[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Cronologia

Para que tenham uma aproximada ideia do que, em termos de denúncia, já senti necessidade de concretizar, só no que respeita este último assalto a Seteais, façam o favor de anotar:

11 de Março
Neste blogue, alerta para a situação;

12 de Março
Mensagem ao Presidente da Câmara Municipal de Sintra, solicitando intervenção pessoal e lembrando a longa luta de mais de duzentos anos do povo de Sintra a favor da manutenção do acesso livre ao recinto;

13 de Março
Continuação de denúncia da situação no blogue;

14 de Março
Idem

21 de Março
Artigo no Jornal de Sintra;

28 de Março
Intervenção na reunião da Assembleia Municipal de Sintra na sequência da qual o Vereador Marco Almeida informou a comunidade que o Vereador do Pelouro da Cultura tinha avocado pessoalmente o assunto, estando em negociações com o grupo Espírito Santo para a reabertura dos Jardins;

01 de Abril
O Jornal da Região reproduziu um excerto da minha intervenção na Assembleia Municipal e de inequívocas palavras do Vereador Luí Patrício a favor da reposição da legalidade;

14 de Abril
Mensagem ao Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Sintra;

21 de Abril
Nova mensagem ao Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Sintra;

22 de Abril
Nova mensagem ao Presidente da Câmara Municipal de Sintra, acompanhada da cópia das precedentes enviadas ao Vereador do Pelouro da Cultura;

22 de Abril
S O S no Blogue;

22 de Abril
Alagamatres reproduz S O S enviando-o a mais de novecentos destinatários;

23 de Abril
Cronologia.

Como não tenho o exclusivo da luta porque, felizmente, há mais gente a tomar posição, reparem como se impõe não perder tempo contra o interesse do concessionário do hotel que se permite tomar a atitude que todos conhecemos, habituado que está apenas aos contestários do costume a tomarem posição. Se não o fizermos, acabará por apresentar o encerramento definitivo como facto consumado...

Adiram a esta luta! Não desistam! Os nossos filhos e netos, os actuais estudantes das escolas de Sintra, todos precisam ter a percepção correcta do protesto em que estamos envolvidos. Só assim seremos dignos de quem nos precedeu e lutou no sentido de que aquele jardim seja um espaço da comunidade.


PS:

Não deixem de ler o comentário de Emília Reis acerca da mensagem de ontem. Também eu já tive necessidade, há uns anos, numa reunião pública do actual executivo municipal, de me socorrer dos escritos do saudoso José Alfredo, para lembrar e atestar a luta do povo de Sintra. Pelos vistos, o concessionário Ricardo Salgado está-se nas tintas!... Bem o demonstrou, aliás, quando casou a filha e deu uma festa de arromba, danificando o relvado que levou uns bons meses a recuperar.

3 comentários:

José António Ribeiro e Cunha disse...

Só há um modo de marcar o sentir da população. Ir até lá e exigir que se visite o jardim e se vá ao penedo!
Meu avô paterno escreveu em 1898 uma peça que integra o seu livro Crónicas Saloias, editado em 1917, acerca de "O dia de ámanhã": "...se da parte de todas as estações oficiais não ha boa vontade; se do governo ao minicipio, e dêste à paróquia, nada se faz por falta de iniciativa; ergamo-nos todos os que aqui temos interesses, se não movidos pelo amôr a este torrão, berço de muitos, pelo amôr egoísta, -que nêste caso é virtude,-à algibeira de todos, e imponhamos a nossa vontade, que ha de prevalecer ainda que custe; e, se nos falta a iniciativa, porque não temos cerebros que pensem, tenhamos ao menos olhos para vêr, e tino para imitar o que em outras terras de inferiores recursos, dia a dia se vai fazendo pelo seu presente, e, o que é mais, pelo seu futuro. Se não podemos inventar, imitemos ao menos. Já que não o pensar de homens, tenhamos a esperteza do macaco. É preferível a sermos burros! Abril de 1898."
Penso ser este trecho actual pois refere-se à preocupação de Sintra como era, como é e como será...
Já então havia pessoas a pretenderem retirar proveitos de Sintra impedindo o desfrute do belo que atrai o visitante ainda hoje! è que se não forem os de Sintra a pugnar pela terra...
Seteais nos seus Jardins e no Penedo são património de Sintra, dos seus habitantes e dos seus visitantes!
Obrigado por me ter alertado para esta tentativa de "golpada".
J.Cunha

pedro macieira disse...

Caro João Cachado.

Em 19 de Março de 2008, tentei ampliar um pouco o protesto do que se estava (está) a passar com o acesso a um local que desde sempre
foi de acesso público, e um dos locais mais visitados por turistas e público em geral, publicando uma nota de protesto no meu blogue, que referia a atitude expressa no "Sintra do Avesso" e no "Alablogue"..
A iniciativa agora reforçada que tem todo o meu apoio, de um amplo movimento de cidadãos de protesto com o silêncio sobre este assunto tanto da Autarquia Sintrense na pessoa do seu Presidente Fernando Seara, que constantemente oferece Sintra aos seus ilustres convidados, e também dos PSML sobre o acesso público aos jardins do palácio dos Seteais.
Um abraço
Pedro Macieira
PS:
Referência sobre as obras em Seteais.
Blogue Rio das Maçãs
http://riodasmacas.blogspot.com/2008/03/quinta-do-marqus-de-marialva.html

Sintra do avesso disse...

Meu Caro José António Ribeiro e Cunha,

Em primeiro lugar, a expressão da minha vergonha por, só hoje, responder à sua mensagem do dia 23 de Abril. Não tenho remissão possível, não tenho cara para lhe apresentar e nem mesmo estas minhas dignas barbas, de mais de quarenta anos, poderão abonar em meu favor depois de uma tal desfeita...

Enfim, sem ironia, espero que me releve a falta. E o meu atraso é tanto mais significativo quanto a citação que faz é do maior interesse.

Como este blogue só funciona nos dias úteis, reservo-me para a próxima segunda-feira, dia 12, a possibilidade de reparação... Apenas lhe peço que esteja atento ao sintradoavesso.

Grato e reconhecido,

João Cachado