O milagre dos anéis
Logo no início do texto que se segue – transcrição do artigo que subscrevi, publicado pelo Jornal de Sintra, na passada sexta-feira – assinalo que certas leituras me levaram a produzi-lo. Nesta breve introdução, o que considero interessante é acrescentar que, nalguma da matéria que consultei, descortinei um pendor algo esotérico, mais especificamente, no que se relaciona com o funcionamento dos anéis que refiro.
Espero bem que o escrito possa contribuir no sentido de alertar quem de direito, nomeadamente, os responsáveis municipais, tanto aqui em Sintra como por todo o lado em que situações congéneres o justifiquem. Recorrer ao equipamento em questão é quase medida de saúde pública.
Bem, dou por mim na atitude de quase promotor de vendas da empresa que produz, representa ou comercializa o produto. Já agora, e, para que conste, façam o favor de acreditar que nem sei se tal entidade existe no mercado nacional…
:::::::::::::::Transcrição do artigo:::::::::::::::
Piscinas municipais,
águas tranquilas
águas tranquilas
O assunto que hoje pretendo partilhar convosco, relativo à qualidade da água das piscinas municipais, foi-me suscitado no contexto da leitura de artigos relativos a realidades alheias, um pouco por toda essa Europa fora. Se o trago à baila, nas páginas do Jornal de Sintra é porque, tal como lá por fora, também entre nós, importa prestar a maior atenção ao modo como, a montante e a jusante, se processa e enquadra a utilização da água no contexto de equipamentos hoje em dia essenciais à qualidade de vida das populações.
Tanto quanto me apercebi através da documentação que consultei, uma das situações que determina o alerta para a tomada de medidas consentâneas com o possível melhoramento da qualidade da água das piscinas, é a cada vez maior proliferação de casos de irritação das fossas nasais em utentes a quem, anteriormente, jamais tinham sido detectadas nem diagnosticadas afecções patológicas que poderiam enquadrar episódios afins ou congéneres.
E, caso interessante, ao contrário do que, tantas vezes somos levados a concluir – ou nos «vendem» como ideia feita e consabida – de modo algum está demonstrado que a frequência e a persistência de tais casos estejam relacionadas com determinados produtos aos quais se recorre para tratamento das águas, nomeadamente, o cloro. Haverá, isso sim, uma quantidade não despicienda de factores outros, mais articulados com a qualidade do próprio efluente que chega à piscina, em que radicarão as causas dos referidos incómodos.
O milagre dos anéis
Por se tratar de equipamentos cuja maior ou menor sofisticação de operação me escapa, não saberei explicar-vos como é que um determinado sistema de anéis que envolvem as tubagens onde circula a água acabará por tratar o precioso líquido de maneira a garantir o que, antes da sua aplicação, não era possível . No entanto, mesmo para um leigo como eu, consegui apurar que se trata de anéis de alumínio e silício puro, modulados a laser, com instruções que, continuamente, transmitem para a água, sob a forma de bio-sinais (oscilações ultra finas que atravessam qualquer matéria), provocando uma série de reacções de indiscutível benefício.
Bem, falar em benefício será ficar muito aquém do alcance da intervenção dos tais anéis. Mesmo para um declarado ignorante – o adjectivo é mais forte mas mais apropriado do que o referido «leigo»… – como é o meu caso, não deixa de ser fascinante ficar a saber que contribuem para a diminuição da dureza da água, ao mesmo tempo que diminuem a tensão superficial, impedindo a oxidação e corrosão nas tubagens, desincrustando-as e conservando-as.
E, como se isto já não fosse bastante, de acordo com a informação recolhida, os miraculosos anéis ainda determinam um ganho significativo na gestão do equipamento na medida em que desencadeiam uma flagrante diminuição da utilização dos produtos químicos habituais e, finalmente, combatem as bactérias que se alojam em tais ambientes, incluindo a famosa legionella. Bem, aqui chegados, abandono de imediato este tom mais ligeiro para me render à fama da perigosidade desta entidade tão nociva e mesmo mortal. É que convém não aligeirar e, muito menos, brincar com coisas sérias.
Quero acreditar que esta é matéria do conhecimento dos responsáveis municipais. Desconheço se o tal dispositivo dos anéis até já não estará instalado nas piscinas do concelho. No entanto, uma coisa é certa – e desculparão escrever agora na primeira pessoa do singular – ou seja, sou daqueles que, regularmente, me vejo obrigado a suspender a natação como prática desportiva por causa das tais irritações do nariz. Portanto, parte interessada que sou, só espero que todos possamos beneficiar de tal solução que, tanto quanto percebi, ainda por cima, é extremamente barata. Se assim for, nas piscinas municipais, as águas ainda ficarão mais tranquilas.
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[João Cachado escreve de acordo com a antiga caligrafia]
Jornal de Sintra, 20.07.2012
1 comentário:
Sendo importante, a qualidade da água é um pequeno problema ao pé da vergonha que são os tanques municipais de Sintra, sim porque chamar-lhes piscinas é preciso muito boa vontade. Num concelho com esta dimensão é absolutamente vergonhoso a falta de piscinas de qualidade e de equipamentos desportivos em geral.
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