Um deslumbramento!
[facebook, 25.07.2015]
No passado dia 26 de junho, como tive oportunidade de assinalar com algum destaque, a Parques de Sintra e o Divino Sospiro – Centro de Estudos Musicais Setecentistas de Portugal (DS-CEMSP) apresentaram, em estreia mundial moderna, “L’Isola Disabitata” - Serenata per musica”, do compositor David Perez, com libreto de Pietro Metastásio, no Palácio Nacional de Queluz.
A Serenata, em versão de concerto, foi interpretada pela orquestra Divino Sospiro, com direção musical de Massimo Mazzeo, contando com as vozes dos sopranos Joana Seara, Francesca Aspromonte e Francesco Divito - não, não é erro, Divito é soprano - e com o tenor Bruno Almeida.
Só posso partilhar convosco a impressão de que as fotos do 'album' apenas podem propiciar uma pálida ideia do grande acontecimento musical a que se reportam. Desde já confirmo que se tratou mesmo de um grande acontecimento musical!
Não exagero se vos disser que, neste primeiro semestre de 2015, de todos os eventos musicais a que já assisti - e, como sabem, não foram poucos e, graças a Deus, tanto em Portugal como lá por fora, de excelente qualidade - esta estreia mundial moderna de "L'Isola Disabitata" constituiu a maior surpresa a que me foi dado assistir.
Sei do trabalho de investigação musicológica que está a montante desta apresentação, uma tarefa de longos sete meses, envolvendo o empenho que nunca será demais destacar de Iskrena Yordanova a quem se deve a responsabilidade da edição crítica desta partitura. Conheço o entusiasmo de Massimo Mazzeo e dos seus queridos amigos e colegas de Divino Sospiro. Só posso dar os meus parabéns mais sinceros e cúmplices, de melómano inveterado que adora ser apanhado pela Festa da Música, como aconteceu faz amanhã um mês.
Embora não seja o momento para me pronunciar detalhadamente acerca da interpretação da peça que, em termos gerais, nos vários aspectos em presença, foi de grande qualidade, muito sinceramente, não poderia deixar de destacar o caso de uma das vozes.
Francesca Aspromonte, que já se apresentou em locais como a Opéra Royal de Versailles, a Opéra de Vichy, o Auditorium Parco della Musica, em Roma, o Bozar de Bruxelles, a Opéra National de Montpellier, e que apareceu em festivais de renome como Ambronay Festival, Aix-en-Provence Festival ou Musikfest Bremen, interpretou magistralmente a 'Silvia', personagem a quem emprestou atributos que jamais esquecerei.
Embora se tratasse de versão concertante, não deixou de sobressair a sua manifesta capacidade histriónica, plena de juventude, fascínio, graça à flor de uma polivalência que lhe adivinho num palco, lugar geométrico da sua inata propensão para o teatro lírico. Um caso sério, é o que vos digo, esta Aspromonte, cuja excelente técnica tem adquirido em escolas de tanta nomeada como a do Mozarteum de Salzburg.
Estive à espera das fotos para poder escrever estas palavras. E, se nesta espera me mantive durante quase um mês, pois continuarei esperando novas récitas de "L'Isola Disabitata". Não me consigo resignar à ideia de que, apesar de tão grande êxito - que as imagens, repito, dão uma vaga ideia - não voltarei a assistir brevemente a mais récitas da peça.
Estou certo de que a Parques de Sintra, por um lado, o Centro de Estudos de Estudos Musicais Setecentistas de Portugal, por outro, não perderão oportunidades no sentido de facultarem todas as subsequentes atitudes de divulgação e de promoção nacional e internacional que a obra ressuscitada merece.
Para já, os mais sinceros parabéns!
[facebook, 25.07.2015]
No passado dia 26 de junho, como tive oportunidade de assinalar com algum destaque, a Parques de Sintra e o Divino Sospiro – Centro de Estudos Musicais Setecentistas de Portugal (DS-CEMSP) apresentaram, em estreia mundial moderna, “L’Isola Disabitata” - Serenata per musica”, do compositor David Perez, com libreto de Pietro Metastásio, no Palácio Nacional de Queluz.
A Serenata, em versão de concerto, foi interpretada pela orquestra Divino Sospiro, com direção musical de Massimo Mazzeo, contando com as vozes dos sopranos Joana Seara, Francesca Aspromonte e Francesco Divito - não, não é erro, Divito é soprano - e com o tenor Bruno Almeida.
Só posso partilhar convosco a impressão de que as fotos do 'album' apenas podem propiciar uma pálida ideia do grande acontecimento musical a que se reportam. Desde já confirmo que se tratou mesmo de um grande acontecimento musical!
Não exagero se vos disser que, neste primeiro semestre de 2015, de todos os eventos musicais a que já assisti - e, como sabem, não foram poucos e, graças a Deus, tanto em Portugal como lá por fora, de excelente qualidade - esta estreia mundial moderna de "L'Isola Disabitata" constituiu a maior surpresa a que me foi dado assistir.
Sei do trabalho de investigação musicológica que está a montante desta apresentação, uma tarefa de longos sete meses, envolvendo o empenho que nunca será demais destacar de Iskrena Yordanova a quem se deve a responsabilidade da edição crítica desta partitura. Conheço o entusiasmo de Massimo Mazzeo e dos seus queridos amigos e colegas de Divino Sospiro. Só posso dar os meus parabéns mais sinceros e cúmplices, de melómano inveterado que adora ser apanhado pela Festa da Música, como aconteceu faz amanhã um mês.
Embora não seja o momento para me pronunciar detalhadamente acerca da interpretação da peça que, em termos gerais, nos vários aspectos em presença, foi de grande qualidade, muito sinceramente, não poderia deixar de destacar o caso de uma das vozes.
Francesca Aspromonte, que já se apresentou em locais como a Opéra Royal de Versailles, a Opéra de Vichy, o Auditorium Parco della Musica, em Roma, o Bozar de Bruxelles, a Opéra National de Montpellier, e que apareceu em festivais de renome como Ambronay Festival, Aix-en-Provence Festival ou Musikfest Bremen, interpretou magistralmente a 'Silvia', personagem a quem emprestou atributos que jamais esquecerei.
Embora se tratasse de versão concertante, não deixou de sobressair a sua manifesta capacidade histriónica, plena de juventude, fascínio, graça à flor de uma polivalência que lhe adivinho num palco, lugar geométrico da sua inata propensão para o teatro lírico. Um caso sério, é o que vos digo, esta Aspromonte, cuja excelente técnica tem adquirido em escolas de tanta nomeada como a do Mozarteum de Salzburg.
Estive à espera das fotos para poder escrever estas palavras. E, se nesta espera me mantive durante quase um mês, pois continuarei esperando novas récitas de "L'Isola Disabitata". Não me consigo resignar à ideia de que, apesar de tão grande êxito - que as imagens, repito, dão uma vaga ideia - não voltarei a assistir brevemente a mais récitas da peça.
Estou certo de que a Parques de Sintra, por um lado, o Centro de Estudos de Estudos Musicais Setecentistas de Portugal, por outro, não perderão oportunidades no sentido de facultarem todas as subsequentes atitudes de divulgação e de promoção nacional e internacional que a obra ressuscitada merece.
Para já, os mais sinceros parabéns!
Divino Sospiro adicionou 42 fotos novas.
no entretanto não queremos deixar os nossos amigos sem um pouco de deslumbre relativo ao recente passado...
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