[sempre de acordo com a antiga ortografia]

terça-feira, 1 de outubro de 2013



Efeméride mozartiana


Ao longo da vida de Amadé, o dia 30 de Setembro aparece recheado de eventos que, subsequentemente, passaram a ser comemorados como efemérides. De qualquer modo, a mais famosa remonta ao seu último ano de vida, 1791, e ao dia em que ele próprio dirigiu a estreia de Die Zauberflöte, KV. 620, no teatro auf der Wieden em Viena.

Permitam que, hoje mesmo, a propósito desta efeméride, também recorde a distinção - concessão da Medalha de Mérito Municipal grau Ouro - de que fui objecto, por parte da Câmara Municipal de Sintra, no dia 28 de Setembro do ano passado, fez anteontem um ano, circunstância durante a qual, no discurso de agradecimento ao Senhor Presidente Prof.
Fernando Seara, introduzi um excerto desta ópera cujo significado, para mim, é absolutamente transcendente.

Depois de ter considerado que, também Sintra, é um Templo Iniciático onde o meu querido e saudoso amigo Prof. Agostinho da Silva me incumbiu da missão que tenho tentado cumprir, fiz ouvir aquele referido excerto a todos os presentes, explicando até que ponto, a tal lugar, só pode aceder quem o merece e que, de acordo com o libreto de Emmanuel Schikaneder:

"(...) é um espaço sagrado, onde não há lugar para a mesquinhez, nem para quaisquer sentimentos baixos, como a vingança ou a traição, antes é lugar do amor, da amizade, um lugar onde quem não rejubilar com estes ensinamentos, não pode reivindicar a condição de ser humano (...)".

Eis esse momento, em interpretação paradigmática de Kurt Möll, numa récita desta ópera no Met de New York, em 1991, com a orquestra da casa sob a direcção de James Levine.

Boa audição!

http://youtu.be/Ffs4KdxkoBM
 

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