Arvo Pärt,
“Fratres”
Começo pelos intérpretes, Hortus Musicus, um conjunto de música de câmara da Estónia, fundado há precisamente quarenta anos por Andres Mustonen que, na altura, estudava violino no Conservatório de Tallin.
O grupo especializou-se na designada Música Antiga, privilegiando o canto gregoriano, os motetes, música do renascimento, incluindo canções e vilancicos franceses, madrigais italianos, etc. Outra vertente do seu empenho concentra-se no reportório de peças contemporâneas que, em muitas circunstâncias, lhe foram expressamente dedicadas.
Naquele último contexto, se inclui “Fratres”, a peça cuja audição vos proponho. Trata-se de música extremamente ‘simples’, qual sucessão de acordes, alternando com secção de percussão, ao longo da qual vão ocorrendo mudanças que resultam de mínimas mas muito sofisticadas alterações no ritmo e na dinâmica.
Para onde nos leva Pärt? Certamente que para uma plataforma de 'religiosidade' em que, com Hortus Musicus, os próprios instrumentos também propiciam uma significativa vertente de viagem no tempo, muito enriquecedora da verdade da obra que, na sua universalidade, não tem tempo.
Boa audição!
http://youtu.be/dMz_rEr372M
1 comentário:
Maria Teresa Botelho Medeiros, Luis Miguel Correia Lavrador e 2 outras pessoas gostam disto..
Luis Miguel Correia Lavrador
O Papa Bento XVI nomeou-o para o Pontifício Conselho para a Cultura. Um lugar à altura do mais proeminente compositor de música sacra da actualidade.
há 5 horas ·
João De Oliveira Cachado
Entre outras áreas em que muito estimo a sua intervenção e magistério, O Papa Bento XVI - que não toca nada mal algumas das Sonatas para piano de Mozart - até é um melómano esclarecido. Claro que Arvo Pärt não lhe podia escapar.
há 51 minutos ·
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