[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sexta-feira, 24 de julho de 2009



Que comparação!


Hoje, apenas venho pedir-vos um exercício de comparação. Primeiramente, pensem no tão recente e paradigmático caso da actividade de supervisão que Vitor Constâncio, Governador do Banco de Portugal, era suposto ter conduzido nos casos do BCP, BPN e BPP e que, inqualificavelmente, com tanto prejuízo para os cidadãos, deixou de exercer ou exerceu de modo negligente e, como chegou a admitir, talvez com uma certa dose de ingenuidade.

Por outro lado, com sinal oposto, lembrem o modo competente, digno, sério, isento e corajoso como o Presidente do Tribunal de Contas, Guilherme de Oliveira Martins tem liderado aquela instituição. Dali, para sossego de todos, só chegam boas notícias. Ultimamente, mais uma preocupante denúncia, i.e., de ter sido ruinoso para o Estado e, portanto, lesivo dos interesses dos contribuintes, a concessão do terminal de contentores de Alcântara à empresa Liscont, do grupo Mota-Engil, tão afecto ao poder vigente. E, ainda, a promessa de envio de documentação afim da negociata para instâncias judiciais.

Com base nesta constatação, que bom seria poder generalizar a implícita conclusão a toda a sociedade, esperando que a cada cidadão desleixado correspondesse outro, cuidadoso e diligente! Teríamos uma beatífica paridade. Como tal não acontece, a desproporção é tremenda e dilacerante...


2 comentários:

Pedro Maia disse...

Caro João Cachado

Outro que parece não ser desleixado é o novo Provedor de Justiça. A primeira atitude que ele tomou foi despedir aquele pessoal que tinha sido mal contratado. Parece-me que foi um bom sinal acerca do que vai ser a sua acção. Quanto ao Constâncio, fica para a história como um péssimo exemplo de serviço público.
Pedro Maia

Rui Alves Pedro disse...

No executivo da Câmara de Sintra e dirigentes estes cálculos iam pesar muito para o lado negativo pois deve haver só um cumpridor a compensar dez desleixados.

Rui Pedro