Se bem se lembram, o texto de ontem referia-se ao Festival de Sintra cuja guarda avançada logística compete à equipa da SintraQuorum, residente no Centro Cultural Olga Cadaval. Ora bem, pretendo hoje continuar a falar desta boa gente por dois motivos, ou seja, primeiramente, porque se me impõe a rectificar um comentário que subscrevi e, em seguida, para abordar a hipótese de nova iniciativa.
Vamos, então, à rectificação. O último parágrafo do texto do Notas Diárias de 22 do corrente, subordinado ao título Festa para Dona Olga, suscita uma interpretação que escapou ao meu propósito. Aquele advérbio de modo - finalmente - induz o leitor à conclusão de que - agora sim - vamos lá a ver se temos uma festa com a participação das crianças...
Se bem que, a partir do que escrevi, esta leitura seja absolutamente natural, ela foge à verdade dos factos já que, pelo menos, de há três anos a esta parte, a comemoração do aniversário da Senhora Marquesa, no Grande Auditório, tem tido a massiva participação da miudagem das escolas.
A Directora do Centro Cultural, Arq. Isabel Worm, a quem as crianças de Sintra tanto devem, pelo cuidado que coloca na programação de iniciativas para o público infantil - por vezes lutando como autêntico Don Quixote de saias - tem tido o particular cuidado de articular a celebração da memória da Senhora Marquesa com esta marca, tão concreta como simbólica que a presença da criança constitui como promessa de um futuro melhor.
Nova iniciativa
Enfim, está feita a justiça a quem de direito e, acreditem, nada podia ter-me dado maior prazer.
Programação musical de bom nível, o reconhecimento da capacidade directiva de uma excelente agente cultural, a criança como destinatária e a memória de Dona Olga como núcleo de preocupação, eis os ingredientes para a satisfação a que também tem direito este humilde escrevente...
E passo à nova iniciativa, com uma pequena introdução. Não estou naquilo que costuma designar-se como segredo dos deuses mas, animado por esta latente e permanente curiosidade com que Deus Nosso Senhor me dotou, lá vou conseguindo apanhar, nalgumas conversas com amigos bem colocados, os indícios suficientes que me permitirão partilhar convosco, sem quebra de confidência, a hipótese de concretização de determinadas iniciativas culturais.
Trago-vos novas sobre cinema. Muitas vezes se tem colocado a hipótese de promover ciclos de cinema no Pequeno Auditório do CCOC. Na realidade, com aquela disponibilidade, é uma pena que, até agora, as várias diligências de que tenho conhecimento não tenham surtido o efeito desejado. Entretanto, sei que está em curso nova tentativa. Ainda é tão embrionária que, para noticiar, só há a intenção.
Como é uma boa intenção, não me venham já com o aforismo do costume porque, se assim fosse, o Inferno seria um lugar muito melhor... Se quiserem, aceitem o convite e acompanhem-me na expectativa de ciclos temáticos de filmes em articulação com o Festival de Sintra, com as exposições do Museu de Arte Moderna-Colecção Berardo, com iniciativas da Biblioteca Municipal, ciclos do próprio CCOC, através de protocolos com a Cinemateca e outras entidades, ciclos de cinema que, naturalmente, jamais concorreriam com os circuitos comerciais.
Então não era uma boa? Até pode ser que não venha a contecer. Mas lá que se está a trabalhar para isso, não tenham dúvida. Por mim, vou fazendo figas, para afastar o mau olhado...
3 comentários:
Por exemplo, bastava que se desse seguimento ao 1º. (e único) Festival Internacional Cinema e Romantismo que se realizou entre 16 e 24 de Novembro de 1991 em Sintra, com 14 filmes a concurso projectados no Palácio Valenças e no Auditório da Academia da Força Aérea Portuguesa - Granja do Marquês, era então vereador da cultura o Dr. Rui Silva.
Foi na Sala da Nau que vi a curta metragem da realizadora Cristina Hauser (que interpretou o papel de Francisca no filme “Amor de Perdição” de Manuel de Oliveira), “Junqueira”, que gostei muito e, por isso, não o esqueci.
ereis
Cara amiga Emília Reis,
Estou completamente de acordo consigo. Oxalá, passados dezasseis anos [caramba, como o tempo passa depressa!...] pudéssemos ter, com a dignidade agora possível,uma segunda edição do Festival de Romantismo. Mas, festival é uma coisa, ciclos outra, sempre compatíveis.
E que tal acha a ideia tão démodée de um cineclube?
As melhores saudações do
João Cachado
Cara amiga Emília Reis,
Estou completamente de acordo consigo. Oxalá, passados dezasseis anos [caramba, como o tempo passa depressa!...] pudéssemos ter, com a dignidade agora possível,uma segunda edição do Festival de Romantismo. Mas, festival é uma coisa, ciclos outra, sempre compatíveis.
E que tal acha a ideia tão démodée de um cineclube?
As melhores saudações do
João Cachado
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