22 de Novembro de 1890
Nascimento de Charles De Gaulle (m.1970)
[publicado no facebook em 22.11.2015]
Foi Presidente da República Francesa durante dez anos, entre 1959 e 1969. Neste momento, embora algo me custe, não cedo à imensa tentação de escrever o que poderia acerca do modo como este homem tanto me impressionou, em todos os registos possíveis, desde a imensa admiração até à mais profunda contestação.
Em especial, os meus contemporâneos, nascidos ainda na década de quarenta do século passado, compreenderão a dificuldade de contenção quando, como é o caso, apenas é necessário fazer uma referência brevíssima, na passagem do seu centésimo vigésimo quinto aniversário.
Para nós, que vivemos a infância, adolescência e juventude, tendo o Francês como segunda língua, tantas vezes falada correntemente nas nossas casas, que 'tínhamos a cabeça em França' e, particularmente, em Paris, cidade quase mítica de onde tudo nos chegava – jornais, revistas, livros proibidos, cigarros, bem como, sempre que lá íamos, cinema, teatro e música - bem podemos afirmar que De Gaulle foi uma figura tutelar.
Porém, 'soixante-huitards' que somos, nas nossas mentes, reservámos a De Gaulle o lugar em que, nele, pontifica o paradigma do poder que, por natureza, é contestável e, efectivamente, contestado por todas as gerações. Pois é neste contexto que, literalmente, dou a palavra a Charles De Gaulle.
Para todos os que vivemos o Maio de 68, eram os discursos mais esperados do poder. Mesmo afirmando o que afirma, numa dificílima hora da sua longa vida de serviço ao Estado francês, ainda era o grande estadista que se afirmava, a extraordinária pessoa a quem a França, a Europa e o Mundo tanto devem.
De qualquer modo, um Presidente, em perda. Em perda mas «com a grandeza»! Dois discursos, com uma semana de diferença, 24 de Maio [I] e 30 de Maio de 1968 [II], num total de 10 minutos de histórica documentação.
https://youtu.be/dIZ6cpQzjoM [i]
https://youtu.be/mfSN462bKMc [ii]
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Nascimento de Charles De Gaulle (m.1970)
[publicado no facebook em 22.11.2015]
Foi Presidente da República Francesa durante dez anos, entre 1959 e 1969. Neste momento, embora algo me custe, não cedo à imensa tentação de escrever o que poderia acerca do modo como este homem tanto me impressionou, em todos os registos possíveis, desde a imensa admiração até à mais profunda contestação.
Em especial, os meus contemporâneos, nascidos ainda na década de quarenta do século passado, compreenderão a dificuldade de contenção quando, como é o caso, apenas é necessário fazer uma referência brevíssima, na passagem do seu centésimo vigésimo quinto aniversário.
Para nós, que vivemos a infância, adolescência e juventude, tendo o Francês como segunda língua, tantas vezes falada correntemente nas nossas casas, que 'tínhamos a cabeça em França' e, particularmente, em Paris, cidade quase mítica de onde tudo nos chegava – jornais, revistas, livros proibidos, cigarros, bem como, sempre que lá íamos, cinema, teatro e música - bem podemos afirmar que De Gaulle foi uma figura tutelar.
Porém, 'soixante-huitards' que somos, nas nossas mentes, reservámos a De Gaulle o lugar em que, nele, pontifica o paradigma do poder que, por natureza, é contestável e, efectivamente, contestado por todas as gerações. Pois é neste contexto que, literalmente, dou a palavra a Charles De Gaulle.
Para todos os que vivemos o Maio de 68, eram os discursos mais esperados do poder. Mesmo afirmando o que afirma, numa dificílima hora da sua longa vida de serviço ao Estado francês, ainda era o grande estadista que se afirmava, a extraordinária pessoa a quem a França, a Europa e o Mundo tanto devem.
De qualquer modo, um Presidente, em perda. Em perda mas «com a grandeza»! Dois discursos, com uma semana de diferença, 24 de Maio [I] e 30 de Maio de 1968 [II], num total de 10 minutos de histórica documentação.
https://youtu.be/dIZ6cpQzjoM [i]
https://youtu.be/mfSN462bKMc [ii]
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