[sempre de acordo com a antiga ortografia]

terça-feira, 4 de setembro de 2012




AT: Texto publicado no facebook em 3 de Setembro


Eis a Sinfonia em Ré Maior KV. 133, escrita e Julho de 1772. Logo a abrir, veja-se como estamos no melhor «pendor festivo» de Mozart , com aqueles ornatos nos timbales e nos sopros, num primeiro andamento ‘Allegro’ que, até este momento da sua produção sinfónica, é um dos mais desenvolvidos, com mais de sete minutos de duração.

Vale a pena fazer um pouco de análise deste 'Allegro'. No compasso de 4/4, foi composto de acordo com o cânone da forma sonata, com um notável desvio da recapitulação, qual imagem reflectida da exposição. Ou seja, a recapitulação começa com o segundo tema, esperando Mozart mesmo até ao último momento para apresentar o regresso ao primeiro tema. Para o efeito, primeiramente, traz o tema docemente nas cordas para, seguidamente, repetir ainda com as cordas mas secundadas pelos trompetes.

O andamento lento, é um ‘Andante’ bipartido, em Lá Maior, no compasso de 2/4, orquestrado para cordas que acolhem uma flauta solista. O terceiro é um ‘Menuetto’ típico, em tempo rápido, a contrastar com uma secção ‘Trio’, particularmente notável pelo seu contraponto. A peça terminará com um enérgico ‘Allegro’, num compasso de 12/8, que parece precipitar-se e não querer parar até à conclusão altamente excitante e prazenteira.

Voltamos às gravações da Mozart Akademie Amsterdam, sob a competente direcção de Jaap Ter Linden.

Boa audição!
 

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