[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quinta-feira, 11 de outubro de 2012



Contra o efémero

[]Texto publicado no facebook em 5 de Outubro]


Ontem, pela voz de Francisco Assis, durante a discussão das moções de censura apresentadas por PCP e BE, hoje, nas palavras de António Costa, nas comemorações oficiais do 5 de Outubro, o Partido Socialista teve representantes à altura do momento que atravessamos. Finalmente!

Depois de dias e dias da mais que coleante e titubeante atitude de António José Seguro – a quem, como há anos venho dizendo e escrevendo, não se reconhece qualquer ideia digna de registo, o que, em abono da verdade, o coloca exactamente na mesma plataforma que Pedro Passos Coelho – depois das costumeiras reacções de circunstância às propostas de um governo perfeitamente despudorado, em que Seguro nada de substancial se afirmou para além do óbvio, houve quem viesse salvar a honra do convento.

Partindo do princípio de que escrevo para gente atenta, que escutou e ou leu as palavras a que me refiro, dispenso-me de os citar. Aliás, o mesmo faço em relação a Manuel Alegre cujo testemunho acabo de ouvir no âmbito dos trabalhos do Congresso Democrático das Alternativas, que também hoje decorre na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa.

Longe de se confinarem aos limites do partido a que pertencem, são vozes às quais não é difícil reconhecer autoridade quando se pronunciam por um Socialismo que vem de longe e se projecta no futuro.

Em 17 de Junho de 2011, escrevia eu, a terminar um artigo oportunamente publicado:

“(…)Entretanto, numa estratégica e sábia reserva, as boas cabeças esperam pelo momento de aparecerem. Compreensivelmente, trata-se de uma elite que recusa partilhar o poder com os folclóricos pacóvios que vão proliferando como cogumelos. Ora bem, é neste túnel de desmedida e negra ignorância que, por enquanto, vamos esperando a luz que, fatalmente, surgirá. Por enquanto, ainda é o tempo dos Seguro e Passos Coelho. Obviamente, pois que sejam eleitos! Um dia destes, obviamente, serão demitidos…”

Embora pareça que o país não pode esperar nem mais um minuto…
 
 

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