Centro Histórico de Sintra
Pólo de São Pedro

- Praça D. Fernando II 

[Largo da Feira de São Pedro]

[Publicado no Facebook em 26 de Abril de 2018]

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Gostaria de esclarecer que o texto seguinte acolhe uma série de elementos do artigo que subscrevi para a edição de amanhã do 'Jornal de Sintra' acerca da absoluta recusa da instalação de parques de estacionamento no Centro Histórico de Sintra.

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O Dr. Basílio Horta, Presidente da Câmara Municipal de Sintra, decidiu anunciar, em termos definitivos, que, em Sintra, sob a sua responsabilidade, jamais se construirá qualquer novo parque de estacionamento em áreas afectas ao Centro Histórico.

E fez declaração tão inequívoca e solene, aproveitando a circunstância da realização da Conferência sobre o tema da Requalificação Urbana em Sintra, proferida pelo Prof. Sidónio Pardal no Centro cultural Olga Cadaval, no passado dia 4 deste mês de Abril.

Pois bem, até ao presente, com aquela autoridade de quem pode, ainda não tinham sido tão declaradamente afastadas quaisquer hipóteses da instalação de parques de estacionamento nas zonas declaradas como integrantes do Centro Histórico de Sintra, portanto, tanto as da Estefânea (Santa Maria) e da Vila (São Martinho) como de São Pedro, as três freguesias que se concentraram na grande Freguesia de Sintra.

As palavras do autarca são tanto mais relevantes quanto, no meu entendimento, inevitavelmente, também se aplicam à Praça D. Fernando II, i.e., ao Largo da Feira de São Pedro. Lembremos que, até há uns meses, a Câmara Municipal de Sintra fazia um finca-pé dificilmente suportável, ao defender que, naquele terreiro, e no quadro das projectadas e por todos desejadas obras de requalificação das infraestruturas, deveria ser instalado um parque de estacionamento para 100 viaturas.

Naturalmente, embora não me devam entender como porta-voz seja de quem for, estou em crer que os sintrenses contrários àquela solução, esperam que, formalmente e no mais curto prazo possível, a Câmara possa anunciar o que, a título meramente informal, se tem sabido como sua intenção de encontrar alternativa para tal parque.

Nesses mesmos termos de informalidade, foi possível detectar por parte de responsáveis da autarquia alguma sensibilidade e predisposição para aceitar a possibilidade da instalação de uma bolsa de estacionamento nas imediações do grande terreiro da Feira de São Pedro para cerca de metade daquele total.

Como poderão calcular, preocupado mas confiante em que prevalecerão os argumentos que tenho defendido a favor da instalação da bolsa de estacionamento nas ruas limítrofes do Largo da Feira'', espero que tal solução tenha mesmo 'pés para andar'.

É que, se assim puder suceder, além de encerrar os tempos de alguma crispação entre a Câmara Municipal de Sintra e os sintrenses que, civilizadamente, se têm manifestado contrários à instalação do parque, passaremos todos a percorrer mais uma 'via civilizada', a mais adequada aos problemas suscitados pela defesa do património local.

Naturalmente, esta possibilidade de resolução, que tão empenhadamente tenho defendido, considero-a eu como parte lógica e inequivocamente integrante das medidas de alteração ao tânsito no Centro Histórico de Sintra que têm merecido o meu declarado apoio.