box onde se encontra este magnífico exemplar de cavalo Ardenais admirado por tantos e interessados visitantes.

É bom que saibamos reconhecer, em pessoas como este meu bom amigo e seus colegas da estupenda empresa em que trabalham, quanto lhes devemos, nós sintrenses, primeiros destinatários do empenho de tão notável grupo de técnicos.

Um grande abraço ao Engº Nuno Oliveira.



 

 

 


 
Foto: Credits_APTRAN


Sintra,
Palácio e Jardins de Queluz
- Escola Portuguesa de Arte Equestre


Todas as quartas-feiras! Sem qualquer bilhete suplementar!

 

Qualquer visitante do Palácio e/ou Jardins de Queluz tem acesso a um dos mais sofisticados espectáculos que é possível aceder nas lusas paragens. Cavaleiros e cavalos evoluindo em movimentos de Alta Escola num cenário único onde tudo condiz, onde cada elemento do evento tem a ver com tudo que o cerca.

A Escola Portuguesa de Arte Equestre emparceira c
om as congéneres europeias e, em determinados aspectos, é mesmo superior. Imperdível! Lembrem-se os pais, tios, avós que os garotos da família estão de férias e, tantas vezes, aborrecendo toda a gente com o tédio consequente da ausência de estímulos. Pois aqui têm um programa absolutamente inolvidável.

Escusado é fazer votos porque, antecipadamente, é um êxito garantido. Portanto, uma excelente manhã de quarta-feira!

Vão por mim!
 

 
 

Todas as quartas-feiras, às 11h00, têm lugar, nos Jardins do Palácio Nacional de Queluz ,apresentações da Escola Portuguesa de Arte Equestre (EPAE) com a duração de 20 a 30 minutos. Estes espetáculos, organizados com os cavalos e cavaleiros da EPAE, estão acessíveis a todos os visitantes do Palácio e/ou Jardins de Queluz. Mais informações: http://www.parquesdesintra.pt/experiencias-e-lazer/apresentacoes-de-arte-de-equestre/

Credits Pedro Yglesias
 
 
 


Teatro Nacional de São Carlos 


Com projecto do arquitecto José da Costa e Silva, foi inaugurado em 30 de Julho de 1793, pela Rainha D. Maria I, faz hoje 221 anos, para substituir o Teatro de Ópera do Tejo destruído por altura do Terramoto de 1755.

O espectáculo inaugural foi o 'dramma giocoso per musica' em três actos "La Ballerina amante" de Domenico Cimarosa (1749-1801), com libretto de Giuseppe Palomba. Trata-se de uma obra que se pode incluir naquilo que se designa co
mo metateatro, género de espectáculo que, indulgentemente, ri ou sorri dos seus próprios pecadilhos e vícios, de algumas das suas mais características personagens, em especial, dos empresários e compositores, cantores, bailarinos, etc.

Quem pretender aceder a obras de referência sobre o São Carlos não pode deixar de consultar a bibliografia do Dr. Mário Moreau, um grande amigo do meu pai que o acompanhou, diariamente, durante o seu último mês de vida, algo que jamais poderei esquecer. Entre outras obras, são de sua autoria "Cantores de ópera portugueses" (em três grossos volumes), "Coliseu dos Recreios: um século de história", "O Teatro de São Carlos: dois séculos de história" e ainda, mais recentemente, as biografias de Tomás Alcaide e Luísa Todi.

Para comemorar a efeméride, não me tendo sido possível propor-vos um excerto da referida obra, eis a Abertura de "Il Matrimonio segreto" do mesmo compositor, numa leitura de
Daniel Barenboim.

Boa audição!

http://youtu.be/ibAem4-_oKE
 
 



Festival de Sintra, 29 de Junho de 2014,
Piano a quatro e seis mãos
- Penha Longa

[FACEBOOK, 29.06.2014]

Regressei esta madrugada da Ilha de São Miguel onde estive a trabalhar como formador durante toda a semana passada. Pois tão desejoso estava de retomar os meus passos no Festival de Sintra que, passadas poucas horas sobre a chegada, já estava no recital da tarde de hoje na Penha Longa.

Apesar de muito cansado e ainda não recuperado – aliás como tive oportunidade de explicar aos amigos que me foram cumprimentar durante o intervalo, enquanto, mais ou menos estrategicamente, me mantinha algo afastado do burburinho habitual – eu tinha todas as razões para não hesitar em estar presente.

Verdadeiramente aliciante, o programa contemplava um interessante conjunto de obras para piano a quatro mãos de Ferrucio Busoni e de Reynaldo Hahn, para piano e harmónio de César Franck e Charles Marie Widor e para piano a seis mãos de Vianna da Motta, Carl Czerny, Sergei Rachmaninov, Franz Schubert, Niccollò Paganini e John Phillip de Sousa.

Imperdível? Não é exagero assim considerar porque, meus amigos, a interpretação em recital público de peças para piano a quatro mãos é bastante rara e, então, no que se refere a seis mãos, quando a oportunidade se oferece, por ser raríssima, difícil é decidir não comparecer… Com obras de excelentes compositores, nas mãos de pianistas como Joana David, Nuno Lopes e João Paulo Santos, estava garantida a qualidade do recital em perspectiva.

Claro que, «atacado» a quatro e a seis mãos, o Steinway de serviço sofreu os esperados 'tratos de polé'. Ainda na pausa entre a primeira e segunda partes, ao saudar o Fernando, ele bem me disse que fora ‘forte e feio’… Claro é que aquela expressão nada tem a ver com qualquer deficiência de execução mas, isso sim, por a estupenda «máquina» ter mesmo de suportar toda a gama de fortes, fortíssimos, pianos e pianíssimos para que, finalmente, pudesse contar com as suas preciosas mãos de afinador…

Gostaria de deixar ainda mais uma nota de agrado. O auditório, uma sala lindíssima contígua à igreja, estava repleto de uma audiência tão interessada como cúmplice dos três intérpretes. Um destaque especial para João Paulo santos que soube apresentar as peças com o melhor enquadramento possível e tendo em conta o pouco tempo disponível para o efeito. Uma chamada de atenção para a organização no sentido de evitar aquele modo atabalhoado de facilitar a entrada de atrasados e para a proibição de tomada de fotos durante as interpretações.

Foram duas horas de excelente música, numa prestação muito correcta e bem humorada que terminaria com a engraçadíssima “Ménage à Trois” de Jacques Castarède com coreografia e tudo... Porque, a propósito desse momento, apenas consegui encontrar uma interpretação muito desenxabida de umas piquenas sem graça alguma, prefiro propor-vos uma das peças em programa, a Polonaise brilhante op. 296 de Carl Czerni para piano a seis mãos, contando com Isabel Beyer, Guy & Harvey Dagul. E, assim, terão uma pálida ideia da música que esta tarde se fez na Penha Longa.
 
 
 
Boa audição!

 
http://youtu.be/IYiCUhOp1cI

 

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PS: AT. À MARATONA RACMANINOV NO CENTRO CULTURAL OLGA CADAVAL, DIAS 2 E 3 DE julho, COM OS 4 CONCERTOS PELOS PIANISTAS ARTUR PIZARRO, DANIEL BURLET, ALEYSON SCOPEL, ANTÓNIO CEBOLA E ALEXEI SYCHEV, ORQUESTRA DO NORTE SOB DIRECÇÃO DE NUNO CORTE REAL.

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sábado, 28 de junho de 2014


Sintra,
Decisão difícil mas inequívoca


Mais uma vez, ao tomar uma decisão que adivinho ter sido de dificílima adopção, a
Parques de Sintra acaba de nos demonstrar como sustenta os seus passos nas mais abalizadas opiniões. Conheço perfeitamente quem teve de subscrever o relatório referido e fico o mais possível descansado quanto às diligências que terão sido efectuadas no sentido de salvaguardar e respeitar todos os interesses em presença.

Também eu lamento muito a perda da árvore em questão que fazia parte de um património inestimável. No entanto esta tília, tal como todos os seres vivos é susceptível de acusar patologias remediáveis e irremediáveis. Neste caso, infelizmente, nada havia a fazer. Nasceu, cresceu, adoeceu e morreu. Completou-se o ciclo.

Neste como noutros casos a minha máxima confiança a quem tantas provas de eficiência tem dado à comunidade. Estou certo de que, tal como a defunta, a tília substituta há-de beneficiar e dar muita satisfação a sucessivas gerações de sintrenses e de visitantes. Parabéns pela decisão, coragem e prontidão em evitar males maiores.
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A Parques de Sintra - Monte da Lua tomou ontem (26/06/2014) a decisão de abater a Tília que se encontrava junto ao Palácio Nacional de Sintra.
No dia 19/06/2014 às 6h da manhã caiu uma grande pernada da Tília situada no Terreiro do Palácio...
Nacional de Sintra em frente à Ala Manuelina. A zona foi vedada para garantir a segurança dos muitos visitantes.
Analisado o problema, verificou-se que a queda se deveu ao estado de podridão interior da estrutura arbórea. De acordo com o relatório elaborado pelo Diretor Técnico do Património Natural, foi decidido que a única solução era o corte da árvore e plantação de uma Tília nova, no mesmo local.

“A observação cuidada dos tecidos internos expostos na zona de fratura permitiu constatar a presença de uma podridão de lenho interna, do tipo deslenhificação seletiva, que, contudo, não evidenciava sintomas externos. Esta lesão de elevada dimensão estendia-se ao longo do ramo afetado e do tronco, atingindo a zona de inserção dos ramos estruturais. A situação encontrava-se agravada pela presença de casca inclusa na zona de bifurcação do eixo principal. A conjugação destes dois defeitos críticos assumia um potencial risco de rutura muito elevado.
A acrescer a esta situação, no colo da árvore existia uma grande cavidade com enegrecimento dos tecidos internos expostos, e insuficiente concha estrutural para a correta manutenção da transmissão dos esforços físicos. Este defeito crítico assumia também um potencial risco de rutura muito elevado.”

À semelhança de todos, também a Parques de Sintra lamenta a situação e gostaria que tivesse sido possível preservar a Tília, cuja existência marcava fortemente o local.
 
 
 



 
Efeméride musical
- Guilhermina Suggia
 
[faqcebook, 27 de Junho de 2014]


 (Porto, 27 de Junho de 1885 — Porto, 30 de Julho de 1950) .

No seu aniversário, a minha proposta de escutarmos a grande violoncelista numa estupenda interpretação do tema 'Kol Nidrei' {I] de Max Bruch. Seguidamente, um interessante documento biográfico [II].

Boa audição!


http://youtu.be/IIGR6OJji04 [I] Kol Nidrei
http://youtu.be/wfxT3yUFACg [II) excertos da biografia
 
 
Mozart,
o milagroso tríptico sinfónico



[facebook, 26 de Junho de 2014]



[Ainda sobre a efeméride mozartiana de hoje, já objecto de um post anterior, gostaria de recuperar um texto que escrevi há uns anos a propósito do enquadramento não só da Sinfonia No. 39 cuja entrada em catálogo pessoal do compositor hoje se celebra mas também das outras duas que, com esta, formam o tríptico mais fabuloso da história da música sinfónica da designada Primeira Escola de Viena.]

 
O cúmulo canónico absoluto da sua obra sinfónica, KV. 543, 550 e 551 – obras que, inequivocamente, figuram entre as mais importantes e influentes compostas em todo o século dezoito – foram escritas num curtíssimo período de seis semanas ou pouco mais, durante o Varão de 1788, circunstância concludente a partir das entradas no catálogo pessoal de Mozart, respectivamente, datadas de 26 de Junho, 25 de Julho e 10 de Agosto.

Tradicionalmente, tem-se partido do princípio de que Mozart nunca assistiu à interpretação ou dirigiu estas sinfonias. No entanto, tal não parece sustentável já que não só essa convicção é totalmente contrária à prática habitual do compositor, como também a rápida divulgação das obras, em especial das KV. 550 e 551, e o facto de ele ter revisto a KV. 550, juntando clarinetes à orquestração, sugerem que, de facto, foram apresentadas publicamente.

E não terão faltado oportunidades para o efeito. Lembremos a nota numa carta datada de Junho de 1788, por altura da composição da KV. 543, dando a entender que Mozart estava a planear uma série de concertos no futuro imediato, para além do facto de que concertos, em Leipzig em 1789, Frankfurt em 1790 e Viena em 1791, todos incluíam sinfonias.

Ainda que não deixe de ser tentador descartar a ideia romântica de que as derradeiras sinfonias representam uma súmula e o culminar da arte sinfónica de Mozart – é perfeitamente absurdo pensar que ele teria consciência de que estas seriam as suas últimas peças do género – no entanto, tipificam algumas características essenciais do seu estilo sinfónico que, sem dúvida, constituem o grande contributo para a sinfonia.

Naquele contexto, gostaria de salientar a perfeita noção da proporção e do equilíbrio estrutural, um vocabulário harmónico riquíssimo, o delinear da função através de material temático distintivo e característico e uma especial preocupação com as texturas orquestrais que, muito particularmente, manifestou na escrita extensa e idiomática para os instrumentos de sopro.

quarta-feira, 25 de junho de 2014



Efeméride mozartiana
24 de Junho de 1774
 
[facebook. 24.06.2014]

No contexto do trabalho ao serviço do Príncipe Arcebispo de Salzburg, Hieronymus Joseph Franz de Paula, Conde Colloredo von Wallsee und Melz, Mozart esta Missa Brevis, KV.192, dividida em seis secções cujas coordenadas de tempo das sucessivas faixas da gravação são as seguintes:

 - Kyrie (0:00)
- Gloria (3:13)
- Credo (8:03)
- Sanctus (14:35)
...
- Benedictus (15:45)
- Agnus Dei (17:42)

A interpretação está a cargo de Dorothea Röschmann, soprano; Elisabeth von Magnus, contralto; Herbert Lippert, tenor; Gilles Cachemaille, barítono; Coro Arnold Schoenberg; Concentus Musicus, sob a direcção de Nikolaus Harnoncourt.

Boa audição!

terça-feira, 24 de junho de 2014



São João Baptista


[Estou em São Miguel, Açores, onde permanecerei em trabalho até ao próximo sábado. Em pleno São João e de Festas San joaninas que, em determinadas freguesias desta ilha têm especial brilho, não perderia a oportunidade para partilhar convosco a música que, mais a propósito, me ocorre]

 
São João Baptista


Em 21 de Junho, a propósitio de uma efeméride relacionada com a estreia da ópera “Die Meistersinger for Nünberg” de Richard Wagner, referi-me às festas joaninas que são motivo evidente do início do segundo Acto.

Hoje, dia do santo do meu nome, pelo qual tenho especial e natural devoção, quero propor-vos a peça musical que sempre me ocorre. Poderia ser mas, de facto, não é a célebre cena da ópera “Salome” de Richard Strauss que, aliás, com muito e bom proveito, também poderão escutar bastando que, para o efeito, seleccionem uma boa interpretação.

“Christ unser Herr zum Jordan kam, BWV 7”, [Jesus Nosso Senhor veio ao Jordão] de Johann Sebastian Bach, a minha referência desta data, foi composta em Leipzig, mesmo para o dia de São João e estreada em 24 de Junho de 1724, com base num cântico precisamente homónimo de Martinho Lutero.

Estruturada em sete partes, o texto das primeira e sétima é o original enquanto que, da segunda à sexta, temos palavras de um autor anónimo que não se refere ao Evangelho sobre o nascimento do baptista ou do baptismo de Cristo.

Trata-se de uma Cantata para ‘alto’, tenor e baixo, coro, dois oboé d’amore, dois violinos, viola e baixo contínuo, de acordo com o seguinte detalhe:

1.Coro: Christ unser Herr zum Jordan kam; 2.Aria (baixo): Merkt und hört, ihr Menschenkinder; 3.Recitativo (tenor): Dies hat Gott klar mit Worten; 4.Aria (tenor): Des Vaters Stimme ließ sich hören; 5.Recitativo (baixo): Als Jesus dort nach seinen Leiden; 6.Aria (alto): Menschen, glaubt doch dieser Gnade; 7.Coral: Das Aug allein das Wasser sieht.

Interpretação a cargo do Coro do King's College Choir Cambridge - David Willcocks, solistas: Alto-Paul Esswood, Tenor -Kurt Equiluz, Baixo-Max van Egmond, Leonhardt-Consort, sob a direcção de Gustav Leonhardt.

[A pintura de ilustração da gravação, 'Baptismo de Cristo' é de Jean- Baptiste Camille Corot.]
Bom dia de São João!

Boa audição!

http://youtu.be/XrKLoHDkKqM


segunda-feira, 23 de junho de 2014


Festivais de música:
Salzburg, outro planeta


 
[Transcrição do artigo publicado na edição de 20 de Junho de 2014 do ‘Jornal de Sintra’]



Na manhã do passado dia 5 de Junho, durante a apresentação pública do Festival de Sintra 2014, o senhor Presidente da Câmara referiu-se ao Festival de Salzburg para afirmar que, no próximo ano – altura em que vamos com
emorar cinquenta edições – Sintra vai ter condições para apresentar uma programação digna da Meca da grande música.

Como já tive oportunidade de esclarecer, no uso de uma hipérbole bem aplicada, o Dr. Basílio Horta apenas pretendeu aproveitar aquela oportunidade de troca de impressões acerca da actual 49ª edição, comprometendo-se, desde já, com o maior empenho pessoal, para a afectação dos recursos indispensáveis, em 2015, à organização de um festival à altura dos seus melhores pergaminhos.

Ao Festival de Salzburg, portanto, se referiu o Presidente. Na realidade, bem pode assim designar-se embora tendo em consideração que, afinal, tão só e especificamente, se alude ao Festival de Verão, certo é que o mais importante, o mais conhecido da cidade dos príncipes arcebispos, mas apenas um dentre mais onze (!!!) que o burgo promove ao longo dos doze meses do ano, cada um dos quais importantíssimo, e também designado como festival de Salzburg…

Confirmando como assim é, durante temporadas sucessivas, a partir de
Mozartplatz, Salzburg, Austria subscrevi artigos para o Jornal de Sintra, três vezes por ano: um, durante a Mozartwoche [Semana Mozart], festival de Inverno, exclusivamente dedicado a Mozart, quase duas semanas entre Janeiro/Fevereiro, coincidindo com o aniversário de Mozart (27 de Janeiro); um outro, o Österfestspiel [Festival da Páscoa] e ainda o Salzburg Festspiel no Verão. E bem posso gabar-me do sucesso dessa escrita porquanto alguns dos meus leitores acabaram mesmo por ir a Salzburg.

A montante de uma fascinante realidade, que nos remete para um quadro deveras propício de cidade dos festivais, em que as belezas naturais e o património edificado desempenham papel crucial, cumpre lembrar que, de há muitas dezenas de anos a esta parte, Salzburg se apetrechou para acolher uma grande concentração de eventos musicais.

Essencialmente, capitalizou o factor da localização geográfica estratégica. Basta ter em consideração que alguns dos meus amigos, vivendo em Milão ou Stutgart fazem a viagem de ida e volta no mesmo dia, para não referir os de Munique, que estão a dois passos. Estranho, estranho é o que comigo acontece que, para lá chegar e regressar a casa, tenho de fazer um total de quase seis mil quilómetros! Como chego a lá ir três vezes por ano…

Números impressionantes

Então, passarei a apresentar os dados estatísticos mais recentes, referentes ao ano de 2013 e, reparem bem, só no que se refere ao Festival de Verão. Estão preparados? Pois bem, durante os 40 dias da iniciativa, dispondo de 14 auditórios, houve 293 espectáculos, dos quais 38 récitas de 6 grandes produções de ópera, 9 de récitas concertantes de ópera, 94 de concertos sinfónicos, coral-sinfónicos e recitais, 60 de récitas de teatro, 37 de espectáculos para crianças, 1 baile, 35 espectáculos especiais, 19 ensaios gerais abertos ao público.

Quanto aos bilhetes, estiveram 256.285 disponíveis (estão mesmo a ler bem, duzentos e cinquenta e seis mil, duzentos e oitenta e cinco ilhetes!), dos quais 73.834 referentes às óperas, 62.719 às peças de teatro, 119.732 aos concertos. Os espetadores provieram de 73 países dos quais 39 eram não europeus. Vendeu-se 93% dos bilhetes disponíveis sendo de E:28.285.082 (vinte e oito milhões, duzentos e oitenta e cinco mil e oitenta e dois Euros) a receita da bilheteira. Estiveram acreditados 653 jornalistas ao serviço dos media de 35 países.

Quanto às receitas, a distribuição é a seguinte: da venda dos bilhetes, 46%, da Associação dos Amigos e patrocinadores do Festival, 4%, Patrocínios e dádivas, 18%, Financiamento Público, 17%, Fundo de Promoção Turística, 4%, Outras Receitas, 11%. O último estudo datado de 2011, elaborado pelo Zentrum für Zukunftsstudien Fachhochschule Salzburg, entre outras conclusões, demonstra que o efeito deste Festival de Verão no domínio das receitas fiscais equivale ao triplo do montante do investimento das entidades públicas. Finalmente, que o impacto geral do Festival no volume de negócios e na produtividade se cifra em cerca de 276 milhões de euros! E, não esqueçam, em apenas 40 dias de Festival.

Valerá a pena, em Sintra, ter estes dados em consideração? E ainda lembrar os casos de outros famosos festivais como Bayreuth, Verona, Luzern que também já me têm ocupado nas páginas deste jornal? Julgo que, salvaguardadas as questões de escala, se se pretende que Sintra volte a ocupar um lugar de referência nacional, permitindo-se lançar algumas pontes além fronteiras, então estas fontes podem ser preciosas. Voltaremos a este assunto.

[João Cachado escreve de acordo com a antiga ortografia]
 


Efeméride mozartiana
22 de Junho de 1778


[facebook, 22.06.2014]


 Datado de Viena, Mozart dá entrada no seu catálogo manuscrito de um Trio para Piano, Violino e Violoncelo ao qual, mais tarde, depois do trabalho de Köchel terá a referência KV. 542.


Eis o terceiro andamento numa interpretação do London Mozart Trio.

Boa audição!


http://youtu.be/a7z4GdnH8wQ
 
 

Efeméride mozartiana

21 Junho 1783
[facebook, 21.06.2014]
 

Viena: Neste preciso dia Mozart dava entrada no seu catálogo particular da composição da Aria para tenor "Per pietà, non ricercate“ que, posteriormente, adquiriria a referência KV. 420. Como então acont
ecia frequentemente, esta peça seria destinada a inserir-se na ópera de um «colega», neste caso, "Il Curioso indiscreto" de Pasquale Anfossi (1727-1797).

Na data de hoje, esta efeméride tem a particularidade de coincidir com o 70º aniversário do MQI
José Manuel Anes Anes, o mais indefectível prosélito do 'divino' Mozart, como ele gosta de sempre adjectivar, a quem deixo, além do mais caloroso TAF, também esta soberba peça na interpretação paradigmática do saudoso tenor Gösta Winbergh, com a Wiener Kammerorchester sob a direcção de György Fischer.

Boa audição!


http://youtu.be/0_ffeuVu8FA
 


Lucidez pf

Felizmente, não corro o risco de pensar que estaria isolado quando, no primeiro dia do mês, subordinado ao título "Naturalmente, o que faltava", escrevia eu o seguinte:

"(...) Não entenderá que, se assim fosse, na perspectiva de cinco ou seis meses de discussões no interior e na praça pública, vai sujeitar o partido a uma fragmentação perfeitamente demolidora?

Estará numa de hara-k
iri político e, portanto, nada preocupado com o tal ‘reality show’ que está a promover, a exemplo do que aconteceu nestes poucos dias que se seguiram ao desafio de António Costa? A menos que, tão inimaginável quanto perversamente, com tanta falta de discernimento como de sentido de Estado, o homem queira mesmo destruir o Partido Socialista… (...)"

Jorge Sampaio - ainda faltava o compromisso da sua que é opinião abalizada em relação ao disparate que Seguro está a protagonizar para prejuízo do PS - veio à liça pedir rapidez, toda a possível, para que não aconteça o que, afinal, só o actual SG parece não atingir.

A partir de agora, o 28 de Setembro já era...

sexta-feira, 20 de junho de 2014



Costa vs Espírito Santo
Constâncio vs Banco Português de Negócios

 

Têm acompanhado a atitude de Carlos Costa, Governador do Banco de Portugal, em relação ao Banco Espírito Santo? Já pensaram que, enquanto regulador, tivesse sido análogo o comportamento de Victor Constâncio no caso BPN, não estaríamos a passar pelo problema horroroso de pagar o buraco de cerca de sete mil milhões de euros que, incompetente e displicentemente, não soube evitar?


Sintra,
49ª edição do Festival de Sintra,
primeiros passos


Ontem, pelas 19.00 horas, no Casino de Sintra. Numa das salas - mais precisamente a que é afecta à fotografia - o MU.SA acolheu a informal mesa redonda de abertura desta edição de 2014 durante a qual, o Embaixador Seixas da Costa e o Prof. Adriano Jordão, em resposta a desafios colocados por Jorge Rodrigues, discorreram acerca de matérias
conotadas com a programação do Festival.

A linguagem romântica e suas raízes num Volk europeu emergente, no princípio e no fim do século XIX, as circunstâncias da «transferência» da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, particularidades do colonialismo português, seus traços consequentes e subsequentes mais ou menos evidentes na produção musical brasileira, e mais, mais conotações com o programa - sim, porque a conversa é como as cerejas... - em diálogo descontraído, informado e enriquecedor.

Podia ter estado mais gente? Ah, sem dúvida! Quem não pôde, não soube ou, pura e simplesmente, não quis estar presente, perdeu uma evidente oportunidade de partilha culta de uma troca de impressões suscitada pelo início das actividades constantes do programa. Felizmente, agora que começam os eventos, ainda há muita ocasião para desfrutar momentos do maior interesse.

Hoje à noite, por exemplo, no grande concerto sinfónico de abertura, o Maestro Álvaro Cassuto, na direcção da Orquestra Sinfónica Portuguesa, entre outras peças do maior interesse de um programa exclusivamente dedicado a Vianna da Motta, vai apresentar a sua leitura da Sinfonia "À Pátria" que, certamente, vai corresponder à expectativa que está a suscitar.

Façam o favor! Não deixem de aparecer! Lá nos encontraremos.


Prestes, o Verão

Primeiro tempo


A Oratória "As Estações" é o coroamento da carreira de Haydn, assim como um olhar de conjunto sobre a sua obra, Ao mesmo tempo ele pertence totalmente ao século XIX, bem podendo considerar-se a primeira gr
ande obra romântica do século.

'O Verão', na economia desta grande peça da História da Música, é de uma sabedoria extraordinária. Chamaria a atenção para a cavatina de Lukas 'Dem druck erliegt die Natur' que podem aceder muito facilmente nesta gravação de referência que vos proponho, com texto em Alemão e Inglês.

[Gundula Janowitz (Hanne), Peter Schreier (Lukas) Martti Talvela (Simon), Wiener Singverein, Wiener Symphoniker, Kurt Rapf Cembalo, sob a direcção de Karl Böhm]

Boa audição!

http://youtu.be/iQT3vVS0jqY


Segundo tempo


Sem mais palavras que soariam sacrílegas perante a limpidez suprema destes versos, eis Sophia:

Ansiando pelos dias de Verão


Os dias de verão vastos como um reino
Cintilantes de areia e maré lisa
Os quartos apuram seu fresco de penumbra'
Irmão do lírio e da concha é nosso corpo

Tempo é de repouso e festa
O instante é completo como um fruto
Irmão do universo é nosso corpo

O destino torna-se próximo e legível
Enquanto no terraço fitamos o alto enigma familiar dos astros
Que em sua imóvel mobilidade nos conduzem

Como se em tudo aflorasse eternidade

Justa é a forma do nosso corpo

"Os Dias de Verão", de Sophia de Mello Breyner Andresen

 
 
 

Efeméride mozartiana [II]
18 Junho de 1778
Paris: Estreia da Sinfonia em Ré Maior, KV. 297, "Paris" 
[facebook, 18.06.2014]

 
Embora, ao longo da sua vida, o dia 18 de Junho até esteja marcado por outros eventos, além de já ter assinalado a composição do "Ave verum Corpus", hoje ainda vos proponho esta da estreia de uma importante sinfonia de Mozart.

Já instalado em Paris, para onde tinha seguido em 1778, Mozart com sua mãe – que, como é sabido, ali faleceria nessa altura – recebeu uma encomenda de Joseph Le Gros, director dos famosos ‘Concerts Spirituels’, para a escrita de uma sinfonia comemorativa das festas de Corpo de Deus e, de acordo com o figurino parisiense, uma peça para grande orquestra.

A KV. 297, em Ré Maior, é a primeira sinfonia em que Mozart decide incluir clarinetes e, além destes, flautas, fagotes, oboés, trompas, trompetes e um grande conjunto dos vários naipes de cordas. Paris tinha o maior orgulho na sua orquestra e, na realidade, o compositor não se apresentava impreparado já que tinha trabalhado com a grande orquestra de Mannheim, pronto a ser desafiado de acordo com o figurino da capital francesa, ao estilo das obras de Stamitz e Gossec.

Através das cartas entre Wolfgang e o pai Leopold, sabemos da preocupação deste relativamente à capacidade de o filho estar à altura. Mozart demonstraria como conseguia aliar a ‘grandeur’ francesa a um estilo Mozartiano já afirmado. A designada Sinfonia “Paris” é uma peça em três andamentos e, provavelmente a mais grandiosa, com tudo o que está implícito neste conceito, embora, aqui e ali, possamos deparar com algum segmento «supérfluo».

A propósito, não deixa de ser deveras significativo que o compositor estivesse insatisfeito com o andamento lento original, circunstância que o levaria a compor uma segunda versão, bem como a alterar a orquestração nos outros andamentos.
Seja qual for a opinião que, actualmente, possamos formular, a verdade é que, ao tempo, Le Gros ficou tão satisfeito que proclamou aos quatro ventos tratar-se da melhor das sinfonias que, até à data, tinham sido compostas para sua orquestra.
Desta vez, a minha proposta de partilha convosco desta obra vai para uma interpretação da Orquestra Filarmónica de Viena, dirigida por mestre Nikolaus Harnoncourt, fidelíssimo na leitura desta e doutras obras de Amadé.

Boa audição!


http://youtu.be/iYmdIrtWt0U [I] - 1º Andamento

http://youtu.be/0p47F-3MyfI [II] - 2º e 3º Andamento
 


Johann Stamiz
 
 
[facebook, 19.06.2014]

Nascido a 19 de Junho de 1717 (m. 1757) é um compositor checo que não deve confundir-se com os do mesmo apelido, Carl e Anton, seus filhos e também conhecidos compositores.

É imprescindível o seu contributo para a História
da Música europeia e, mais especificamente, para a consolidação da sinfonia clássica - com recurso à estrutura em quatro andamentos - género do qual foi um dos mais recuados e melhores cultores. Ainda a registar que foi sob a sua direcção que a Orquestra de Mannheim viria a adquirir a maior notoriedade.

Comemoremos o seu aniversário ouvindo a Sinfonia em Fá Maior, Op. 4, No. 1, com os seguintes andamentos:

I. Allegro molto
II. Andante
III. Minuetto - Trio
IV. Presto assai

Toca a Northern Chamber Orchestra sob a direcção de Nicolas Ward.

Boa audição!

http://youtu.be/xL03V8Aqdvc
 
 


As noções de excelência e de excepção


[facebook, 18.06.2014]


Permitir-me-ia acrescentar mais uma reflexão a estas do Prof.
Fernando Roboredo Seara . É sobre a questão da excelência. Cada vez mais confirmo como a excelência não é uma ilha. Num país como a Alemanha, o rendimento da sua selecção nacional de futebol é tão excelente como o PIB nacional germânico, como as dezenas de belíssimas orquestras, como a qualidade de vida, em geral, apesar de certas descontinuidades.

Trata-se, pois, de uma exc
elência transversal à generalidade da cultura e das instituições. No entanto, quando me debruço sobre a realidade portuguesa, a excelência deixa de ser - como nos casos alemão, holandês, dinamarquês, sueco, etc, etc - uma situação que se conjuga em termos equiparáveis tanto no mundo do desporto como na vida cultural ou económica.

Em vez de excelência, creio eu, mais bem aplicada seria a noção de excepção. De excepção que, mesmo agigantando-se até à disputa de uma final, o rendimento da selecção portuguesa apenas confirma a regra de uma certa e geral baixa mediania dos gerais e transversais rendimentos lusos.
 

 
 
 
Factos e Protagonistas - A Bola 15junho
 
 
 


Efeméride mozartiana [I]

Mozart,
Corpo de Deus




[facebook, 18.06.2014]




Deixou de ser feriado mas, dentro de dias, celebraremos o Corpo de Deus. Ora bem, precisamente datado de 17-18 de Junho de 1791, portanto, do último Verão do ano em que o compositor viria a falecer, o Ave Verum Corpus, motete, KV 618, de Mozart foi dedicado ao seu amigo Anton Stoll, mestre de coro em Baden e, pela primeira vez, apresentado no seguinte dia 19 de Junho, festa do Corpo de Deus, na igreja paroquial de Baden.

Trat
a-se de uma verdadeira obra-prima, em que a grande mestria da escrita polifónica se alia a uma serena limpidez e singular simplicidade que faz lembrar os grandes mestres da Renascença. A fonte inspiradora directa é a sequência 'In Honorem Sanctissimi Sacramenti', dividindo-se esta curta peça em três secções:

1.‘Ave verum corpus…’ [‘Verdadeiro Corpo, nascido da Virgem Maria e sacrificado na Cruz pelo Homem’; versículos 1 e 2, em Ré Maior];
2. ‘Cujus latus perforatum…’ [‘Do teu ventre trespassado, corre a água e o sangue’; versículo 3 com uma modulação espantosa em Fá Maior, seguida de Ré menor];
3. ‘Esto nobis praegustatum…’ [Sede para nós um exemplo por ocasião da prova da morte’; versículo 4, em Ré Maior].

Terminando numa serenidade confiante, apenas cumpre assinalar a curta conclusão instrumental que nos eleva a uma dimensão espiritual já no campo do divino. Acontece que, perante esta absoluta maravilha, há maestros de bons coros que não se atrevem a dirigi-la... Como compreendo o receio de não corresponder à exigência...

Não há vez alguma que, ouvindo esta obra, não me emocione especialmente, como só me acontece perante as grandes obras primas. Ouçam-no como uma verdadeira graça de Deus, composta pelo 'divino' Mozart.

A gravação que vos proponho foi colhida num concerto ao vivo, em Abril de 1990, na igreja de Waldsassen, em que Leonard bernstein dirige o Coro e Orquestra Sinfónica da Rádio da Baviera.


Boa audição!



http://youtu.be/6KUDs8KJc_