[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O Jardim da Preta

Reabriu ao público o Jardim da Preta. Está muito feliz o meu amigo Adriano Filipe que se fartou de lutar por coisa aparentemente tão simples como isto. Claro que já lá fui. Identifiquei-me à entrada para que, como munícipe e freguês local me franqueassem o acesso. Os guardas são uma simpatia e prestam-se à boa conversa quando, como era o caso, não havia mais nenhum visitante. A propósito, fiquei a saber que um deles é encadernador o que me vai dar um jeitão. Se quiserem, aproveitem a informação...

Dei uma volta ao recinto para constatar o que já previa. Lembram-se daquele canto, mais à direita, onde está o tanque? Então, se não se recordam, melhor é lá dar uma saltada. Vejam a degradação geral, a falta de limpeza e concluam aquilo que não poderão deixar de concluir...

Provavelmente, terei bem entendido as eventuais reservas da Dra. Inês Ferro, directora do Palácio da Vila, relativamente à reabertura do Jardim. Na realidade, aquele canto está numa desgraça e ninguém gosta de dar o flanco em semelhante circunstância. Não menos lamentável é o estado da cantaria, completamente enegrecida, do Esguicho Manuelino, aquela coluna torsa que muitos continuam a designar como pelourinho e que nada tem a ver com semelhante peça. Sabem que está classificado como monumento nacional?

Deixo a sugestão de envolverem alunos da Escola de Recuperação do Património de Sintra nos trabalhos ali indispensáveis. O protocolo não é coisa difícil de concretizar e, como há antecedentes, melhor ainda. E depois, faz-se tudo com a prata da casa. Mas, por favor, actuem depressa. Aquela é uma montra demasiado visível para que nos permitamos o luxo de tal desleixo.

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