Gustav Mahler
(7/7/1860-18/5/1911)
Memórias de Luzern e de Alma
Passou ontem a efeméride da morte de Mahler. Assinalando a data, gostaria de vos propor a sua “Sinfonia No. 6 em Lá menor” que, manifestamente, em consequência da impreparação do público que frequenta as salas de concerto, é considerada a menos popular de todas as do compositor. Como ‘Trágica’ cognominaram esta que, na opinião de Alban Berg, é a «única» Sexta, mesmo incluindo a ‘Pastoral’…
Trata-se de gravação colhida no Festival de Luzern, em leitura de Claudio Abbado, que dirigiu algum do melhor Mahler a que assisti. Luzern, uma das mais belas cidades europeias, acolhe um estupendo Festival que tem deixado marcas especialmente significativas na minha vida de melómano. Marcas da melhor música, marcas de pessoas.
Hoje, pouco mais de um mês depois do primeiro ciclo de conferências do Colóquio Nacional sobre Raul Lino em Sintra, lembro alguém cuja memória tenho muito presente, filha do grande arquitecto, a Sra. D. Isolda Lino Norton de Matos, que fazia parte do "grupo do festival de Luzern" em que me integrava. Que personalidade vincada, que preparação cultural, que privilégio a sua especial companhia!...
A vossa particular atenção para o primeiro andamento da Sinfonia em referência em que Mahler faz um retrato de sua mulher Alma. Eis o detalhe da obra:
I. Allegro energico, ma non troppo. Heftig, aber markig. 0:07; II. Andante moderato 24:10; III. Scherzo: Wuchtig 39:13; IV. Finale: Sostenuto - Allegro moderato - Allegro energico 52:18.
Alma foi mulher de outros homens, tão extraordinários como Gustav, tais como Gropius, Franz Werfel, Kokoschka, que a pintou inúmeras vezes, íntima de Arnold Schoenberg, de Gerhart Hauptmann, Enrico Caruso e de Alban Berg cuja ópera “Wozzeck” lhe foi dedicada. Trata-se de personagem absolutamente fascinante que vale a pena conhecer o melhor possível. Documentação não falta.
Boa audição!
http://youtu.be/Lqqk0cfaA8Y
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(7/7/1860-18/5/1911)
Memórias de Luzern e de Alma
Passou ontem a efeméride da morte de Mahler. Assinalando a data, gostaria de vos propor a sua “Sinfonia No. 6 em Lá menor” que, manifestamente, em consequência da impreparação do público que frequenta as salas de concerto, é considerada a menos popular de todas as do compositor. Como ‘Trágica’ cognominaram esta que, na opinião de Alban Berg, é a «única» Sexta, mesmo incluindo a ‘Pastoral’…
Trata-se de gravação colhida no Festival de Luzern, em leitura de Claudio Abbado, que dirigiu algum do melhor Mahler a que assisti. Luzern, uma das mais belas cidades europeias, acolhe um estupendo Festival que tem deixado marcas especialmente significativas na minha vida de melómano. Marcas da melhor música, marcas de pessoas.
Hoje, pouco mais de um mês depois do primeiro ciclo de conferências do Colóquio Nacional sobre Raul Lino em Sintra, lembro alguém cuja memória tenho muito presente, filha do grande arquitecto, a Sra. D. Isolda Lino Norton de Matos, que fazia parte do "grupo do festival de Luzern" em que me integrava. Que personalidade vincada, que preparação cultural, que privilégio a sua especial companhia!...
A vossa particular atenção para o primeiro andamento da Sinfonia em referência em que Mahler faz um retrato de sua mulher Alma. Eis o detalhe da obra:
I. Allegro energico, ma non troppo. Heftig, aber markig. 0:07; II. Andante moderato 24:10; III. Scherzo: Wuchtig 39:13; IV. Finale: Sostenuto - Allegro moderato - Allegro energico 52:18.
Alma foi mulher de outros homens, tão extraordinários como Gustav, tais como Gropius, Franz Werfel, Kokoschka, que a pintou inúmeras vezes, íntima de Arnold Schoenberg, de Gerhart Hauptmann, Enrico Caruso e de Alban Berg cuja ópera “Wozzeck” lhe foi dedicada. Trata-se de personagem absolutamente fascinante que vale a pena conhecer o melhor possível. Documentação não falta.
Boa audição!
http://youtu.be/Lqqk0cfaA8Y
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