Efeméride mozartiana [II]
18 Junho de 1778
Paris: Estreia da Sinfonia em Ré Maior, KV. 297, "Paris"
Paris: Estreia da Sinfonia em Ré Maior, KV. 297, "Paris"
[facebook, 18.06.2014]
Embora, ao longo da sua vida, o dia 18 de Junho até esteja marcado por outros eventos, além de já ter assinalado a composição do "Ave verum Corpus", hoje ainda vos proponho esta da estreia de uma importante sinfonia de Mozart.
Já instalado em Paris, para onde tinha seguido em 1778, Mozart com sua mãe – que, como é sabido, ali faleceria nessa altura – recebeu uma encomenda de Joseph Le Gros, director dos famosos ‘Concerts Spirituels’, para a escrita de uma sinfonia comemorativa das festas de Corpo de Deus e, de acordo com o figurino parisiense, uma peça para grande orquestra.
A KV. 297, em Ré Maior, é a primeira sinfonia em que Mozart decide incluir clarinetes e, além destes, flautas, fagotes, oboés, trompas, trompetes e um grande conjunto dos vários naipes de cordas. Paris tinha o maior orgulho na sua orquestra e, na realidade, o compositor não se apresentava impreparado já que tinha trabalhado com a grande orquestra de Mannheim, pronto a ser desafiado de acordo com o figurino da capital francesa, ao estilo das obras de Stamitz e Gossec.
Através das cartas entre Wolfgang e o pai Leopold, sabemos da preocupação deste relativamente à capacidade de o filho estar à altura. Mozart demonstraria como conseguia aliar a ‘grandeur’ francesa a um estilo Mozartiano já afirmado. A designada Sinfonia “Paris” é uma peça em três andamentos e, provavelmente a mais grandiosa, com tudo o que está implícito neste conceito, embora, aqui e ali, possamos deparar com algum segmento «supérfluo».
A propósito, não deixa de ser deveras significativo que o compositor estivesse insatisfeito com o andamento lento original, circunstância que o levaria a compor uma segunda versão, bem como a alterar a orquestração nos outros andamentos.
Seja qual for a opinião que, actualmente, possamos formular, a verdade é que, ao tempo, Le Gros ficou tão satisfeito que proclamou aos quatro ventos tratar-se da melhor das sinfonias que, até à data, tinham sido compostas para sua orquestra.
Desta vez, a minha proposta de partilha convosco desta obra vai para uma interpretação da Orquestra Filarmónica de Viena, dirigida por mestre Nikolaus Harnoncourt, fidelíssimo na leitura desta e doutras obras de Amadé.
Boa audição!
http://youtu.be/iYmdIrtWt0U [I] - 1º Andamento
http://youtu.be/0p47F-3MyfI [II] - 2º e 3º Andamento
Já instalado em Paris, para onde tinha seguido em 1778, Mozart com sua mãe – que, como é sabido, ali faleceria nessa altura – recebeu uma encomenda de Joseph Le Gros, director dos famosos ‘Concerts Spirituels’, para a escrita de uma sinfonia comemorativa das festas de Corpo de Deus e, de acordo com o figurino parisiense, uma peça para grande orquestra.
A KV. 297, em Ré Maior, é a primeira sinfonia em que Mozart decide incluir clarinetes e, além destes, flautas, fagotes, oboés, trompas, trompetes e um grande conjunto dos vários naipes de cordas. Paris tinha o maior orgulho na sua orquestra e, na realidade, o compositor não se apresentava impreparado já que tinha trabalhado com a grande orquestra de Mannheim, pronto a ser desafiado de acordo com o figurino da capital francesa, ao estilo das obras de Stamitz e Gossec.
Através das cartas entre Wolfgang e o pai Leopold, sabemos da preocupação deste relativamente à capacidade de o filho estar à altura. Mozart demonstraria como conseguia aliar a ‘grandeur’ francesa a um estilo Mozartiano já afirmado. A designada Sinfonia “Paris” é uma peça em três andamentos e, provavelmente a mais grandiosa, com tudo o que está implícito neste conceito, embora, aqui e ali, possamos deparar com algum segmento «supérfluo».
A propósito, não deixa de ser deveras significativo que o compositor estivesse insatisfeito com o andamento lento original, circunstância que o levaria a compor uma segunda versão, bem como a alterar a orquestração nos outros andamentos.
Seja qual for a opinião que, actualmente, possamos formular, a verdade é que, ao tempo, Le Gros ficou tão satisfeito que proclamou aos quatro ventos tratar-se da melhor das sinfonias que, até à data, tinham sido compostas para sua orquestra.
Desta vez, a minha proposta de partilha convosco desta obra vai para uma interpretação da Orquestra Filarmónica de Viena, dirigida por mestre Nikolaus Harnoncourt, fidelíssimo na leitura desta e doutras obras de Amadé.
Boa audição!
http://youtu.be/iYmdIrtWt0U [I] - 1º Andamento
http://youtu.be/0p47F-3MyfI [II] - 2º e 3º Andamento
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