Caso António Lamas
[publicado no facebook em 01.03.2016]
[Este é o texto que, aqui publicado no passado dia 27 de Fevereiro, passo a reproduzir porque, pura e simplesmente, desapareceu do meu mural. Alguma vez seria a primeira já que tal jamais me acontecera. Desde já, peço desculpa a quem fez pertinentes comentários.
Entretanto, houve evolução e o caso rematou mesmo com a demissão do meu amigo António Lamas. Estou perplexo e, sinceramente, muito triste por ter ocorrido tão lamentável episódio.
...
Atento a outros sinais, infelizmente, algo preocupantes, parece que terei de concluir que, para o meu gosto, já há desassossego a mais, não só na Ajuda mas também no «Terreiro do Paço»...].
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Quem explica?
Até hoje, ainda não tinha tido tão flagrante oportunidade, para tanto e frontalmente, discordar de uma decisão do actual Governo que, subsequentemente, deu origem a uma lamentável atitude e não menos contundente decisão de João Soares, tanto mais protagonizadas por um homem da minha geração e ideais, que me habituei a estimar há dezenas de anos.
Até parece que não havia problemas tremendos por resolver no domínio da Cultura para que o Ministro da pasta, em relação à Unidade de Missão do eixo Belém-Ajuda, se tivesse deixado enredar numa tremenda teia, em que se cruzam interesses e questões duplamente dependentes, por um lado, da esfera do executivo central e, por outro, do poder autárquico.
Apanhado no olho do furacão entretanto gerado, o meu querido amigo Prof. António Lamas é a perfeita vítima. A braços com um projecto tão estimulante como desafiante e difícil, apesar de ser a pessoa certa no lugar certo, com uma carreira que não pode ser mais prestigiante de serviços à República, parece estar prestes a sofrer uma desconsideração perfeitamente escusada e imerecida.
Naturalmente a propósito, não poderia deixar de recordar que, em Sintra, bem pudemos aquilatar das suas superiores qualidades de gestor de bens culturais da mais alta sofisticação, como Presidente do Conselho de Administração da Parques de Sintra Monte da Lua, funções que prestigiou de modo especial, contribuindo no sentido de que a empresa se tivesse tornado num referente nacional e internacional.
Se bem que esteja muito comprometida, nada me daria maior satisfação do que ter a notícia de que a situação se resolvera a contento do interesse público que, neste caso, passaria pela manutenção de António Lamas no lugar que tem vindo a desempenhar, eventualmente alterados alguns dos pressupostos do projecto que dirige que merecessem a sua concordância.
De qualquer modo, seja qual for o desfecho, há muito, mesmo muito que explicar. Entretanto, confesso-vos, sinto-me triste. Tanto mais não fosse porque, citando o saudoso diácono Remédios “não havia necessidade’’…
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Quem explica?
Até hoje, ainda não tinha tido tão flagrante oportunidade, para tanto e frontalmente, discordar de uma decisão do actual Governo que, subsequentemente, deu origem a uma lamentável atitude e não menos contundente decisão de João Soares, tanto mais protagonizadas por um homem da minha geração e ideais, que me habituei a estimar há dezenas de anos.
Até parece que não havia problemas tremendos por resolver no domínio da Cultura para que o Ministro da pasta, em relação à Unidade de Missão do eixo Belém-Ajuda, se tivesse deixado enredar numa tremenda teia, em que se cruzam interesses e questões duplamente dependentes, por um lado, da esfera do executivo central e, por outro, do poder autárquico.
Apanhado no olho do furacão entretanto gerado, o meu querido amigo Prof. António Lamas é a perfeita vítima. A braços com um projecto tão estimulante como desafiante e difícil, apesar de ser a pessoa certa no lugar certo, com uma carreira que não pode ser mais prestigiante de serviços à República, parece estar prestes a sofrer uma desconsideração perfeitamente escusada e imerecida.
Naturalmente a propósito, não poderia deixar de recordar que, em Sintra, bem pudemos aquilatar das suas superiores qualidades de gestor de bens culturais da mais alta sofisticação, como Presidente do Conselho de Administração da Parques de Sintra Monte da Lua, funções que prestigiou de modo especial, contribuindo no sentido de que a empresa se tivesse tornado num referente nacional e internacional.
Se bem que esteja muito comprometida, nada me daria maior satisfação do que ter a notícia de que a situação se resolvera a contento do interesse público que, neste caso, passaria pela manutenção de António Lamas no lugar que tem vindo a desempenhar, eventualmente alterados alguns dos pressupostos do projecto que dirige que merecessem a sua concordância.
De qualquer modo, seja qual for o desfecho, há muito, mesmo muito que explicar. Entretanto, confesso-vos, sinto-me triste. Tanto mais não fosse porque, citando o saudoso diácono Remédios “não havia necessidade’’…
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