[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sexta-feira, 27 de novembro de 2015




Boa esperança
 
 
Neste dia, em que tanta esperança depositada está num governo que tomou posse há poucas horas, penso na Pátria, continuo a preocupar-me com o destino da Pátria, renovo a conjugação do amor à Pátria.
 
Agora, a esperança, a boa esperança na melhoria das condições de vida de tantos cidadãos desta nossa Pátria que, desmesurada e tão escusadamente, nestes últimos quatro anos, suportaram as péssimas decisões de um governo que, com tanta falta de critério, ultrapassou a...s mais violentas imposições da troika de credores.
 
Nestes momentos em que tão incontida indignação concede espaço à mais consoladora e renovada esperança, é na Música que procuro a Pátria, plasmada em sinais que me vão chegando, de excertos de memória da Sinfonia 'À Pátria', de Vianna da Motta, da 'Suite Alentejana' de Luís de Freitas Branco, de 'Canções Heróicas' de Lopes Graça, de recolhas de Michel Giacometti.

Porém, agigantando-se, eis que se impõe a Sexta Sinfonia de Joly Braga Santos, com poema de Camões, aquele fabuloso final - Irme, quiero, madre,/ a aquella galera,/con el marinero/ a ser marinera - magistralmente cantado pela Ana Ester Neves. Orquestra Sinfónica Portuguesa, Coro do Teatro Nacional de São Carlos, direcção de Álvaro Cassuto.

Não poderia deixar de «estar com» Piedade Braga Santos, a quem o pai dedicou esta obra. Com a comovida recordação do Joly que, para mim, está colado à Pátria, para a PBS vai esta tão boa memória.


Boa Audição!
 
 
 
 
 
excerpt from Symphony No6 (Final) Ana Ester Neves, soprano poem by Luis de Camões photo: Tejo, Lisboa (by Miguel Carvalhinho Seco, in olhares.pt)
youtube.com
 

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