As noções de excelência e de excepção
[facebook, 18.06.2014]
Permitir-me-ia acrescentar mais uma reflexão a estas do Prof. Fernando Roboredo Seara . É sobre a questão da excelência. Cada vez mais confirmo como a excelência não é uma ilha. Num país como a Alemanha, o rendimento da sua selecção nacional de futebol é tão excelente como o PIB nacional germânico, como as dezenas de belíssimas orquestras, como a qualidade de vida, em geral, apesar de certas descontinuidades.
Trata-se, pois, de uma excelência transversal à generalidade da cultura e das instituições. No entanto, quando me debruço sobre a realidade portuguesa, a excelência deixa de ser - como nos casos alemão, holandês, dinamarquês, sueco, etc, etc - uma situação que se conjuga em termos equiparáveis tanto no mundo do desporto como na vida cultural ou económica.
Em vez de excelência, creio eu, mais bem aplicada seria a noção de excepção. De excepção que, mesmo agigantando-se até à disputa de uma final, o rendimento da selecção portuguesa apenas confirma a regra de uma certa e geral baixa mediania dos gerais e transversais rendimentos lusos.
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