Afinal, a possibilidade do acesso ao Penedo da Saudade em Seteais que, tão efusivamente, saudei depois da reabertura do terreiro subsequente à realização das obras de recuperação do palácio-hotel, foi Sol de pouca dura.
Passo a explicar. Como tantas vezes faço, mais uma vez fui em demanda do belvedere para, a meio da descida, desfrutar a visão daquela paisagem que alarga e cresce, cresce para subir, esplendorosamente, desde o limite do relvado até à encosta em frente, terminando na dourada cúpula da Pena. Conheço de cor a descrição do Eça em Os Maias que, naturalmente, ali sempre me acompanha.
Entretanto, um pouco antes de começar a descer, olhando à esquerda, reparei no cadeado colocado na cancela de acesso ao Penedo. Confirmei que estava mesmo encerrado. De facto, nada surpreendido com a medida, habituado que estou aos intempestivos encerramentos de Sua Excelência o concessionário hoteleiro, ainda me dei ao trabalho de perguntar ao pessoal da recepção se havia alguma razão justificativa. Que não senhor e, tão somente, passara a ser área de acesso restrito aos hóspedes do hotel.
Perante mais esta arbitrariedade que, julgo, poderá ser facilmente remediável, muito gostaria de solicitar os bons ofícios do meu amigo Prof. António Lamas, Presidente do Conselho de Administração da Parques de Sintra Monte da Lua, empresa representante do Estado no contrato de concessão atrás aludido.
Enfim, não se trata de um desespero de causa que pressuponha bater à porta de não sei quantas entidades. De qualquer modo, está mais que demonstrado nem sequer valer a pena contar com a Câmara Municipal de Sintra uma vez que, neste e noutros assuntos que tais, deles foge como o diabo da Cruz…
3 comentários:
Amigo Dr. Cachado
Mais uma vez lhe escrevo para repetir como admiro a sua insistência nos reparos constantes aos maus tratos que sofrem os lugares mais queridos de Sintra. Mas não há quem escute. É uma lástima. Abraço e a admiração
Artur Sá
Há sim...há muito quem escute e tome devida nota.
Margarida
O saudoso José Alfredo gostaria de saber que há pessoas que continuam a sua obra.
Mª João
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