[sempre de acordo com a antiga ortografia]
domingo, 15 de abril de 2012
Radu Lupu,
imperdível mestre
Ontem, no âmbito do Ciclo de Piano da Gulbenkian, recital de Radu Lupu, cuja presença em Lisboa é sempre imperdível. Como recordarão, já este ano tinha assistido a um seu concerto com a Orquestra Filarmónica de Viena, no dia 1 de Fevereiro, no Grosses Festspielhaus de Salzburg, durante a Mozartwoche, num evento de que vos dei oportuna conta, tanto aqui como no fb.
Radu Lupu continua em forma absolutamente impecável, tendo proposto leituras muito inspiradas tanto dos Improvisos op. 142 como da Sonata para Piano em Lá menor, D. 845, obras de Schubert. Mesmo num auditório onde, frequentemente, a interpretação das peças é perturbada por ruído inqualificável – reparem que não estou a referir-me aos períodos de pausa, de mudança de andamento - não é fácil mas, pelo menos, comigo tal acontece, Radu Lupu consegue conduzir-me à dimensão da esfera que o compositor, certamente, pretendia. Momentos de rara beleza, num respeito comovente pela intencionalidade mais radical e profunda das peças, mas de acordo com as inflexões, pausas, realces mais apropriados aos efeitos pretendidos.
Não tendo encontrado gravações das obras mencionadas, proponho esta outra belíssima interpretação de Radu Lupu da Sonata Nº 18 em Sol Maior, D. 894 de Schubert. Mas, como tantas vezes, tenho aconselhado, comparem outras leituras, por exemplo, com as de Alfred Brendel ou Sviatoslav Richter. Verão como enriquecem e afinam a sofisticação do vosso gosto. Boa audição!
http://youtu.be/Q1cZPsqZlaI
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário