[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Fernando Castelo - Sintra


Funcionalidade?


Com a mais elevada preocupação, transcrevo uma informação que, há mais de 24 horas, consta do site da Câmara Municipal de Sintra: "A Reunião Pública de Câmara, a realizar no dia 16 de Dezembro, não terá lugar por razões de funcionalidade." (sic)

Que coisa tão estranha! As reuniões de Câmara, públicas e privadas, obedecem a um calendário estabelecido no ano anterior e, certamente, só motivos graves e de grande preocupação podem interferir com a sua realização.

Que terá sucedido, assim de tão grave, que "cortou" a palavra a quantos munícipes tivessem - eventualmente - a intenção de nela participar, nem que fosse para apresentarem votos de Bom Natal e desejarem muita democracia em 2010, com prestação alargada de informações?

Chegado a este ponto, acabo de receber uma nova informação. Por Edital datado de 10.12.09, o Presidente da Câmara marcou uma Reunião Privada Extraordinária de Câmara para o dia 14 do corrente. Até agora, o site da CMS não fez a divulgação. Isto é, de Pública, a sessão foi alterada para Privada, sendo fácil de concluir que, para a devida funcionalidade, a ausência de público será determinante!

Isto vivendo-se em dita democracia, e com o virtuosismo republicano.


8 comentários:

Anónimo disse...

Pelo que sei, modestaleiga nas matérias autárquicas, a calaendarização das reuniões da câmara, é competência da câmara e não do Presidente, portanto ,só a câmara poderia deliberar no sentido de alterar desta forma o calenário inicialmente aprovado.Estou certa ou estou errada?Houve alguma deliberação da câmara neste sentido? Se não houve,parece que há matéria para contestar a deliberação, não é?Quanto a nós, modestos munícipes, já percebemos que, da mesma maneira que não quer dar informações detalhadas sobre os processos do urbanismo, o Senhor presidente também não tem interesse em ver o povo por lá;é muito chato ter pessoal a assistir à forma democrática como ele exerce o poder,actualmente.Coisas das maiorias, foi a legitimidade que Sintra lhe deu...
Mariana Reis

Anónimo disse...

Pois, democraticamente assim vamos andando. Cozinhando nos bastidores, o respeito pelos eleitores há muito que se deixou de têr! Este Sr. Seara devia pensar um pouco antes de falar, por exemplo em relação á corrupção e gestão ruinosa. Anda um seu administrador que aqui já por algumas vêzes foi denunciado e ridicularizado, a "cozinhar" fora da sede da instituição que "governa", um relatório anual com requintes de "genealidade criativa" sem precedentes. Embrulhou o anterior conselho de administração e prepara-se para embrulhar o actual. O sucesso financeiro daquela "gestão" resulta apenas da abertura escancarada do portão, as consequências a médio e longo prazo ficaram para quem vier a seguir, as desgraças do presente tapam-se com um abafo. Sobre a mentira, ouvi algumas vêzes que se dividem em 3 graus ou qualidades, a pequena, a média e as estatisticas. Triste tempo este em que vivemos!
Saudações
Antonio Silva

Nuno Barros disse...

Pois é, caro amigo Fernando Castelo, a Câmara Municipal de Sintraagora funciona desta forma "democrática".
É mais um bom exemplo da "Dedicação Total" da Coligação Mais Sintra aos Sintrenses.

Nuno Barros

Anónimo disse...

É assim que se abala a vontade de intervenção dos cidadãos que vendo estas manobras desistem de aparecer nas reuniões da Câmara e da Assembleia Municipal. Este caso devia ser comunicado ao Presidente da Assembleia Municipal e à IGAT.Soares Lino

Anónimo disse...

Desculpem...O Presidente da Assembleia Municipal também é da mesma Coligação e também age tão bem, que deixa a Sessão da Assembleia(tal como a última)passar bem para lá da meia noite e não coloca à votação o prolongamento dos trabalhos (muito democrático) e quanto ao IGAT...ironicamente andou por aí um inspector há uns anos, que entretanto foi convidado pelo Presidente para vir trabalhar para a Cãmara e agora é Director Municipal...
Não estão a ver que eles não precisam de perguntar nada a ninguém, por força da maioria que lhes deram?
Mariana Reis

Fernando Castelo disse...

Aproveito para adicionar algo a este artigo, porque o que está em causa é muito mais do que uma simples alteração de datas. É o princípio que deve nortear a vida democrática participativa, sob risco de um dia, mesmo que surja alguma arteirice, nos quedarmos em silêncio.

Parece ser suposto que a Ordem de Trabalhos das Reuniões Camarárias obedece à ponderação da prioridade, com comunicação aos senhores Vereadores em tempo útil que lhes permita apreciar as propostas, permitindo-lhe decidir depois desse por vezes difícil trabalho de análise.

Assim deve ter ocorrido com a prevista Sessão de 16, onde a documentação facultada terá sido estudada, ponto por ponto, consoante o empenho das forças em presença. Ocupado tempo precioso (pelo menos de alguns), eis que o esforço foi de sopetão anulado pelo facto da Sessão já não se realizar, ainda por cima por razões de "funcionalidade". Mas onde é que isto já se viu?

Eis senão quando, salta da cartola uma Reunião Extraordinária, com matéria diversa, quase não concedendo tempo para a devida análise dos assuntos propostos.

Extraordinário, não acham?

Não se está a perspectivar um caso de incapacidade. Também não estaremos perante uma manobra de diversão. Então o que se estará mesmo a passar? A situação decorrente tem toda a sintomatologia de estar a ofuscar qualquer coisa, mas o quê?

Um dia cá seberemos.

Urbanização de Vale Mourão disse...

Por mera coincidência o Blogue "Urbanização de Vale Mourão" (http://urbanizacao-vale-mourao.blogspot.com/)também faz referência a esta matéria através de um "poste" publicado às 00h05m de 12 de Dezembro.

Contudo, fá-lo mais numa perspectiva de respeito cívico do que político partidário.

Anónimo disse...

Como vêem, já se percebe qual foi o problema da funcionalidade, foi a aprovação do orçamento e, sobretudo, um novo aumento do preço da água.Como se nós pagássemos pouco!
Assim se vão justificando mais uns tachitos para uns certos amigos nos SMAS.
Mariana Reis