Centro Cultural Olga Cadaval
noite de 5 de Maio de 2017
noite de 5 de Maio de 2017
Na homenagem a Olga Prats
Basílio Horta protagoniza a monumental gaffe da noite
[publicado no facebook em 06.05.2017 - registo dos comentários, incluindo os de alguns músicos...]
Talvez meia hora depois do início da homenagem, o Presidente da Câmara Municipal de Sintra subiu ao palco. Além de Olga Prats, ali estavam os seus dois grandes amigos Artur Pizarro e António Vitorino de Almeida.
Para que tenham uma ideia acerca das palavras que Basílio Horta dirigiu à homenageada, basta dizer que, alterando o nome, também as poderia ter proferido dirigindo-se à 'Chica das Iscas da Calçada das Lágrimas' ou à 'Maria do Pranto da Rua Escura'...
Mas, indo muito, muito mais longe para dar pública prova da sua bem conhecida tendência para a asneira, enquanto Basílio Horta se manteve sob as luzes da ribalta, pura e simplesmente, ignorou a presença de Artur Pizarro. Para quem me leia e não faça ideia de quem é Artur Pizarro, em comparação com outros seus conhecidos colegas, pois fique sabendo que Maria João pires, por exemplo, apesar da fama e proveito, nem perto dele está...
Mas continuemos. Como, até àquele momento, ainda nada tinha ocorrido que indiciasse estar o autarca diante daquele que é o maior pianista português da actualidade e do maior destaque internacional, o Presidente nem sequer o nomeou. Mais, ignorou-o totalmente. E quanto a António Vitorino de Almeida? Pois, disse umas banalidades de terceira ou quarta ordem. Ah, é verdade, que se lembrava muito bem dos programas da televisão a partir de Viena...
Bem, eu estava siderado. Aquela cena estaria mesmo a acontecer? Aquele senhor não terá, sei lá, um assessor, daqueles que ontem também lá estavam, que o pudesse ter orientado? Enfim, para que percebam a que ponto chegou o incómodo e desconforto gerados pela atitude do Presidente da Câmara, passados que seriam, nem cinco minutos, lá fez António Vitorino de Almeida a correcção da 'gaffe' monumental.
Se, como obrigavam as circunstâncias, não tivesse que ser conveniente, teria dito qualquer coisa ainda mais assertiva do que, eu próprio, estou a redigir neste momento para partilhar convosco... Mas, sim senhor, não foi inconveniente e, pois claro, só lhe faltou gritar que, de facto, Artur Pizarro é uma figura absolutamente incontornável da pianística actual, nacional e mundial.
Já agora, lembrando outra 'gaffe', não tão grave como esta e que dá para rir a bom rir, recordarei que, pouco tempo depois do início do seu mandato, o Presidente Basílio Horta reuniu com o meu querido amigo José Cardim Robeiro, a quem Sintra tanto deve, um dos mais conhecidos arqueólogos portugueses e, já há uma data de anos, Director do Museu Arqueológico de Odrinhas. Sabem como foi tratado? Pois, podem sorrir ou rir a bom rir. Durante aquele encontro, José Cardim foi «o Senhor Arquitecto»...
Como bem podemos todos confirmar, não há dúvida de que estamos muito «bem entregues»... Mas, muita atenção. Preciso é saber ler o 'fenómeno'. Cumpre não ficar pela 'rama' destes episódios que, só na aparência, são de pouca substância. É que, e já concluindo, convém não esquecer que este tipo de 'gaffe' apenas passa é indício muito sério de sérias falhas, em importantíssimos domínios, que tanto têm afectado a gestão autárquica durante estes últimos quatro anos.
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PS: Estejam descansados todos quantos sentirem «o rabo preso». Quanto menos «gosto» aparecerem, mais confirmo como estão de acordo uma série de amigos cuja situação laboral e outras conheço perfeitamente. Sei dos constrangimentos a que estão sujeitos. Sei mesmo do medo que se vive nalguns corredores «dos serviços»...
[Ilustr: Artur Pizarro, inequivocamente o maior pianista português da actualidade]
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