[sempre de acordo com a antiga ortografia]

segunda-feira, 28 de março de 2016




Quem vos avisa...
A Sintra? Não venham.
Por favor, evitem!

[publicado no facebook em 25.03.2016]


Vós próprios, familiares, amigos, conhecidos, enfim, todos quantos possam beneficiar pelo conhecimento deste aviso, se pensavam vir até Sintra por estes dias, não o façam. A menos que, em plena Páscoa da Ressurreição, queiram vir meter-se no inferno terreal...

Exemplos? Cerca das nove e meia [9,30!] da manhã de hoje, junto à Quinta da Regaleira, automóveis, buses de turismo, motas, tudo quanto era motorizado, estava parado. Tanto no sentido ascendente como oposto, tudo entupido. E havia um agente da GNR que não podia estar a desempenhar melhor a sua missão. Simplesmente, mesmo àquela hora tão matinal, o desassossego era monumental.

Outro. Em pleno centro histórico, com filas intermináveis de veículos até aos Paços do Concelho... E, mais uma vez, a GNR fazendo um trabalho absolutamente impecável. Um pouco mais à frente, no sentido do centro da Estefânea, logo na Rua Alfredo da Costa, mais fila incessante até às bombas da BP, a meio da descida proveniente de Chão de Meninos...

Mais um caso absolutamente paradigmático. Lembrem-se da mais famosa casa de doçaria local. As melhores queijadas? Os melhores travesseiros? Claro que são os da Piriquita! O meu querido amigo Fernando Cunha Cunha, a sua mulher Julia Cunha, os filhos Goncalo-sandra Cunha, a Vera, a Senhora D. Leonor não precisam de publicidade.

A sua marca é um ícone local, mesmo nacional. No entanto, o que eles não poderiam muito mais fazer, pelo conforto dos próprios fregueses, se «tudo aquilo», no coração do Centro Histórico, a montante e a jusante, estivesse civilizada e devidamente organizado!... Referi-me a estes meus amigos mas penso noutros, seus vizinhos. Os potenciais clientes, que se deslocam em viatura própria, onde podem eles estacioná-la? Onde estão os tais periféricos e todo o dispositivo que com eles se articula?
 
Ah, meus amigos, sempre aquele amargo de boca de quem só pode esperar cenas que tais - agora, a horas cada vez mais matinais... - porque, infelizmente, nada, absolutamente nada se tem feito no sentido de obviar tanto mal a Sintra. Este pavor só tem aumentado, ano após ano, há dezenas de anos, executivo autárquico após executivo autárquico.

Neste preciso momento, estamos com a «invasão espanhola» da Páscoa. Mas já aí vem o estio e, claro que tudo vai estar na mesma porque, entretanto, embora tivesse sido prometido no ano passado, já não é possível instalar parques dissuasores com as respectivas infra-estruturas, montar a rede de transportes públicos entre tais espaços de estacionamento público periférico e os diferentes destinos, quer turísticos quer dos serviços.

Portanto, na medida do possível, venham de combóio. Por cá, andem a pé e, quando tiverem de tomar um transporte público, em especial para os pontos altos da Serra, tenham o maior cuidado porque a regra é tudo ao molho, fé em Deus, e esperar que Nossa Senhora de Fátima não se distraia...

Entretanto, imaginem o tamanho do desgosto não só de quem escreve estas palavras mas também de uma série de «cúmplices»? Passa-lhes pela cabeça a frustração de quem, há décadas, anda a lutar para alterar a situação e não encontra interlocutor que, detendo o poder democrático para o efeito, pois concretize, efectivamente, aquilo que, há tanto tempo, sendo inadiável, só se tem agravado?

Fotos? Mais?

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