[sempre de acordo com a antiga ortografia]

segunda-feira, 25 de junho de 2012


An den Mond
Goethe/Schubert


Mais um dos famosos poemas de Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832) que Franz Schubert musicou (D296). A vossa atenção para a interpretação do barítono alemão Timothy Sharp, que trabalhou com Hans Hotter, Br...
igitte Fassbaender, Peter Schreier e Dietrich Fischer-Dieskau, portanto, só gigantes junto de quem colheu tudo o que de melhor é possível imaginar no mundo do canto lírico.

Já tenho tido oportunidade de o ouvir em recital e sempre com o maior agrado, por exemplo, no Festival Styriarte onde é habitual colaborador de Harnoncourt, outro grande senhor, que tem um dedo muito especial para descobrir novos talentos.

Quando se canta Lied, a dicção só pode ser como a dele, absolutamente irrepreensível. Um timbre muito 'redondo', voz extensa, à vontade em todos os registos, a evidente capacidade, num tempo muito limitado, de criar um ambiente, e aí temos os ingredientes para o esplêndido momento musical que, espero bem, possam partilhar comigo. Como sempre, o texto, no original Alemão e uma tradução em Inglês.


An den Mond

Füllest [wieder Busch und]1 Tal
Still mit Nebelglanz,
Lösest endlich auch einmal
Meine Seele ganz.

Breitest über mein Gefild
Lindernd deinen Blick,
Wie [des Freundes]2 Auge mild
Über mein Geschick.

[ Jeden Nachklang fühlt mein Herz
Froh und trüber Zeit,
Wandle zwischen Freud und Schmerz
In der Einsamkeit.

Fließe, fließe, lieber Fluß!
Nimmer werd ich froh;
So verrauschte Scherz und Kuß,
Und die Treue so.

Ich besaß es doch einmal,
Was so köstlich ist!
Daß man doch zu seiner Qual
Nimmer es vergißt.

Rausche, Fluß, das Tal entlang,
Ohne Rast und Ruh,
Rausche, flüstre meinem Sang
Melodien zu,]3

[Wenn du in der Winternacht
Wütend überschwillst,
Oder um die Frühlingspracht
Junger Knospen quillst.

Selig, wer sich vor der Welt
Ohne Haß verschließt,
Einen [Freund]5 am Busen hält
Und mit dem genießt,

[Was, von Menschen nicht gewußt
Oder nicht bedacht,]6
Durch das Labyrinth der Brust
Wandelt in der Nacht.
.
[Tradução para Inglês]

You fill bush and valley again
quietly with a splendid mist
and finally set loose
entirely my soul.

You spread over my domain
gently your gaze,
as mildly as a friend's eye
over my fate.

Every echo my heart feels,
of happy and troubled times;
I alternate between joy and pain
in my solitude.

Flow, flow on, dear river!
Never shall I be cheerful,
so faded away have jokes and kisses become -
and faithfulness as well.

I possessed once
something so precious,
that, to my torment,
it can never be forgotten now.

Murmur, river, beside the valley,
without rest and calm;
murmur on, whispering for my song
your melodies,

whenever you, on winter nights,
ragingly flood over,
or, in the splendor of spring,
help swell young buds.]4

Blissful is he who, away from the world,
locks himself without hate,
holding to his heart one friend
and enjoying with him

that which is unknown to most men
or never contemplated,
and which, through the labyrinth of the heart,
wanders in the night



Boa audição!

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