Havergal Brian,
injusto esquecimento
injusto esquecimento
[publicado no facebook em 16 de Agosto]
Interrompendo o trabalho que vos tenho vindo a propor acerca do enquadramento das sinfonias de Mozart – e, como bem sabem, já vamos na No. 14, KV 114 –gostaria hoje de vos propor um excerto da “Gothic Symphony”, em Ré menor, obra sinfónica de um compositor inglês prática e injustamente esquecido, Havergal Brian (1876-1972) que bem merece a vossa melhor atenção.
Na realidade, rendidos à qualidade desta sinfonia, que razões poderão justificar um tal esquecimento? Como poderão verificar, a ‘oficina’ deste grande músico é algo de inquestionavelmente superior, logo se verificando quanto deve a Wagner, Bruckner, Elgar, R. Strauss, Mahler e Bach. Por outro lado, inequívoca é a presença dos ritmos da marcha, tanto lentos e solenes como rápidos e violentos e, tal como em Vaughan Williams, ainda a característica de acolher frequentes solos de violino, no seu caso, extremamente pungentes.
A gravação que vos proponho é a de uma lendária interpretação, dirigida por Sir Adrian Boult, à frente da BBC Symphonic Orchestra, que eu próprio ouvi, através de uma transmissão de rádio, pela BBC, em Outubro de 1966, avisado que tinha sido por um colega da Faculdade de Letras que, nessa altura, estava em Londres. São apenas cerca de treze minutos do segundo andamento, ‘Lento espressivo e solenne’ da Parte I.
Só e ainda a lembrar que, nos Proms do ano passado, esta mesma Sinfonia conheceu um sucesso estrondoso.
Boa audição!
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