[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quinta-feira, 11 de outubro de 2012



A propósito

Depois da comunicação de Vitor Gaspar nos termos da qual ele próprio se referiu a um enorme aumento de impostos, também ouvi os comentários de José Gomes Ferreira na SIC e entendo mal como, de algum modo, ele acaba por acolher estas medidas sem acrimónia.

Tudo isto é indecoroso. No entanto, paulatinamente, estes Moedas, Passos Coelho, Gaspar, Borges & Cª, vão abrindo o caminho para que, no futuro, seja qual for a situação, o terreno esteja tão minado que, fundamentalmente, os baixos custos do trabalho, o medo institucionalizado, escancarem a porta a toda a perversidade decorrente do capitalismo de casino descontrolado.

Sabemos dos incompetentes que nos trouxeram a este descalabro e, passados poucos meses da bancarrota pela qual são responsáveis, também confirmámos aquilo que já prevíamos, portanto, que o actual executivo é incapaz de remediar situação tão complexa.

No contexto destes sucessivos destemperos, alguém alvitra no sentido de que o"caso" da TSU foi criado precisamente para dar problemas, com o objectivo de suscitar a ideia de haver um recuo por parte do Governo, para que este pudesse fazer passar medidas muito mais gravosas.

Não é que isto não nos tenha passado pela cabeça. Porém, é coisa demasiado sofisticada para ter sido congeminada pelo primarismo destes governantes de pacotilha. É perfeitamente plausível que, perante hipóteses tão inusitadas, como a do caso TSU, pretendamos encontrar uma justificação inteligível e, inclusive, não recuemos perante algo que se revela quase ou mesmo maquiavélico. Mas a coisa não colhe. Estes tipos são muito básicos, muito rascas, embora extremamente competentes na condução do seu programa de redução, a todo o transe, dos custos do trabalho.

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