[sempre de acordo com a antiga ortografia]
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Polémica?
Nem pensar...
Se tiverem em consideração o elevado número de comentários ao texto aqui publicado em 11 do corrente, acreditarão não terem sido poucas as pessoas que me aconselharam a responder ao mail* que, remetido por Idalina Grácio a título pessoal, ela mesma considerou conveniente publicar na edição do Jornal de Sintra de 15 do corrente.
Era mesmo o que mais faltava! Nos tempos que correm, com tanto assunto grave a preocupar-nos, ia eu criar ou alimentar uma polémica, originada por notícia que, ao fim e ao cabo, apenas se inscreve naquilo que poderíamos considerar como o pendor mais festeiro do semanário?
Nem pensar! Quanto muito, se resposta tem de haver ao referido mail, então apenas recorro a matéria publicada pelo próprio JS, reproduzindo a 6ª Coluna, de 20 de Março, cerca de um escasso mês antes.
Quem pode, manda!
No passado dia 10 [de Março], reabriu o Hotel Tivoli Palácio de Seteais. Igualmente, na mesma data, Sua Excelência o Concessionário Hoteleiro dignou-se reabrir o terreiro. Foi ele, em prova de magnanimidade e do alto da sua notável tolerância, que permitiu a continuação do acesso público a um espaço que nunca devia ter sido fechado e, muito menos, sob a esfarrapada desculpa de que eram questões de segurança que determinaram o encerramento.
Sua Excelência o Concessionário Hoteleiro, teve artes de conseguir o aval do Estado para garantir inequívocas condições de segurança, a pretexto da necessidade de abertura de valas através do relvado, operação que, na realidade, jamais se concretizou. De facto, como se previa, aquele único espaço exterior, reivindicado para continuação das visitas, esteve sempre livre de quaisquer manobras que impedissem, por exemplo, estudantes e seus professores de concretizar actividades sugeridas e previstas nos programas escolares.
Naturalmente, não podia eu ficar mudo e quedo perante a perspectiva da reabertura do recinto. Fui, entrei e, não sem uma certa emoção, fiz a volta de reconhecimento. Na verdade, era aquela sensação de pisar um terreno nosso que eu procurava. E isso, encontrei. Tenham a certeza de que me não faltou a companhia de José Alfredo e de todos quantos, desde 1802, têm lutado pelo livre e público acesso dos cidadãos a Seteais…
Entretanto, o que foi ingénuo tanque, em moldura de aprazível lugar de lazer, lá está, transformado na prosaica casa de máquinas, que o IGESPAR escandalosamente autorizou, na presunção de que era muito boa solução, com ilusionista espelho de água e tudo o mais. Por enquanto, ainda sem água e sem espelho, o que se vê é um enorme desassossego de mangueiras, condutas de todas as cores e cabos, muitos cabos eléctricos.
Na verdade, quem pode, manda! Assim sendo, Sua excelência o Concessionário Hoteleiro de Seteais continua a fazer das suas. Todavia, notem bem, fá-lo a coberto do aval do Ministério da Cultura... É Portugal no seu melhor! Finalmente, como se nada disto lhe dissesse respeito, a Câmara Municipal de Sintra, prima pelo silêncio. Atitude sintomática? Não. Apenas mais do mesmo. Afinal, como sempre, o que a casa gasta...
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*Transcrição da mensagem pessoal, datada de 5 de Maio:
"Caro João Cachado,
Bom dia,
Li atentamente a sua 6ª coluna e conclui que não aprovou o nosso artigo acerca dos sete Ais e até o incomodou.
As razões prendem-se com a sua batalha nas páginas do JS acerca de acontecimentos, que segundo sempre escreveu discorda frontalmente. Teve aí o seu espaço.
Agora as novas instalações, e bem recuperadas, estão lindas. Deixei-me enlevar com tanta perfeição e beleza. Penso que Sintra ganhou.
Ora a inauguração nada tem a ver com as suas crónicas. São dois momentos diferentes.
Toda a imprensa nacional escrita e falada deu rasgados elogios ^`as novas instalações até aqueles que, tal como o João Cachado, em tempo oportuno tanto criticaram.
Nada envergonha o JS o artigo.
Diz o João Cachado que chegará o dia em que também através das páginas do JS se saberá onde parava a dignidade, nos conturbados dias sintrenses da primeiradécada do século vinte e um. Então não é isso que tem tentado fazersemanalmente?
Bem, até breve. Quanto aos Sete Ais fica-nos a miragem porque o disfruto detanto conforto e beleza não estarão certamente, ao alcance da maioria dos sintrenses. Para esses restam os jardins que, acredito também em resultado da persistencia de muitos, continuam a ser publicos.
Ao dispor
Idalina Grácio"
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Enfim, se considerarem que o assunto ainda merece alguma detença, façam o favor de se pronunciarem. Oportunamente, farei chegar a Idalina Grácio a transcrição dos comentários entretanto registados.
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4 comentários:
Dr. Cachado,
Já estou um bocado farto deste assunto. Por favor vire o disco e não toque o mesmo.
Comentários para quê? Como dizia o anúncio: é uma artista portuguesa... Idalina Grácio vai ficar na história do jiornal como a directora das festas. A melhor foi no discurso ao presidente da Câmara quando inaugurou a exposição dos 75 anos do jornal. Ali não deixou dúvidas sobre as suas intenções.
Cumprimentos
Artur Sá
Amigo João,
O retrato da tal senhora que é administradora-directora-redactora do Jornal de Sintra já está bem definido. Quem ainda não conhecia já tem os elementos todos. Já estou como diz o Artur Sá: não há paciência. ´Basta. Com certeza tens mais que fazer.
Abraço
José João Arroz
João cachado,
Nem parece a pessoa inteligente quer é. O Dr. tem dado uma importância a essa senhora que ela não tem. Ninguém a conhece e não tem estofo de pessoa capaz de ser directora dum jornal mesmo modesto como o Jornal de Sintra. Telles de Meneses escrevia muito bem. Miguel Baptista, idem. Rogério Carapinha era um senhor. Idalina Grácio é uma anónima que está a pendurar-se no Jornal de Sintra para ser conhecida. Por favor não perca mais tempo com a questão. Se ela é dona do jornal...
Com muita admiração,
Pedro Inácio
O Dr. Cachado já reparou que concedeu a esta senhora um "tempo de antena" que ela nunca sonhou ter? O senhor já leu os artigos dela? Aquilo não pode ser mais básico, qualquer miudo da quarta classe escreve aquelas coisas. Não perca mais tempo e esqueça a ofensa da publicação do mail que era pessoal. Quem sai mal do retrato é ela mas se o senhor lhe dá mais troco não sai melhor. Cumprimentos
Rosário Peres
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