Por acaso eu estava lá. Felizmente para mim e para todos vós que vão ficar a saber o que se passou. Era quase noite, cerca das cinco e meia, nas imediações da Quinta da Regaleira. Uma boa quantidade de automóveis, todos multados, estava estacionada desde a curva dos Pisões até ao portão. À medida que avançava, cada vez mais espantado, ia ouvindo, vários apitos cruzados.
Um pouco mais à frente, à distância conveniente para a desejável e conseguida operacionalidade, dois agentes regulavam o trânsito local que, em consequência da sua correcta intervenção, ia fluindo com alguma dificuldade mas com toda a segurança. Quer dizer, não se tinham limitado a autuar aquela escumalha de prevaricadores, fazendo questão de resolverem os problemas suscitados pelo comportamento lesivo dos condutores.
Abençoada a hora em que, tendo regressado do meu retiro alentejano, não quis deixar de fazer a caminhada diária que, por razões que agora não são chamadas ao caso, lá não pudera fazer pelos trilhos do monte. Que maravilha! Afinal a polícia ainda mexe. E, como tive oportunidade de constatar, continua sabendo como actuar, com o maior empenho e profissionalismo.
A cena que tive a dita de presenciar constituía a prova provada de que mantém o exercício da autoridade de que está investida, para defesa de pessoas e bens, dando sinais de que, eventualmente, poderemos começar a descansar quanto ao cumprimento do mandato constitucional que faz subordinar o interesse individual ao da comunidade que lhe compete assistir.
Será exagero invocar tais valores do Estado Democrático de Direito, tão somente, porque tive o privilégio de assistir à concretização de uma acção de agentes da Polícia Municipal de Sintra? Não, de todo que não é. Trata-se de um caso que, infelizmente, não tem sido frequente nos últimos tempos pelo que, pela sua raridade, me permito evidenciar com o merecido destaque.
Com a devida cautela, cumpre não embandeirar em arco, fazendo votos de que não tenha sido um acto tão esporádico como outros. Vem-me a convicção de sentido positivo pelo facto de ter decorrido aquilo que poderei entender como campanha de sensibilização [vd. Saudação à PM de Sintra, aqui publicado no passado dia 18 de Outubro] relativamente a uma nova fase em que a Polícia Municipal de Sintra pretenderá cortar a direito.
Com a maior sinceridade, espero bem não ter razão para deixar tais dúvidas em aberto.
11 comentários:
Como o Cachado tem escrito, o que trama a intervenção das polícias é a tolerância. Sabe-se que é a Câmara que mais pede às polícias para serem tolerantes. Por isso eu não acredito em melhores dias. Aquilo que relata foi esporádico. Amanhã ou no próximo fim de semana já ninguém continua esse trabalho.
Carlos Sousa
Caro Dr. João Cachado,
Uma boa notícia. Passei ontem pelo mesmo local e havia dois carros multados junto à fonte dos Pisões.
Parece que temos polícia a sério.
Pedro Soares
Não sei se em Julho e Agosto quando é costume a anarquia também multaram ou é agora que se aproxima o Natal e são precisos fundos? Desculpem mas não acredito neste súbita manifestação de autoridade que há bem pouco tempo não se preocupavam com outras coisas também importantes e que aqui neste blogue vi denunciadas com toda a razão.
Diga-se.
O Bem Publico VS Interesse Privado na Quinta da Regaleira. No passado fim-de-semana decorreu na Quinta da Regaleira, sob a estrita e exclusiva organização do administrador delegado que "gere" aquele espaço, o sr. João cruz Alves, mais um colóquio internacional "devotado" ao lado esotérico da vida, concretamente sob o tema da transcendência no feminino. Para participarem na condição de "parlantes" vieram das terras de Molière ilustres convidados, um deles aproveitou a ocasião, bem como as petit vacances a Portugal, suportadas pela Fundação Cultursintra para estar presente no lançamento de um livro de sua autoria, acerca do nosso fado. O que torna a coisa curiosa é que o tal livro foi editado pelo assistente sombra outsourcing do administrador da Fundação Cultursintra. O perfect timing das "coincidências! Mandaram-se fazer imensos folhetos para a divulgação de tão excelso colóquio, milhares, que acabaram por ficar sem sair das caixas de onde vieram. Porquê? Porquê este desperdicio? Não querendo eu pensar na hipotese da incompetência da parte de quem "organizou" o tal colóquio, sou levado a pensar numa intencional vontade destes "organizadores" de fazerem a "coisa" só acessivél aos seus iluminados comparsas. Comprou-se ainda um ecran de projecção no valor de muitos euros, pagaram-se viagens e estadias aqueles que vieram do exterior, para que no final só terem participado no referido colóqio menos de 60 almas. Entre estes 60 muitos foram convidados. Paralelamente a este "empenho", o de promover cultura para as suas "minorias", este sr. Alves trata os funcionários da Cultursintra com a total falta de respeito. Este mês, como também noutras ocasiões só deu ordem de pagamento dos ordenados tardiamente. Os funcionários da Fundação Cultursintra só tiveram os ordenados nas suas contas bancárias dia 2 da Novembro, falhando alguns com o pagamento doe seus creditos. Quem vai pagar os juros de mora? A este fulano é-lhe conhecida a mania das vias cavaleirescas, mas de cavaleiro e cavalheiro tem muito pouco, ou nada! Haja respeito pelas pessoas e seus direitos.
A Regaleira é uma fundação (da treta...) que só não é empresa (da treta...) municipal porque quem a inventou deve ter achado que aquela maçonaria (da treta...)
assim ficava mais bem na
fotografia.
Assim como as "empresas"
municipais a Regaleira
deve ser varrida
do mapa sintrense.
Precisamos dear despuluído
destas tretas,
que nunca deviam ter visto a
luz do dia e que agora em tempo
de crise só podem ter
um destino:
- o encerramento e liquidação. Também já ouvi o termo remunicipalização.
Seja lá o que for, desde que se lhe acabe com a sorte e que o tal Sr. Cruz Alves vá à vida dele
que aqui já deu o que tinha a dar
segundo o que afirma o
comentário anterior. E já agora leve com ele a tal maluquinha do Seara para que o ar ainda fique mais puro.
Para a Regaleira, regalo-me só de pensar que esses exotéricos
(da treta...) vão deixar de ter
poiso e que os dinheiros dos munícipes passarão a ser respeitados como devia sempre acontecer.
TD
Mais uma vez, é um problema de estacionamento que em Sintra é um horror. Por isso
espero:
que a Câmara de Sintra finalmente
decida fazer os parques de estacionamento na periferia
para resolver de vez esta
vergonha nacional e
internacional, em vez de comprar a Quinta do Relógio que é uma negociata muito mal contada.
Conceição Moitas
Acerca do sr. joão cruz alves falta dizer o seguinte; da maçonaria foi corrido e agora paira nos grupusculos rosacruz e martinistas, onde procura alimentar o seu desmesurado ego. Estes colóquios internacionais só têm servido para o promover nesses ambientes. O tal cavalheiro françês que tem regularmente participado em tais colóquios não é mais do que o detentor da "tutela" de uma grupeta martinista que o sr. alves quer por cá dirigir. É necessário dizer mais? Natália Sales Gomes
Pelo que se vê a Regaleira tem muito para descobrir a careca ao tal Sr. Alves. Deve ter ido lá parar pela mão do Cardoso Martins que também é dessa mesma maçonaria e agora continua porque o Seara o protege mais à tal maluquinha. E os munícipes a pagarem estas loucuras...
Cá para mim a C.M.S. comprou a Quinta do relógio para por um estacionamento lá atrás camuflado pelo verde de Sintra....
O Seara não tem vergonha nenhuma. É conivente com esta canalha que aqui vêem sido expostos. É o Duque mais o Cruz Alves e a maluquinha da Regaleira. A CMS está podre. Julio Santos
Que se saiba, a CMS ainda não comprou a Qta. do Relógio. Com esta crise toda vamos ver se tem a ousadia de ir com o negócio adiante.
Pedro Soares
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