[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quarta-feira, 5 de março de 2014




5 de Março de 1788
Mozart, sempre a compor



Ainda se lembram da efeméride mozartiana de ontem, data em que compôs a última Ária para a cunhada - e primeiro grande amor da sua vida - Aloysia Weber Lange? Pois, imediatamente, no dia seguinte,
entre uma série de peças que tinha entre mãos, Mozart escreve outra ária Ich möchte wohl der Kaiser sein cuja tradução livre poderia ser Ah como eu gostava de ser o Imperador!...


A esta peça, que viria a ser catalogada por Köchel com a referência KV. 539, Mozart refere-se no seu registo pessoal como "(...) uma canção em Alemão para Friedrich Baumann Jr, actor do Leopoldstadt Theater, em Lá. (...) Companhamento. 2 violinos, 2 oboés, 2 trompas, 1 piccolo, Piatti, Tamburo grande, viola e baixo." E, de facto, o dito cantor mal teve tempo de ensaiar já que a estreia se deu logo de seguida, em 7 de Março, no referido teatro.

A obra tem texto de de Wilhelm L. Gleim. Na gravação que vos proponho, a interpretação, estupenda, é do grande barítono Walter Berry. Toca a Mozarteum-Orchester Salzburg sob a direcção de Leopold Hager. Foi o melhor que consegui encontrar...

Como sabem, dispenso perfeitamente quaisquer imagens e privilegio este tipo de propostas em que, aliada à inequívoca qualidade da prestação do intérprete, é possível acompanhar a leitura da partitura. Aqueles que gostarem mais de «bonecos», já sabem, devem procurar outras fontes de partilha. Por exemplo, neste caso, até podem aceder à banda sonora do filme Amadeus. Para chegar a este morceau, procurem as cenas correspondentes à Entführung aus dem Serail. Vejam lá como, apesar de não preferir, até sou prestável...

Boa audição!


 
 
 

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