Il Poverello
Que bom poder e estar a viver este bom «alvoroço» - assim o tenho designado - com que nos tem desafiado o Papa Francisco. É ‘Il Povorello’, sim senhor, e já está a surpreender, a incomodar. Nalguns casos, mesmo a escandalizar.
O que ele nos está a dizer é que, de facto, ou estamos dispostos a acompanhá-lo nesta caminhada para uma Igreja pobre e para os pobres ou, então, se não estivermos dispostos a viver o Evangelho, no dia-a-dia, não passamos de uns católicos da treta.
Bem sei que damos a César o que é de César, pagamos os impostos, esperaríamos que não houvesse tanta necessidade de intervenção. Porém, ela é flagrante. ‘Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar’… São velhos sós, famílias jovens, crianças a viverem a cruel realidade da fome, na miséria, na dor.
Graças a Deus, há quem não pare, quem acuda, pouco se ralando com as bem pensantes razões de quem acha que a intervenção de que falo não passa de ‘caridadezinha’. De facto, assim pensando, esses até farão digestões bem mais calmas… Penso, pelo contrário que, nunca como agora, tanto se impôs acudir, no concreto.
Aliás, é também neste contexto, do «meter as mãos na massa», que se insere esta atitude inequívoca, bem legível na carta encíclica “Caritas in Veritate” de Bento XVI.
Actual e infelizmente, em Sintra, por exemplo, na minha paróquia, desde que o querido Padre Custódio Langane saíu, deixei de sentir este apelo. Por isso, fui à sua procura. A poucos quilómetros de distância, já no concelho de Mafra, em Igreja Nova, Cheleiros e Carvalhal, o Custódio está a fazer o tipo de trabalho que me interessa e que se impõe.
Estou com ele e com os irmãos acerca dos quais Jesus nos interpela, através de Mateus, 25,31-46:
“(…) Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me, estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.’
(...) Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos peregrino e te recolhemos, ou nu e te vestimos?
E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te? (…) 'Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes.’ (…)”
Eles estão por todo o lado. Basta estar atento. E actuar de imediato, não esperar pela resposta institucional, porque há necessidades escandalosas. Somos Igreja pobre, para os pobres. 'Il poverello' em acção.
Que bom poder e estar a viver este bom «alvoroço» - assim o tenho designado - com que nos tem desafiado o Papa Francisco. É ‘Il Povorello’, sim senhor, e já está a surpreender, a incomodar. Nalguns casos, mesmo a escandalizar.
O que ele nos está a dizer é que, de facto, ou estamos dispostos a acompanhá-lo nesta caminhada para uma Igreja pobre e para os pobres ou, então, se não estivermos dispostos a viver o Evangelho, no dia-a-dia, não passamos de uns católicos da treta.
Bem sei que damos a César o que é de César, pagamos os impostos, esperaríamos que não houvesse tanta necessidade de intervenção. Porém, ela é flagrante. ‘Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar’… São velhos sós, famílias jovens, crianças a viverem a cruel realidade da fome, na miséria, na dor.
Graças a Deus, há quem não pare, quem acuda, pouco se ralando com as bem pensantes razões de quem acha que a intervenção de que falo não passa de ‘caridadezinha’. De facto, assim pensando, esses até farão digestões bem mais calmas… Penso, pelo contrário que, nunca como agora, tanto se impôs acudir, no concreto.
Aliás, é também neste contexto, do «meter as mãos na massa», que se insere esta atitude inequívoca, bem legível na carta encíclica “Caritas in Veritate” de Bento XVI.
Actual e infelizmente, em Sintra, por exemplo, na minha paróquia, desde que o querido Padre Custódio Langane saíu, deixei de sentir este apelo. Por isso, fui à sua procura. A poucos quilómetros de distância, já no concelho de Mafra, em Igreja Nova, Cheleiros e Carvalhal, o Custódio está a fazer o tipo de trabalho que me interessa e que se impõe.
Estou com ele e com os irmãos acerca dos quais Jesus nos interpela, através de Mateus, 25,31-46:
“(…) Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me, estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.’
(...) Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos peregrino e te recolhemos, ou nu e te vestimos?
E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te? (…) 'Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes.’ (…)”
Eles estão por todo o lado. Basta estar atento. E actuar de imediato, não esperar pela resposta institucional, porque há necessidades escandalosas. Somos Igreja pobre, para os pobres. 'Il poverello' em acção.
Sem comentários:
Enviar um comentário