A Paz, os alhos e os bugalhos [II]
Acabo de ler, subordinado ao título "Nobel da Paz, a oportunidade de um prémio" o artigo que Teresa de Sousa subscreveu e que o jornal 'Público' apresenta na página 10 da sua edição de hoje.
Teresa de Sousa coincide totalmente comigo. Estou satisfeito, deveras satisfeito, na medida em que, tendo sido objecto de tanta reacção negativa, quase duvidei da razão que julgava assistir-me desde o momento em que tomei conhecimento da decisão do Comité Nobel.
É por isso que, com manifesto agrado, passo à transcrição do último parágrafo do mencionado artigo:
"(...) É por isso que a decisão do Comité Nobel de Oslo não poderia ser mais oportuna. Kohl classificou-a de "sábia e arrojada". Porque ela surge num momento, porventura o primeiro desde a sua fundação, em que a própria ideia da Europa está a ser rudemente posta à prova, e em que a possibilidade da desintegração nunca foi tão grande. O prémio convida a olhar para trás e a lembrar o que a Europa conseguiu de extraordinário nas últimas décadas. E é, ao mesmo tempo, um aviso a quem a dirige sobre a responsabilidade que tem em não destruir esse legado."
Deixem que rejubile com a opinião supra, do ex-chanceler Kohl, já que, eu próprio escrevi:
"(...) Aliás, com a sua decisão e à sua medida, o Comité Nobel faz uma inteligentíssima chamada de atenção, até estimulando e promovendo uma significativa quota parte de ânimo, mobilizando-nos a todos, decisores políticos e cidadãos em geral, para que nos empenhemos decisivamente nas soluções que, cada vez mais, apontem em direcção ao grande objectivo referido. (...)"
Repito, por um lado, as palavras do grande estadista - sábia e arrojada - e, por outro, as minhas, de modesto escriba - inteligentíssima chamada de atenção - para concluir que seria uma oportunidade perdida não acolher este prémio como um inequívoco estímulo para continuar em direcção ao grande objectivo da construção da Federação dos Estados Unidos da Europa.
Como federalista convicto, como europeu dos quatro costados, como ibérico e iberista e como português estou perfeitamente convencido de que «só» falta mesmo fazer o resto da caminhada...
Sem comentários:
Enviar um comentário