Marco Aurélio,
golpes temíveis
[facebook, 08.10.2013]
Neste artigo do Prof. Fernando Seara, quero destacar uma citação de Marco Aurélio que, logo no ponto 1, muito a propósito do contexto, pode alargar-se a todo um programa de vida.
Marco Aurélio é um pensador de quem muito próximo continuo a sentir-me. Muito poucos, em todos os tempos, como ele souberam a dimensão que o «ter» pode atingir, já que teve o mundo a seus pés. A tempo, em tempo, soube despojar-se, reduzindo-se ao essencial, à dimensão do «ser», como só os sábios podem e conseguem fazer.
Marco Aurélio é um pensador de quem muito próximo continuo a sentir-me. Muito poucos, em todos os tempos, como ele souberam a dimensão que o «ter» pode atingir, já que teve o mundo a seus pés. A tempo, em tempo, soube despojar-se, reduzindo-se ao essencial, à dimensão do «ser», como só os sábios podem e conseguem fazer.
De aparar os golpes, ele fala, conjugando a Arte de Viver, mais com a arte da luta, na medida em que é necessário estar pronto, sem hesitações, para aparar os golpes mais directos e inesperados. Nestes, mais directos e inesperados, quero eu entender os golpes mais temíveis, ou seja, os designados cantos de sereia que, numa perspectiva helénica, nos lembram a inevitabilidade da inebriação, a hybris que se deixa dominar pela vil matéria, que tolda o discernimento e leva o sujeito a confundir a verdadeira e grande ambição, a do desejável progresso para «ser», caindo no oposto mas tão sedutor pântano da feira das vaidades.
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