Em São Pedro de Sintra,
abriu-se a caixa de Pandora...
abriu-se a caixa de Pandora...
Um dos textos aqui publicados anteontem suscitou, a título de comentário, a pejorativa sugestão de identificar os membros do QSintra com a figura do Velho do Restelo.
Tanta «originalidade» levar-nos-ia à facílima conclusão de que, muito pelo contrário, o denodo e progressismo das causas em que estão envolvidos, indiciava Prometeu como entidade mitológica que mais convém e coincide com os altruístas propósitos dos militantes cuja intervenção cívica, desde já, tanto incómodo está a causar em hostes acoitadas a certos redutos.
Tendo-nos apercebido de que o(s) autor(es) de comentários quejandos também revelariam alguma preocupação quanto a conotações musicais mais adequadas, aproveitaremos esta oportunidade para esclarecer que não faltam obras, de bem conhecidos compositores de música erudita, como Ludwig van Beethoven, Franz Liszt ou Carl Orff, que abordam o mito de Prometeu.
Na tentativa de satisfazer tanto interesse e não deixando de avisar que, se nos aprouver, voltaremos com outras e bem conhecidas alternativas musicais, fiquemos esta noite com a proposta de partilha de "Prometheus", o Poema Sinfónico No. 5 de Franz Liszt, numa estupenda leitura de Bernard Haitink à frente da London Philharmonic.
Já agora, muito a propósito da contestação à instalação do parque de estacionamento na Praça D. Fernando II, em São Pedro - ao fim e ao cabo, apenas o primeiro de muitos episódios de intervenção cívica em perspectiva, que ocuparão os membros do QSintra no futuro, por tempo indeterminado - importa ter em conta que o episódio da abertura da Caixa de Pandora também está relacionado com o grande titã...
Boa Audição!
[Ilustr: "Prometheus" por Rubens, Pieter Paul (1636-37)]
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