Passos e os lesados do BES
Ontem, no contexto de uma pergunta formulada durante o debate com António Costa, Passos Coelho respondeu aos lesados do BES, através de um impícito discurso:
- Tanto eu próprio como a Senhora Ministra de Estado e das Finanças e o Senhor Presidente da República, bem como o Senhor Governador do Banco de Portugal, todos nós, afinal, afirmámos que o BES era sólido e que os investidores ali podiam fazer as suas aplicações.
Isto é inegável. Infelizmente, também é inegável que, apenas passados uns dias, as coisas não correram bem, não correram como nós vos demos a entender e vocês acabaram por perder tudo, ou seja, não só o que investiram mas também o que esperavam ganhar.
Acreditando no que dizíamos publicamente, vocês foram nduzidos à compra do designado papel comercial, investindo as poupanças das vossas vidas. Mas, agora, nada podemos fazer. Vocês compreendem, na altura em que falámos, era preciso dar confiança aos mercados e vocês foram apanhados nessa estratégia.
Tenham paciência e acreditem que, entretanto, mesmo sem vos dar qualquer esperança, ainda vou fazer tudo para que os reguladores se entendam. Mas, como já sei que isso é impossível, o melhor é recorrer aos tribunais para tentar recuperar algum dinheiro.
Vocês sabem que a Justiça é muito demorada. Juízes, magistrados do Ministério Público, os vossos advogados, todos vão passar uns bons anos a estudar e a julgar um caso que, para vós, é de vida ou de morte. Preparem-se porque, durante tanto tempo, muitos de vós morrerão. Esta é que é a verdade. Não posso ser mais sincero. De qualquer modo, só vos resta essa solução. Olhem, é a vida...
Como sabem, as eleições estão à porta. Gostaria de vos pedir que não fizessem muito barulho. É que compromete a campanha. E, como esta noite já viram, o meu adversário está a marcar pontos. Vejam lá se não lhe dão mais trunfos...
Acreditando no que dizíamos publicamente, vocês foram nduzidos à compra do designado papel comercial, investindo as poupanças das vossas vidas. Mas, agora, nada podemos fazer. Vocês compreendem, na altura em que falámos, era preciso dar confiança aos mercados e vocês foram apanhados nessa estratégia.
Tenham paciência e acreditem que, entretanto, mesmo sem vos dar qualquer esperança, ainda vou fazer tudo para que os reguladores se entendam. Mas, como já sei que isso é impossível, o melhor é recorrer aos tribunais para tentar recuperar algum dinheiro.
Vocês sabem que a Justiça é muito demorada. Juízes, magistrados do Ministério Público, os vossos advogados, todos vão passar uns bons anos a estudar e a julgar um caso que, para vós, é de vida ou de morte. Preparem-se porque, durante tanto tempo, muitos de vós morrerão. Esta é que é a verdade. Não posso ser mais sincero. De qualquer modo, só vos resta essa solução. Olhem, é a vida...
Como sabem, as eleições estão à porta. Gostaria de vos pedir que não fizessem muito barulho. É que compromete a campanha. E, como esta noite já viram, o meu adversário está a marcar pontos. Vejam lá se não lhe dão mais trunfos...
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