[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sábado, 29 de agosto de 2015




Que oportuna esta foto!



Através desta foto, o nosso amigo Pedro Macieira pôde lembrar-nos o tempo em que o Hotel Netto tinha préstimo total. Contudo, precisamente no estado de ruinosa degradação em que actualmente se encontra, a verdade é que o Netto não deixa de continuar sendo uma peça fulcral.

Fulcral e eminentemente didáctica, indispensável, considerarei mesmo, a quem pretenda ensinar e demonstrar o que, jamais, em tempo algum, qualquer comunidade deve autorizar que suceda, durante sucessivas décadas de incapacidade, de incompetência, de negação das virtudes da gestão da coisa pública.

Como é protótipo de tudo isto - e, aliás, de muito mais que tenho pudor em escrever e partilhar - aqui fica uma sugestão para destino exemplar do Netto. Pois, então, pura e simplesmente, que nada se faça. Que se mantenha tal como está, arvorando-o, isso sim, à condição de visitável símbolo da inoperância. Ainda por cima sai baratíssimo e, enquanto museu vivo, constituiria mesmo fonte de rendimento municipal.

Finalmente, no contexto deste mesmo espírito de 'sui generis' intervenção, permitir-me-ia sugerir, como única despesa a considerar, a contratação de um guarda e guia, que além das funções inerentes a um cargo que tal, acumularia a especial incumbência de chamar a atenção dos visitantes para a fachada do Central.

Nesse momento do percurso da visita assumiria a solene postura de funcionário ao serviço de uma entidade abrangida por um regime de território classificado, referindo que àquela superfície azulejar foi aposto o abusivo dispositivo de esplanada que, em qualquer civilizada praça europeia, com idênticas características de enquadramento patrimonial tão sofisticado, seria liminarmente reprovado e proibido.

Ah, Pedo Macieira, vê lá tu o jeitão que me deu esta foto que, tão oportunamente, foste buscar ao baú onde esta e outras guardas para connosco partilhares, de vez em quando e tão generosamente. Bem hajas!
 
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