[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quinta-feira, 18 de maio de 2017



18 de Maio de 2010
Morte de José Saramago

[publicado no facebook em 18.05.2017]

Sete anos depois - sem que, nesta manhã, já me tenha apercebido de qualquer nota que o lembre - permitirão que o articule com Sintra e, neste contexto, reproduzindo excertos de textos que escreveu acerca de uma das nossas mais queridas casas.
E, como não poderia deixar de suceder, ao lembrar «Saramago na Pena», aqui vai uma saudação muito especial à minha querida Marta Oliveira Sonius, chamando a sua atenção não só para a referência ao «nosso» barão mas também para um D. Fernando 'alemão'...
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Sintra,
a Pena,
na pena de Saramago

Como tantas vezes faço, ao falar da Pena, também desta vez, darei a palavra a Saramago. É do seu livro "Viagem a Portugal" que extraio as seguintes passagens sugeridas por esta impositiva foto da Porta do Tritão:
"[…] Explicar o Palácio da Pena é aventura em que o viajante não se meterá. Já não é pequeno trabalho vê-lo, aguentar o choque desta confusão de estilos, passar em dez passos para o manuelino, do mudéjar para o neoclássico, e de tudo isto para invenções com poucos pés e nenhuma cabeça.
Mas o que não se pode negar é que, visto de longe, o palácio apresenta uma aparência de unidade arquitectónica invulgar, que provavelmente lhe virá muito mais da sua perfeita integração na paisagem do que da relação das suas próprias massas entre si. […]" *

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Entre citações, permitam que, por exemplo, lembre muitas acções de formação, no domínio das técnicas de Animação da Leitura, que promovi na qualidade de Técnico do Ministério da Educação, dirigidas a professores dos diferentes níveis de ensino, durante as quais, entre outros, me socorri deste texto de Saramago:

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"[…] A torre briga claramente com o grande torreão cilíndrico do outro extremo, e este pertence a família diferente dos mais pequenos torreões oitavados que ladeiam a Porta do Tritão. Grandeza e unidade têm-na os fortíssimos arcos que amparam os terraços superiores e as galerias.
Aqui encontraria o viajante uma sugestão para Gaudi se não fosse mais exacto terem bebido nas mesmas fontes exóticas o grande arquitecto catalão e o engenheiro militar alemão Von Eschwege, que veio à Pena por mando doutro alemão, D. Fernando de Saxe-Coburgo Gotha, dar corpo a delírios românticos muito do gosto germânico. É porém verdade que sem o Palácio da Pena a serra de Sintra não seria o que é. […]"

* SARAMAGO, José, Viagem a Portugal, Círculo de Leitores ed., Lisboa, 1981

[Ilustr: José Saramago; Sintra, Palácio da Pena, Janela do Tritão, detalhe]





Da ignorância, os resultados
e a mudança que se impõe

[publicado no facebook em 18.05.2017]

Hoje mesmo, em conversa com uma boa amiga, tentávamos encontrar a razão primordial para o descalabro do que tem sido a gestão dos Pelouros da Cultura e da Mobilidade Urbana do actual executivo da Câmara Municipal de Sintra.
As consequências são manifestas. Atente-se, por exemplo, na indigência a que chegou o Festival de Sintra, bem patente no programa da sua 52ª edição em curso. Ou repare-se como estão às moscas os museus municipais. Tenha-se em consideração o caos no trânsito e a incapacidade para instalação dos parques periféricos de estacionamento que transformaram Sintra num destino armadilhado para visitantes.
Não precisámos de dar muito trabalho às meninges para lembrar e coincidir com Cícero que, há cerca de dois mil e duzentos anos, já tinha expressado opinião segundo a qual "a ignorância é a maior enfermidade do género humano"... De facto, nada mais certo. Que lucidez!
Esta gente é muito ignorante. Em Sintra, pelo menos, nestes dois domínios, repito, da Cultura e da Mobilidade, ocupando cargos cruciais que condicionam a qualidade de vida de residentes e forasteiros, esta gente vai acabar o seu mandato deixando situação pior do que quando iniciou o mandato...
Horrível é não ter outra hipótese senão concluir que, afinal, é na sequência de processos perfeitamente democráticos, que tais pessoas alcançaram tais postos. Ou seja, ao exprimirem a sua vontade e delegando a quota-parte de poder que detêm no Estado Democrático de Direito, os eleitores indigita(ra)m perfeitos ignorantes.
A falta de informação, por um lado, a ausência de lucidez por outro, determinam opções perversas. Tal não significa que a Democracia seja um regime perverso mas, isso sim, por parte do eleitor, que pressupõe um bom conhecimento de causa da 'res publica' que lhe é mais próxima.
Postos como estes, de Vereador de um executivo de uma comunidade com as características deste que é o segundo concelho do país, não estão, não têm sido preenchidos por pessoas que dominem as matérias que é suposto. Infelizmente, as consequências não podem ser mais patentes. E isso tem mesmo de mudar.
Oxalá que o próximo acto eleitoral, cuja informal campanha já está em curso, possa fornecer aos eleitores indícios inequívocos acerca dos candidatos, de tal modo que possam votar sem que o resultado se revele perverso. Naturalmente, também neste domínio, se impõe que impere previsibilidade possível.

[Ilustr: Marcus Tullius Cicero, 106-43 ac]



Coração de Sintra,
- no Dia Internacional dos Museus

[publicado no facebook em 18.05.2017]

Situada no coração da Estefânea, mesmo em frente dos edifícios do Centro Cultural Olga Cadaval (ex Cine-Teatro Carlos Manuel) e do Casino de Sintra - ambos traçados pelo famoso Arquitecto Norte-Júnior - a minha casa é posto privilegiado para me aperceber da actividade neste que é um dos centros nevrálgicos da sede do concelho.
Pois bem, não queiram saber como é lamentável que, dispondo de um conjunto com estas características, perfeitamente únicas no todo nacional, nesta data, nestas instalações, tão propícias a uma vida cultural dinâmica, nada, absolutamente nada se passe. Às moscas, estão às moscas!...
Penso, não em museus de Lisboa ou de outras capitais europeias como Viena, Paris ou Madrid. Não senhor, penso, tão só, em Cascais, aqui a uma dúzia de quilómetros, e naquele que é designado como Bairro dos Museus de Cascais. Como não pode deixar de ser, fico com uma 'desgraçada' mas boa inveja...
É que, por lá, como poderão verificar-www.bairrodosmuseus.pt (explorem todos os links, acedam às agendas de actividades de cada espaço) - a vida cultural é bem diferente da de Sintra. Em cascais, concentrado no Bairro dos Museus, o Dia Internacional dos Museus, é um desafio irrecusável.
Aqui, nos dois mais importantes espaços culturais do concelho de Sintra, mesmo à minha frente, o ambiente não pode ser de mais apagada tristeza... Às sete da tarde haverá o lançamento de um livro. Mas, durante o dia, a exemplo do que, aliás, acontece semanas seguidas, não há movimento, a coisa está morta. Infelizmente.
[Ilustr: Centro Cultural Olga Cadaval, vista parcial da fachada principal à direita da qual já aparece a lateral do Casino de Sintra; Casino de Sintra, fachada principal]

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sábado, 13 de maio de 2017




MOBILIDADE URBANA:
- O PIOR DE SINTRA !!!
Centro Cultural Olga Cadaval,
as cenas do caos habitual

[publicado no facebook em 26.03.2017]


Apenas, um exemplo. Neste momento, tendo acabado um qualquer evento no Centro Cultural Olga Cadaval, a confusão é tremenda. Aliás, como habitualmente. As ruas Câmara Pestana e Adriano Coelho estão atravancadas. O Largo Dr. Francisco Sá Carneiro também está bloqueado. Os condutores não conseguem avançar em qualquer direcção.
Apitam, apitam e nada! Polícia? Nem vê-la. Como sempre! É um horror! Como é que o actual executivo da Câmara Municipal de Sintra permite afirmar-se como «civilizado»? Evidenciando como não está à altura, episódios como o do caso vertente confirmam o descrédito de toda uma vereação fazendo caír pela base qualquer afirmação contrária.
HÁ QUE PESSOALIZAR O DESPAUTÉRIO!
É uma vergonha! E quem é, quem é o porta-estandarte de tudo quanto há de pior na gestão deste território? Sem dúvida alguma, o Senhor Vereador com o pelouro da Mobilidade Urbana. Uma negação ! É a mais acabada personificação da ineficácia. Nem se percebe como se atreve a sair à rua!
Há anos que a sua incapacidade grita como, de modo algum, era a pessoa para ocupar lugar tão determinante. É Péssimo! Não acerta uma. Além de nos liquidar qualquer esperança de melhoria de qualidade de vida, ainda acabou com qualquer sobra de paciência para aturar tanta, tanta incompetência.
Os «arranjinhos» das cúpulas partidárias, dão nestas soluções em que lugares de enorme responsabilidade, como os de um executivo autárquico como o de Sintra, de exigência máxima, acabam por ser ocupados por pessoas sem o mínimo gabarito, sem preparação de qualquer espécie.
Ao descredibilizarem-se a si próprios, elementos tão desqualificados contribuem não só para o descrédito dos partidos que representam mas também de toda a classe política e, acto eleitoral após acto eleitoral são responsáveis pelo aumento exponencial das elevadíssimas taxas de abstenção.



MOBILIDADE URBANA:
- O PIOR DE SINTRA !!!

[publicado no facebook em 27.03.2017]

[II]
Depois de ter apontado o grande responsável, eis dois comentários:
"(...) junto à estação transformaram o estacionamento de ligeiros para autocarros, mais há autocarros que recolhem os turistas em frente à estação, criando filas de trânsito."
"Só cabe aqui uma foto. Há mais. Roubaram imensos lugares de estacionamento. Os [residentes] locais que se virem... €turistas são precisos." *
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Têm absoluta razão. Como ainda havia poucas zonas de caos no centro histórico, senhor Vereador com o pelouro da Mobilidade Urbana teve artes de criar mais uma.
Apenas uma sugestão: porque não são conduzidos os 'buses' de turismo para o parque de estacionamento junto à estação da CP da Portela?
Se assim fosse, os passageiros poderiam tomar as carreiras de transportes públicos que os conduziriam aos pontos turísticos do seu interesse. Naturalmente, a partir daquele local, também passariam a operar taxis, 'tuk-tucks', bicicletas, etc.
Ainda que não se trate de um parque periférico - cujo padrão, tenha-se em consideração, também inclui estacionamento de autocarros de turismo - funcionaria como tal, a título precário, enquanto não se resolvesse a instalação definitiva dos três parques periféricos programados.
[Ilustr: * foto de José De Almeida Matias



Números inequívocos!
Que argumentos contrapõem?

[publicado no facebook em 31.03.2017]

Falo acerca desta situação com amigos de outras paragens, mesmo da Área Metropolitana de Lisboa, a quem não passa pela cabeça que isto se passa em Sintra.
Como é possível que, em pleno século XXI, o actual executivo autárquico da Câmara Municipal de Sintra promova uma política de entesouramento que só tem paralelo com a estratégia salazarista?
Quando decide fazer diferente, com o objectivo de investir, o mesmo executivo não é nada modesto. Veja-se o caso da Vivenda ´Mont Fleuri', adquirida aos herdeiros de Jorge de Mello por €: 2.800.000 (DOIS MILHÕES E OITOCEBNTOS MIL EUROS), invocando argumentos nada convincentes como, aliás, já foi demonstrado.
Entretanto, permite-se não investir na Quinta da Ribafria, onde - e muito bem, iniciou uma obra de intervenção de recuperação que suspendeu - e na recuperação de outros bens patrimoniais municipais como 'Casal de São Domingos', a 'Casa Francisco Costa' ou o escandaloso caso do primitivo edifício dos Bombeiros de Sintra em perfeito perigo de parcial desabamento e «isto» só para referir três casos no centro Histórico.
É desanimador o quadro? Sem dúvida! Mas há alternativa e deveras mobilizadora. «Isto», que ainda está a acontecer, já é passado.
Marco Almeida
Causa
Marco Almeida com João De Mello Alvim e 64 outras pessoas.
31/3
Investimento em Sintra mantém-se abaixo dos valores de 2013 e as contas bancárias acumulam saldos de 74 milhões de euros.
Esta é a marca da Câmara Municipal lid...
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Sintra,
perspectiva de abate de árvores na Serra
- causa mobilizadora

[publicado no facebook em 04.04.2017]

Nada mais a propósito. Justa causa. Preciso é, no entanto, lembrar que há outras causas, bem urgentes, cujo debate e implícito combate, devem suscitar o empenho dos mesmos e de outros cidadãos sintrenses.
Cumpre não esquecer questões extremamente prementes, como o trânsito e estacionamento caóticos - estamos a poucos dias da Páscoa, de nova 'invasão espanhola' e, como a Câmara Municipal de Sintra nada fez em quatro anos, tudo está pior - ou o património municipal em degradação galopante em pleno centro histórico.
Seria insuportável que a mobilização em curso, por causa de um previsível abate de árvores, pudesse ser interpretada como factor distractor dos munícipes em relação a problemas que, tão flagrantemente, põem em causa a tão periclitante qualidade de vida em Sintra.
Embora os cidadãos estejam atentos a toda a possibilidade de manobra, eleitoralista ou de outra ordem, a verdade é que, sabiamente e revelando um inequívoco sentido de oportunidade, a Câmara tem conseguido aproveitar circunstância tão «favorável».





Situação inqualificável

[publicado no facebook em 11.04.2017]

É verdade, mais uma vez, a insistir na partilha desta situação, não só com os leitores do Jornal de Sintra mas também todos quantos se preocupam com o importantíssimo legado a Sintra de Bartolomeu Cid dos Santos. É escandaloso como um tal espólio ainda não está disponível...
De facto, é totalmente incompreensível como, passados quatro anos, depois da celebração do Protocolo de cedência pelo anterior executivo autárquico liderado pelo Prof. Fernando Roboredo Seara, ainda não foi possível concretizar a alteração das cláusulas do contrato que terão suscitado tal necessidade.
Bem podemos afirmar que o adiamento da resolução da questão, além de altamente lesivo dos gerais interesses de Sintra, é muito significativo do estado, tão preocupante, da actual gestão da Cultura pela edilidade ainda em funções.






Sintra,
Efeito eleitoralista da majoração do IMI
Duas caras!

[publicado no facebook em 13.04.2017]

Tal como eu, muitos terão sido os cidadãos que, no noticiário da SIC, pelas 13.00 de hoje, 13 de Abril, assistiram às declarações de Basílio Horta acerca do assunto, mostrando-se muito indignado com a situação!
Embora perfeitamente identificados com a proverbial dualidade do Presidente da Câmara Municipal de Sintra, ainda cabe perguntar como será possível tanta contradição...
Dualidade, imprevisibilidade e inconstância, uma tríade preocupante e explosiva.
[Ilustr: Majoração do IMI em Sintra (Marco Almeida)





World Press Cartoon
que Deus haja!...

[publicado no facebook em 16.04.2017]

Lembrando tempos mais propícios em que a actividade cultural projectava Sintra a nível mundial...
Tempos outros e bem mais clarividentes os que couberam a Fernando Roboredo Seara como autarca promotor desta iniciativa em Sintra! Tal como em devido tempo referi, ainda hoje não consigo entender a estreiteza interpretativa da invocada razão financeira que levou o actual executivo autárquico da Câmara Municipal de Sintra a cessar o apoio à iniciativa.
Sintra saiu manifestamente prejudicada e ninguém lucrou. A melhor definição de estupidez abrange, precisamente, este tipo de circunstâncias nos termos das quais ninguém beneficia com determinada opção ou decisão, seja ela individual, de grupo, informal ou institucional.




Como é possível ser tão desajeitado?

[publicado no facebook em 16.04.2017]

Basílio Horta numa inqualificável dualidade de atitude. E o modo como emendou a mão não podia ter sido mais oportunista, mais eleitoralista. Se pensa que os eleitores não estão atentos à manigância é melhor que se prepare para o desengano...
Marco Almeida
le que detetou o erro, que abriu o inquérito à equipa de funcionários da Câmara que faz a avaliação dos imóveis, já atribuiu responsabilidades às denúncias das juntas de freguesia e de particulares. Tudo para não assumir a sua responsabilidade.
Tem esquecido de dizer que a equipa de vereadores que lidero tem denunciado o aumento escandaloso de imóveis penalizados desde 2014 e que o voltei a fazer na reunião de Câmara de 3ª feira.
O Presidente de Câmara sempre defendeu a metodologia que originou esta trapalhada, em breve vou prová-lo.
O Presidente de Câmara tem trocado os sintrenses pelas contas bancárias. O investimento no concelho diminui e as contas engordam. Já vão em 80 milhões de euros.
www.marcoalmeida.net
Dezoito de Abril,
Dia Internacional dos Monumentos e Sítios

[publicado no facebook em 18.04.2017]

No Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, a celebração que, a nível pessoal, pretendo assumir, numa terra tão pródiga em vestígios patrimoniais importantes e sofisticados, não pode deixar de se conjugar, quer com o que de melhor se faz a nível nacional e internacional no que à preservação e recuperação do património natural e edificado diz respeito, quer com o atentado bem patente nas fotos que ilustram este texto.

Se, por um lado me refiro à empresa de capitais públicos Parques de Sintra, cuja competência abrange os bens patrimoniais mais conhecidos de Sintra, por outro, mais uma vez, lamento o tristíssimo destino destes cantos e recantos do mais entranhado rincão do centro histórico de Sintra, nas designadas Escadinhas do Hospital.
Património municipal e privado, estes edifícios são bem a prova do desleixo do actual executivo autárquico que, tendo prometido uma cuidadosa atitude de recuperação do património local, não soube marcar a diferença que se arroga em relação a tempos anteriores. Como neste e em tantos, tantos outros casos em pleno centro histórico de Sintra nada fez, a situação ainda mais se agravou-se nestes «seus» quatro anos de gestão.
A poucos metros desta calamidade, onde não investiu um cêntimo em recuperação, soube adquirir, aos herdeiros de Jorge de Mello, por €: 2.800.000,00 (dois milhões e oitocentos mil Euros), a vivenda 'Mont Fleurit', com base em argumentos equívocos e nada convincentes, que já tive oportunidade de 'desmontar' oportunamente.
Desconheço se, nesta data, em Sintra, haverá alguma cerimónia de comemoração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios. Se houver, tendo em consideração o triste exemplo que convosco partilho, não passará de mais uma hipocrisia de circunstância...
Contudo, apesar de uma certa letargia, agudizada pela situação de crise vigente, há pessoas que, nesta nossa querida e sofrida Sintra, não deixam cair os braços, para quem a defesa e recuperação do património não se reduz à emissão de estéreis declarações de intenção.
[Ilustr: Escadinhas do Hospital, em pleno casco do centro histórico de Sintra, a escassos metros do Palácio Nacional de Sintra]



Mas, afinal, tantos casos pendentes,
tanta luta por fazer !!

[publicado no faceboiok em 20.04.2017]

Só a lembrar que, infelizmente, em Sintra, não faltam os mais sérios desafios para o exercício da cidadania. Tenho a certeza de que, apesar de muito estimulante para a luta cívica, este até nem é o caso mais urgente.
Outros há, gravíssimos, em que todo o movimento associativo sintrense TAMBÉM deveria estar a dar sinais de simultânea incomodidade.
A verdade é que, invariável, o alvo a apontar é deveras «incómodo». Mas a incapacidade, a inépcia e a letargia do actual executivo autárquico não podem ser mais visíveis!! Vejam-se os resultados que, sem dó nem piedade, prejudicam a qualidade de vida de residentes e visitantes.
Entre outros, eis alguns casos de luta que não podem ser mais desafiantes:
- contra a falta de parques de estacionamento periférico;
- contra a degradação do património municipal e privado em pleno Centro Histórico;
- contra atitudes de desrespeito como a que resultou no atentado à fachado do Hotel Central;
- contra a falta de medidas de animação cultural no complexo Casino de Sintra-Centro Cultural Olga Cadaval;
- contra a indigência a que chegou o Festival de Sintra;
- contra a incapacidade de honrar o Protocolo celebrado há quatro anos para acolher o importantíssimo espólio de Bartolomeu Cid dos Santos;
- contra a falta de identificação, in loco, dos sítios, edifícios de interesse e monumentos de Sintra;
- etc.
Que lista reduzida, replicarão. Mas, assim sendo, até parece que, de repente, todos estes problemas estão resolvidos, apesar de alguns 'D Quixotes' continuarem a afirmar e a lutar pela sua resolução...
Pinheiros em fim de vida e espécies exóticas estão entre as árvores a abater numa área onde se pretende que as autóctones ganhem espaço.
PUBLICO.PT



Sintra,
a História de Sintra passará por aqui

[publicado no facebook em 21.04.2017]

No facebook, por exemplo, este e outros assuntos entram e saem a toda a hora e, logo de seguida, desfazem-se na espuma dos dias. Mas, no 'Jornal de Sintra', hebdomadário quase centenário, as suas páginas vão permanecer no tempo.
Mais tarde, será impossível fazer a História destes tempos de Sintra, sem ter em consideração estes artigos em que foi denunciada a atitude de tantos autarcas, actuais e anteriores, que não estiveram à altura das responsabilidades que contraíram com os eleitores que neles confiaram.
Por exemplo, estas marcas de desleixo, estas imagens tão lamentáveis. Os autores dos artigos são quem menos contará. Contarão, isso sim, para o oportuno e adequado juízo destes dias, os «autores» das decisões que resultaram nesta situação.
[João Cachado]