[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

O costume…

4 de Setembro


Estas palavras só são especialmente partilháveis por quem anda a pé. Bastou chuviscar para pôr a descoberto mais alguma da sujidade que vai pelas ruas da sede do concelho. Na Correnteza, onde também se anda ao pontapé às levantadas pedras da calçada, a situação ainda é mais preocupante porque, devido aos excrementos dos pombos, que não são devidamente removidos, a possibilidade de quedas é por demais evidente.

A verdade é que igualmente se escorrega nos passeios de muitas ruas, por falta de adequada lavagem. Tal acontece, por exemplo, junto ao mercado da Estefânea, a caminho da Escola D. Fernando II, pela Alfredo da Costa, na Volta do Duche, nas imediações do edifício do Turismo e da igreja, em resultado da incapacidade de gestão de quem tem a responsabilidade de assegurar um serviço eficiente e civilizado de higiene pública.

Hoje mesmo, o antiquário Henrique Teixeira, a propósito deste despautério, me chamava a atenção para o facto de, além da habitual falta de limpeza, também ali bem perto, em pleno centro histórico, em vez de flores a sublinhar cantos e recantos, podermos deparar com silvas a incomodar a passagem de quem por ali circula e, não raro, como me mostrou, pombos mortos no pavimento.

5 de Setembro

Já não chove. Depois de terem secado, os passeios já não escorregam. Deixou de ser iminente o perigo de uma queda. Até à próxima chuvada, a gordura e o pó acumulados vão permanecer, embora aparentemente ocultos e completamente minimizados por quem não caminhe, a pé, ao ritmo de tão desagradáveis sinais. Portanto, prossegue o programa do costume, que persegue e até consegue suscitar reparos a quem está tão acostumado a ofensas que tais...

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