Ortografia no prostíbulo
No artigo que o Expresso publica na edição do passado sábado, recorrendo a uma série de pertinentes argumentos, Daniel Oliveira insurge-se contra a iminente entrada da Guiné Equatorial na CPLP, organização que, de acordo com o título da peça, é O prostíbulo do mundo onde o Estado português vem assumindo uma evidente posição de proxeneta.
É forte? Ah pois é, mesmo muito forte. Mas, de facto, como classificar a atitude do Governo de Portugal que se prontifica a admitir aquele país africano no seio da organização, branqueando as mais inaceitáveis práticas de um regime execrável, na mira de uns favores em negócios como o do Banif?
Finalmente, pergunto eu, uma vez entrada na CPLP, que ortografia será exigida à comunicação escrita da Guiné Equatorial? Rui Machete, MNE português e padrinho da adesão, também terá negociado este detalhe no sentido de que, pelo menos, o dilecto afilhado passe a acompanhar o até agora solitário Portugal na utilização do novo acordo ortográfico que, não deixemos de lembrar, nenhum dos países integrantes da organização adoptou?
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