[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sexta-feira, 17 de março de 2017



E o Festival de Sintra, 
sim, o Festival de Música de Sintra?

250.000 Euros - duzentos e cinquenta mil !!! - nos termos do Protocolo que vai ser assinado entre a Câmara Municipal de Sintra e a 'Leopardo', empresa produtora de Paulo Branco é a verba com que o município vai apoiar a iniciativa que a Câmara Municipal de Cascais descartou depois de ter acolhido 10 edições da iniciativa.
Aqui fica a notícia. E, então, a propósito de um investimento tão significativo num festival que não tem qualquer tradição em Sintra, parece terem cabimento algumas linhas acerca de outro que tanto nos diz.
Cabe perguntar que motivos justificarão o facto de Sintra não financiar convenientemente aquele que, até há poucos anos, foi o Festival de Música com os mais nobres pergaminhos a nível nacional.
O actual Presidente, Dr Basílio Horta, chegou a afirmar, em 2014, que o Festival de Sintra iria contar com financiamento digno de Salzburg... Como jamais lhe passará pela cabeça o que isso poderia ser, logo entreguei ao Senhor Vice-Presidente um artigo que tinha publicado no 'Jornal de Sintra' acerca do assunto.
Devem ter ficado todos tão assustados com a escala dos números por lá praticados que terão resolvido nem sequer estar à altura do que foi prática no tempo em que era Director Artísticoi o meu querido amigo Dr. Luís Pereira Leal. Daí até à actual indigência foi o passo que todos conhecem.
Não fosse a Parques de Sintra ter assumido a promoção de iniciativas programáticas no âmbito da música erudita, os já famosos ciclos que decorrem em Queluz (música dos períodos barroco e clássico), Palácio da Vila (medieval e renascentista) e Palácio da Pena (período romântico), e o actual panorama seria um escândalo.
Com outra perspectiva do que possa voltar a ser o Festival de Sintra, com a dignidade que herdou e que não tem sido honrada, talvez voltemos a acolher uma programação a contento. Mas isso pressupõe autarcas lúcidos, informados, cultos e tão deslumbrados perante a grande Música como o era a Senhora Marquesa de Cadaval.
A decisão acontece porque o festival de cinema organizado por Paulo Branco ia ter menos apoio financeiro da Câmara Municipal de Cascais.
NIT.PT|POR RICARDO FARINHA

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